Os particípios passados regulares e irregulares
Parece que ultimamente toda a gente "declarou guerra" aos particípios passados regulares terminados em -ado, e quando digo e defendo que, por exemplo, o que está certo é «tenho limpado» ou «havia limpado», sinto que me olham com muita desconfiança e, em determinados momentos, já me saem particípios com "empregue" e "entregue", entre outros, de tanto os ouvir. Já cheguei a ouvir «Se o tivessem seguido tinham-no caço(!)» em vez de «caçado». A minha questão é a seguinte: será que podem ser consideradas certas as frases com particípios irregulares, pelo menos a nível oral? Por exemplo, como professora, assinalo erro na frase «Tenho morto muitas moscas.» É que eu já vi este particípio assim mal usado em escritores premiados...
«Estar/ficar/andar com a pulga atrás da orelha»
Gostaria de saber se a expressão conotativa «fiquei com uma pulga atrás da orelha» pode ter o sentido de «fiquei com dúvida», já que o significado mais apropriado para essa expressão é «fiquei intrigado». Obrigada.
Ser e estar + particípio passado
Existe uma regra sobre o uso de ser ou estar com o particípio passado? É comum em Portugal ler "É proibido estacionar". Por que não "Está proibido estacionar"?
A regência do verbo culminar
Minha dúvida é quanto à regência do verbo culminar, pois tanto encontrei «culminar com» quanto «culminar em». Qual seria o correto?
Sobre as palavras progenitor e genitor
Gostaria de saber se progenitor e genitor são sinónimos e, em caso afirmativo, qual dos dois é preferível empregar actualmente.
Obrigada.
A regência do verbo concernir
No outro dia, ao ler-se a expressão «No que concerne à expressão escrita», numa acta, alguém que lecciona Francês afirmou que se deveria utilizar a — este faria parte de um complemento directo — e não à, que daria origem a um complemento preposicional. Para ser franca, a explicação não convenceu a maior parte dos professores presentes. Discutimos o assunto mais tarde, mas a dúvida persistiu. Gostaria que me ajudassem a clarificá-la.
Muito obrigada!
«De forma alguma» e «de forma nenhuma», novamente
Já aqui vi algumas questões como aquela que irei expor, mas a resposta não me parece clara. Desejo ser elucidado de forma conclusiva. Usando a seguinte frase (isolada, sem qualquer contexto) como exemplo, «De forma alguma é azul», estou a negar que é azul, ou estou a dizer que de alguma forma é azul? Se estou correcto (e como vem descrito numa das respostas às questões anteriormente colocadas), só posso usar a expressão «de forma alguma» com sentido de negação quando na mesma sentença ela é acompanhada de uma negação. Ou seja, só poderei negar (utilizando a expressão «de forma alguma») que é azul da seguinte forma: «Não é azul de forma alguma.» De outra maneira, não é possível numa frase isolada fazer uma negação, utilizando apenas a expressão «de forma alguma» (sem outra forma de negação). Inequivocamente pode-se utilizar: «De forma nenhuma é azul.» Que é justamente o contrário de «De forma alguma é azul.»
Numa das questões colocadas: «[Pergunta] Quando nos queremos referir a algo com que, por exemplo, não estamos de acordo, como nos devemos exprimir? "De forma alguma" ou "De forma nenhuma"?
[Resposta] É correcto algum com sentido negativo (= nenhum), quando vem depois de um substantivo. Até o nosso grande Camões o empregou n´Os Lusíadas, I, 71: "Os segredos daquela Eternidade A quem juízo algum não alcançou!"»
Ao contrário do que foi explicado, nenhum não tem qualquer sentido de negação mas, sim, a palavra não, pois, se colocarmos a mesma frase sem o não, ficando «Os segredos daquela Eternidade A quem juízo algum alcançou!», perde-se o sentido de negação, permanecendo a palavra algum e retirando o não. Portanto, algum não influencia a afirmação tornando-a uma negação. O nosso grande Camões nunca utilizou algum ou «de forma alguma» com sentido de negação (felizmente). Não obstante, esta expressão é comummente utilizada como negação e espanta-me como os usuários de um idioma permitem que «uma mentira dita muitas vezes possa tornar-se verdade». Ou seja, estou eu errado de forma alguma!? Ou não estou eu errado de forma alguma?! É de salientar que o não, nenhum, nada, nunca, jamais e outras é que fazem a diferença entre uma negação e uma afirmação. Expressões como «de forma alguma» poderão ser no máximo uma enfatização de uma negação: «Não é azul, de forma alguma.»
Concluindo, ao dizer «De forma alguma é azul», estou exactamente a afirmar que de alguma forma é azul e não a negar que seja azul? Estou correcto quando afirmo que, por si só, a expressão «de forma alguma» não representa uma negação? Queiram por favor corroborar ou contradizer as minhas declarações utilizando exemplos.
Grato pela atenção.
A vírgula antes de enquanto
Antes da expressão enquanto, sempre deve haver vírgula?
O que se segue é correto?
1) As promoções serão mantidas, enquanto houver estoques.
2) O marido vai ao trabalho, enquanto a mulher fica em casa.
3) Vou tomar banho, enquanto você espera na sala.
O significado de per se
Qual o significado da palavra "per si"?
O significado de perdigota em «Não bate a bota com a perdigota»
Gostaria de saber o significado da palavra perdigota no provérbio «Não bate a bota com a perdigota».
Obrigado desde já.
