Não são epicenos, de facto, porque não se trata de animais1, mas na escrita destas casos é correto o uso de hífen, embora não seja obrigatório: tomada-macho e tomada-fêmea.
A hifenização decorre de um critério que se encontra enunciado no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009), nos verbetes relativos a macho e fêmea:
«[A]pós nome de ser inanimado, geralmente peças de encaixe em mecanismos, peças de carpintaria, dobradiças etc., indica a peça que possui uma saliência e que se introduz em outra, com reentrância (colchete-macho).»
1 «Denominam-se EPICENOS os nomes de animais que possuem um só género gramatical para designar um e outro sexo. Assim: a águia; a baleia; a borboleta; a cobra [...]» (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Edições João Sá da Costa, 1984, p. 196).