Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Maria Taborda Socióloga Lisboa 1K

Ultimamente ouço pessoas (sobretudo adolescentes, em particular o meu filho) usar a expressão “meter graça”.

Não me parece uma alternativa correta à expressão “ter graça” e gostaria de pedir o vosso esclarecimento.

Obrigado.

Duarte Pereira Domingues Estudante Coimbra, Portugal 9K

Qual a origem da palavra papa (no sentido do Sumo Pontífice do Vaticano)?

Creio que existem várias teorias:

1. Acrónimo de Petrus Apostolus Princeps Apostolorum («Pedro Apóstolo, Príncipe dos Apóstolos»);

2. Acrónimo de Petri Apostoli Potestatem Accipiens («do Apóstolo Pedro tomou o poder»);

3. Do latim, "papa" (termo carinhoso para "Pai").

Lucas Tadeus Estudante Mauá, Brasil 1K

Há um vernáculo para buffet? Aportuguesar a palavra francesa não deu muito certo, de sorte que soa muito mal aos ouvidos.

Tentei usar pasto, ceia, vocábulos referentes a comida, mas lembrei-me que buffet tem mais o sentido de um serviço de alimentação prestado em eventos de diversos tipos, como casamentos ou bailes de formatura.

Matilde Maria Professora Estagiária de Português Vila Nova de Gaia, Portugal 22K

Na frase «Ontem, comeram o bolo», ou «Ontem, bateram à porta», o sujeito é subentendido (eles comeram/eles bateram) ou sujeito indeterminado.

Grata pela atenção dispensada.

César Pereira Professor Vila Nova de Famalicão, Portugal 3K

Gostava de saber qual a relação que podemos estabelecer entre "atos de fala" e "valores modais". Às vezes, parece que estamos a falar da mesma coisa... Por exemplo, a modalidade deôntica pode apresentar um valor de obrigação -- ideia que coincide com os atos ilocutórios diretivos (que muitas vezes se referem a ordens).

Bernardo Gará Perona Estudante São Paulo, Brasil 4K

Gostaria de saber a função sintática do pronome lhe na frase «ele pediu que lhe fatiassem duzentos gramas de mortadela».

Grato!

Paulo Klush Puim Servidor São Paulo, Brasil 2K

Lemos comumente que o adjunto adverbial modifica verbo, adjetivo e advérbio e que, na ordem direta, se posiciona no fim da frase. Assim sendo, é separado por vírgulas quando posicionado de outro modo.

Mas essa diretiva não se fragiliza quando o adjunto adverbial modifique, não o verbo, mas o adjetivo? Nesses casos, parece-me que a ordem direta e, portanto, também o uso de vírgulas na ordem indireta dependem de uma análise quanto ao posicionamento do adjunto adverbial em relação ao adjetivo.

Pergunto se, no caso abaixo, a ordem direta não seria esta, sendo assim justificável não usar vírgulas:

«A expressão incomum no contexto requer leitura atenta.» (planeja-se que «no contexto» modifique o adjetivo incomum)

Se o raciocínio acima estiver de acordo com a norma, não só seria correto não utilizar vírgulas na construção acima como o uso delas poderia vincular de maneira indesejável o adjunto adverbial a outro termo:

«No contexto, a expressão incomum requer leitura atenta.» (não me parece aqui que o adjunto adverbial modifique incomum, entendo que modifique o verbo).

Muito obrigado desde já.

José Antonio Fernandez Professor e psicólogo Pontevedra, Espanha 4K

 Tenho muitas dúvidas no uso de embora como conjunção concessiva, para traduzir os três casos do espanhol.

O dicionário Porto Editora, que é o que eu uso habitualmente, traduz a conjunção concessiva espanhola aunque por embora, e também por mas ou porém. Estes são os exemplos que coloca o dicionário:

«aunque ˈauŋke conjunção 1. embora [+conjuntivo] aunque llovía a cántaros, fueron al cine embora chovesse a cântaros, foram ao cinema 2.mas, porém no traigo todo, aunque traigo algo não trago tudo, porém trago alguma coisa»

Mas para mim o problema é que em espanhol há três casos de orações concessivas, que não sei como traduzir ao português:

I. O primeiro é o de situações reais habituais, ou seja, ações que acontecem habitualmente assim (no presente), ou aconteciam assim (no passado). Por isso, no exemplo de Porto Editora, em espanhol haveria que traduzir:

- “Aunque llueva a cántaros, van al cine” (realidade que acontece habitualmente, muitas vezes).

- Ou também: “aunque lloviese a cántaros iban al cine” (algo que acontecia muitas vezes no passado)

- Ou também: “ayer, aunque llovió a cántaros, fueron al cine” (algo que aconteceu uma vez no passado)

Nestes casos, em espanhol também se pode expressar com a conjunção adversativa pero (acho que seria a mesma coisa em português com mas):

- “muchas veces llueve a cántaros, pero ellos van al cine” (realidade que acontece habitualmente)

- Ou também: “llovia a cántaros, pero iban al cine” (algo que acontecia muitas vezes no passado)

- Ou também: “ayer llovió a cántaros pero fueron al cine” (algo que aconteceu uma vez no passado).

II. O segundo é o de situações possíveis, ou seja, ações que podem acontecer no futuro ou não: “mañana, aunque llueva/lloviese a cántaros, iríamos al cine

III. O terceiro é uma situação impossível, porque não pode acontecer: “ayer, aunque hubiera/hubiese llovido, no habríamos/hubiéramos ido al cine” (mas ontem não choveu). 

Gostaria de saber como usar nestes casos embora, e também se é possível usar sempre «ainda que».

Ricardo Manuel Carvalho de Bastos Ceramista S. João Lampas, Portugal 2K

Qual a grafia correta e atual do nome que rio que passa por Leiria? Qual o acordo ortográfico que sustenta a designação atual?

Lúcia Donizetti Modesto Professora Guaxupé, Brasil 5K

Gostaria de saber a forma correta do plural da palavra "pólis", pois tenho pesquisado e encontrei as seguintes formas: "póleis", "poleis", "pólis".

Muito obrigada!