Quando o verbo da oração principal expressa um valor de desejo, o conjuntivo costuma ser o modo utilizado na oração subordinada:
(1) «Desejo que venhas ao meu recital.»
(2) «Espero que estejas bem de saúde.»
A seleção do tempo verbal da oração subordinada depende de vários fatores e expressa diferentes valores.
Assim, o pretérito imperfeito do conjuntivo (a forma corresse, na frase apresentada) usa-se quando o verbo da oração principal está conjugado no pretérito imperfeito (3) ou no pretérito perfeito do indicativo (4):
(3) «Esperava / Desejava que o espetáculo de teatro corresse bem.»
(4) «Esperei / Desejei que o espetáculo de teatro corresse bem.»
Neste caso, o pretérito imperfeito do conjuntivo localiza a ação da sua oração num tempo posterior ao do descrito na oração principal: o desejo expresso nas frases (3) e (4) é anterior ao espetáculo de teatro referido na oração subordinada.
O pretérito perfeito composto do conjuntivo (a forma tenha corrido, na frase apresentada) é usado se o verbo da oração principal se encontrar no presente do indicativo:
(5) «Espero / Desejo que o espetáculo tenha corrido bem.»
Nesta construção, o pretérito perfeito localiza a situação da oração subordinada num tempo anterior ao da oração principal, ou seja, em (5), o espetáculo de teatro já teve lugar quando o falante expressa o seu desejo de sucesso.
Disponha sempre!