Gostaria saber se a expressão «pague-se do café» não devia ser, ates, «receba do café». Faz-me confusão, por [o segundo uso] me parecer mais lógico e correto.
N[um] enunciado como «Agora ele tem vivido em Coimbra», podemos apreciar o valor aspetual iterativo ou imperfetivo?
Já li, nas vossas respostas, que os dois valores básicos são o perfetivo e o imperfetivo e que os outros – habitual, iterativo e genérico são situações –, mas cada manual e cada gramática dão a sua explicação e os seus exemplos para configurar os vários valores aspetuais (que são sempre os mais flagrantes) e não consigo encontrar um consenso.
Assim sendo, os enunciados construídos com complexos verbais como «tens vivido» ou até no pretérito «tinhas feito» configuram sempre o mesmo valor aspetual ou depende do contexto específico de cada frase?
Grata,
Na frase «Oxalá que eles pudessem dizer mais qualquer coisa», configura-se uma modalidade apreciativa? Oxalá, que exprime desejo, pode ser tido como um juízo de valor?
E, dado que o verbo está conjugado no pretérito imperfeito do conjuntivo, não podemos também considerar válida a presença da modalidade epistémica com valor de probabilidade?
Grata.
Na frase, «as conversas giram sempre sobre essa palavra: férias», pode considerar-se uma metáfora, ou é, simplesmente, um significado que a própria palavra assume?
Temos sempre de ver, apenas, o sentido mais literal das palavras, caso contrário temos de assumir sempre um uso metafórico?
Muito obrigada pelo esclarecimento.
Na frase «O velho moleiro encontrou o frade no caminho», o complemento «no caminho» será um complemento oblíquo, ou um modificador?
Gostaria de saber se, nas orações temporais com quando, só é possível utilizar o futuro do conjuntivo ou é também possível usar o presente do conjuntivo, por exemplo: «quando chegares, passa por cá». É também possível dizer «quando chegues, passa por cá», ou isto é incorreto?
Poderiam recomendar-me alguma gramática em que apareçam as conjunções temporais, concessivas, temporais etc. e o tempo verbal que tem de ser utilizado com cada uma delas?
Muito obrigada e parabéns pelo site!
Em relação ao uso do passado perfeito e imperfeito, das frases abaixo há uma estritamente correta?
1) Que bom que tu descansaste ontem.
2) Que bom que tu descansasses ontem.
Se sim, pode haver exceções?
Grato.
Oiço cada vez mais a expressão «faz-me sentido» com a intenção de dizer algo como «penso que faz sentido». Creio que esta utilização não está correcta[*], pois «faz-me sentido» significaria que me teriam feito ou dito algo que me magoou, que me deixou "sentido".
Infelizmente, os meus conhecimentos de gramática e afins estão muito ferrugentos e não consigo justificar a minha opinião na totalidade. Será que me podem esclarecer?
Muito obrigado.
[* Manteve-se a grafia correcta, anterior à norma ortográfica em vigor.]
Como estudante universitário, decidi comprar dois exemplares de Alice no País das Maravilhas traduzidos por duas tradutoras diferentes. No seguimento da leitura destes livros, deparei-me com umas dúvidas relativas à pontuação.
Em primeiro lugar, está correta a frase «Alice começava a aborrecer-se imenso de estar sentada à beira-rio com a irmã, sem nada para fazer: espreitara uma ou duas vezes para o livro que a irmã lia, mas não tinha gravuras nem diálogos»? Está correcto o uso da preposição de, ao invés da preposição por, que, no meu ver, me parece ser mais correta? E o uso dos dois pontos?
Em segundo lugar, tendo por base a frase «Em primeiro lugar, tentou lobrigar qualquer coisa lá em baixo e perceber para onde ia, mas estava demasiado escuro; depois, olhou para as paredes do poço...», não seria mais correto reformulá-la da seguinte maneira: «Em primeiro lugar, tentou lobrigar qualquer coisa lá em baixo e perceber para onde ia. Mas estava demasiado escuro; depois, olhou para as paredes do poço...»?
As minhas dúvidas prendem-se, pois, com a pontuação, as preposições e os sinais de pontuação que acompanham a conjunção mas.
Grato pela atenção.
Quais das duas seguintes formas estão corretas?
a) "Analisando-se os autos, verifica-se que (...)";
b) "Analisando os autos, verifica-se que (...)".
A segunda forma é usada com frequência. Se ela está correta, por qual razão dispensa o uso da partícula "se"?
Grato.
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