Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Douglas Hertz São Paulo, Brasil 40K

Gostaria que me indicasse qual é o feminino de rinoceronte.

Luís Antonio Portugal 14K

Posso usar a expressão "muitas das vezes"?

Anónimo Portugal 3K

Qual a origem do nome Albertina?

Anónimo Portugal 2K

Qual a origem do nome Eurico?

Isabel Barros 3K

Na frase "A vida sorria para o pequeno Pedro", qual a função sintáctica de "para o pequeno Pedro"?

Pedro Geraldo de Moura Portugal 2K

Está correta a frase: "A três dias do início das aulas, baixou o preço do material escolar"?

Caso positivo, por que o A não leva "H"?

Grato.

Rodrigo Silva Brasil 7K

A palavra bonito, quando relacionada com nome de cidade, ela se torna invariável ou variável?

Exemplo:

Não se pode negar que Petrópolis é bonito.

Não se pode negar que Petrópolis é bonita.

Jorge Pereira Portugal 6K

Tenho conhecimento de que "demónio" provém duma raiz grega. Qual? E qual o seu significado original?

Jorge Baptista Portugal 18K

Gostaria de saber como se escreve correctamente o seguinte: 1,5 grama de ouro ou 1,5 gramas de ouro?

Vânia Rall Daró S. Paulo, Brasil 13K

Com relação à origem da expressão "Cheio de Nove Horas", questionada por Márcio J. C. Coimbra, em 14.01.2000, acredito que seria interessante nos reportarmos à explicação dada por Luís da Câmara Cascudo em seu livro "Locuções Tradicionais no Brasil" (Belo Horizonte, Itatiaia; São Paulo, EDUSP, 1986, pág. 48). Na obra citada, encontramos as seguintes observações para a expressão "Cheio de Nove Horas":

"Na noite de 25 de setembro de 1968, o meu velho amigo João Baptista de Medeiros veio ver-me, acompanhado da filha Teresa e do genro, dr. João de Souza Leão Cavalcanti, flor de velhas roseiras pernambucanas. Visita agradável, cativante, afetuosa. Conversa viva, variada, evocadora. Súbito, olhando o relógio de pulso, dona Teresa, sob o pretexto de fazer-me descansar, apressou a saída indesejável. Explica-me: "O Senhor precisa repousar e já são nove horas!" Nove horas era a razão suficiente, indiscutível, para finalizar tão amistosa convivência. Foi, realmente, a hora clássica do séc. XIX, regulando o final das visitas, ditando o momento das despedidas.

(...) Às nove horas caía o pano sobre a representação do quotidiano. Apenas os boêmios, notívagos impenitentes, teimavam em afrontar os perigos da noite, da polícia, dos ladrões e capoeiras esfaimados.

(...) Criou-se no século XIX a figura sestrosa, cerimoniática, meticulosa, do "Cheio de Nove Horas", criatura infalível em citar regras, restrições, limites às alegrias dos outros, memorialista dos pecados alheios, fiel lembrete aos códigos e regulamentações, imperativas e dispensáveis, complicando as cousas simples."

Cf. Cheio de nove horas, de novo.