Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Modo/Modalidade
Manuela Salvador Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 3K

Creio que o futuro é um composto do infinito do verbo que se está a conjugar com o verbo haver. Assim sendo, como se explicam as formas do plural?

Amanda Krowli Estudante São Paulo, Brasil 6K

Sei que a expressão haver de + infinitivo é geralmente indicada para referenciar ocorrências futuras, em forma de perífrase. Entretanto, gostaria de saber se casos há em que a supracitada possa fazer menção ao tempo presente, em sentido modal de obrigação, como em: «A dor há de ser (deve ser) a pior das sensações.»

Desde já, muitíssimo grata.

Maria Manuela Salvador Cunha Professora aposentada Porto, Portugal 6K

Na frase «a tempestade parecia que queria destruir o mundo», qual é a função da segunda oração?

Jorge Hamsten Matemático Niterói, RJ, Brasil 19K

Eu leio há muito tempo em textos técnicos de Matemática construções do tipo «Se um conjunto é finito, então qualquer subconjunto deste também é». Ou, quando muito, «Se um conjunto for finito, então qualquer subconjunto deste também é.» Essas parecem-me erradas (um erro aparentemente oriundo de um anglicismo). A que me parece correta é a seguinte: «Se um conjunto for finito, então qualquer subconjunto deste também será.»

Assim, tenho esta dúvida: em uma frase condicional do tipo «Se (...), então (...)», o verbo na oração subordinada deve necessariamente estar conjugado no modo conjuntivo? Ademais, pode-se estabelecer alguma relação a priori entre os tempos nos quais os verbos das orações principal e subordinada são conjugados?

Agradeço desde já.

Thiago Lima Estudante Araraquara, Brasil 24K

Gostaria de saber se a locução «até que» sempre é acompanhada do verbo no subjuntivo e, se sim, porque isso ocorre.

«Eu sairei até que tudo passe.»

«O tempo ficará parado até que findem o intervalo.»

«Fico até que todos façam os deveres.»

Obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 7K

Veja-se a seguinte frase:

«Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.»

Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não):

«Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.»

Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase.

Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.

Cristina Estêvão Administrativa Madrid, Espanha 5K

Qual seria a frases mais correta? «Com a X podes ser o que queiras» ou «Com a X podes ser o que quiseres»?

Obrigada.

Ramiro Brasil 5K

Por que se faz uso do futuro numa frase como esta «por que TERÁ acordado tão cedo»?

Manuel José Montes Empresário Tomar, Portugal 26K

Como se deve dizer, «tenho de fazer», ou «tenho que fazer»? E porquê?

Carolina Vivas Rojas Tradutora Lisboa, Portugal 16K

Sou brasileira e vivo em Portugal há muitos anos. Cada vez mais tenho lido e ouvido na comunicação social portuguesa e brasileira a estrutura irá (verbo auxiliar no futuro simples) + infinitivo (verbo principal), como «irá fazer», «irá apresentar», etc. Já consultei mais de três gramáticas brasileiras, duas normativas e uma descritiva (infelizmente não tenho nenhuma gramática portuguesa, e não encontrei nada acerca desta estrutura de formação de futuro, apenas uma breve menção sem qualquer comentário pertinente no Guia de Uso do Português, de Maria Helena Moura Neves. Minha questão é: trata-se de um desvio da norma e uma inovação da língua? Caso não o seja, poderiam indicar-me uma gramática ou artigo científico que valide esta norma?

Muito obrigada.