Essa alternância só ocorre na 1.ª pessoa do plural dos verbos irregulares da 2.ª conjugação na pronúncia padrão do português de Portugal. Nos verbos regulares dessa conjugação não há diferença, e a vogal e é sempre fechada.
Nos verbos irregulares, por exemplo, com poder, há de facto diferença no padrão da pronúncia do e de podemos e pudemos no português europeu:
«nós podemos ir hoje ao cinema» – [pudêmuch] – com [ê] fechado
«ontem, não pudemos ir ao cinema» – [pudémuch] – com [é] aberto
Ou seja, a forma que se escreve com o na primeira sílaba de podemos tem e fechado – é a forma do presente do indicativo. A forma que se escreve com u na primeira sílaba de pudemos tem e aberto – é a forma do pretérito perfeito do indicativo.
Com os verbos regulares, não há tal contraste, e a vogal e é sempre fechada, como no Brasil:
«comemos alface amanhã» – com[ê]mos
«ontem só comemos alface» – com[ê]mos