Do ponto de vista da comunicação, o presente do conjuntivo tem valor de imperativo, de acordo, aliás, com o que Celso Cunha e Lindley Cintra explicam. É do ponto de vista da flexão verbal (isto é, da morfologia verbal) que se diz que há um modo imperativo distinto do presente do conjuntivo, porque um tem desinências diferentes do outro.
Assim, o imperativo apresenta apenas as segundas pessoas do singular e do plural e não pode ser usado na forma negativa («come/comei a sopa»; *«não come/não comei a sopa»). O presente do conjuntivo/subjuntivo tem flexão em todas as pessoas e supre, quer na afirmativa quer na negativa, as formas que faltam ao imperativo («coma/comamos/comam a sopa»; «não coma/não comas/não comamos/não comais/não comam a sopa»).