Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Giovani Melgueiro Garcia Professor Uruguaiana, Brasil 9K

Em que situação/contexto a palavra depois é advérbio de tempo e em qual ela é advérbio de ordem?

Argeu Pereira Funcionário público Rio de Janeiro, Brasil 1K

Um acordo vantajoso (adjetivo) é um acordo em que há vantagem (substantivo). Um acordo prejudicial (adjetivo) é um acordo que dá prejuízo (substantivo). Um acordo desleal (adjetivo) é um acordo em que há deslealdade (substantivo). Nesses exemplos temos um substantivo associado a um adjetivo correspondente. Por que não podemos fazer essa mesma associação para o sintagma "um acordo tácito"? Qual seria o substantivo associado ao adjetivo "tácito"?

Lucas de Lazari Dranski Escritor Itararé, Brasil 2K

«Tebaldo – Como! Sacas da espada contra uns pobres corçozinhos sem força? Aqui, Benvólio! Vem encarar a morte!» (SHAKESPEARE, W. Romeu e Julieta e Tito Andronico. trad. de Carlos Alberto Nunes. 14.ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998, p. 21. ISBN 85-0040978-9).

Encontrei esta construção – o verbo sacar + a contração da – durante a leitura da edição acima referenciada, mais de uma vez, tanto na primeira quanto na segunda obra shakespeariana.

Minha intuição aceita o seu uso, mutatis mutandis, com o verbo no infinitivo, tal como em «O sacar da espada contra uns pobres corçozinhos sem força», ou mesmo com o substantivo saque", a saber: «O saque da espada contra uns pobres corçozinhos sem força.»

Entretanto, o seu uso como no excerto acima citado me causa estranheza, porque para se sacar da espada seria necessário se sacar algo dela, e não a própria espada. Portanto, eu gostaria que me explicassem – não para desafiar o saudoso tradutor Carlos Alberto Nunes, mas para aprender – se está correta essa construção e porquê.

Desde já, sou-vos muitíssimo grato.

Lucas Tadeus Estudante Mauá, Brasil 1K

Corre em Portugal usarem o pronome de caso reto ele como objeto? Por exemplo: «Eu amei "ela".»

Foi uma invenção do Brasil ou teve origens com os portugueses que cá vieram?

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 7K

Perguntava-vos se a falta de contração observada na frase é admissível ou é reprovada pela norma: «Convidou as pessoas "de ali" perto.»

Obrigado.

Maria Taborda Socióloga Lisboa 1K

Ultimamente ouço pessoas (sobretudo adolescentes, em particular o meu filho) usar a expressão “meter graça”.

Não me parece uma alternativa correta à expressão “ter graça” e gostaria de pedir o vosso esclarecimento.

Obrigado.

Duarte Pereira Domingues Estudante Coimbra, Portugal 9K

Qual a origem da palavra papa (no sentido do Sumo Pontífice do Vaticano)?

Creio que existem várias teorias:

1. Acrónimo de Petrus Apostolus Princeps Apostolorum («Pedro Apóstolo, Príncipe dos Apóstolos»);

2. Acrónimo de Petri Apostoli Potestatem Accipiens («do Apóstolo Pedro tomou o poder»);

3. Do latim, "papa" (termo carinhoso para "Pai").

Lucas Tadeus Estudante Mauá, Brasil 1K

Há um vernáculo para buffet? Aportuguesar a palavra francesa não deu muito certo, de sorte que soa muito mal aos ouvidos.

Tentei usar pasto, ceia, vocábulos referentes a comida, mas lembrei-me que buffet tem mais o sentido de um serviço de alimentação prestado em eventos de diversos tipos, como casamentos ou bailes de formatura.

Matilde Maria Professora Estagiária de Português Vila Nova de Gaia, Portugal 22K

Na frase «Ontem, comeram o bolo», ou «Ontem, bateram à porta», o sujeito é subentendido (eles comeram/eles bateram) ou sujeito indeterminado.

Grata pela atenção dispensada.

César Pereira Professor Vila Nova de Famalicão, Portugal 3K

Gostava de saber qual a relação que podemos estabelecer entre "atos de fala" e "valores modais". Às vezes, parece que estamos a falar da mesma coisa... Por exemplo, a modalidade deôntica pode apresentar um valor de obrigação -- ideia que coincide com os atos ilocutórios diretivos (que muitas vezes se referem a ordens).