Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
Felipe Geremia Nievinski Professor Porto Alegre, Brasil 1K

Qual das seguintes formas seria a mais recomendada: "rádio ocultação", "radio-ocultação", "radiocultação" ou outra?

Trata-se da tradução do termo inglês radio occultation, um fenômeno similar à ocultação astronômica, porém observado através de ondas de rádio ao invés da luz visível.

Para comparação, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (VOLP-ABL) registra rádio-onda e radionda mas radio-oncologia e radioncologia; já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa registra rádio-despertador e rádio-gravador.

Obrigado.

Ricardo Madureira Professor Juiz de Fora, Brasil 5K

No período «Tendo em vista que os recursos são escassos, devemos economizar», «tendo em vista que» pode ser considerada uma locução conjuntiva, e a oração introduzida por ela, subordinada adverbial causal?

Explico minha dúvida: em «tendo em vista que», há um verbo (tendo). Uma locução conjuntiva pode conter verbo?

Segundo: não se trata de oração reduzida de gerúndio, pois há um verbo finito no primeiro período (são), então acabei não chegando à conclusão nenhuma.

Desde já agradeço pela atenção. Um abraço apertado a todos os irmãos unidos pela língua portuguesa!

Geobson Freitas Silveira Agente público Bela Cruz, Brasil 2K

Estou intrigado com o seguinte uso da vírgula após o pronome relativa que usado na narrativa "Um apólogo" de autoria de Machado de Assis:

«Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:...»

Afinal, por que mesmo usar a vírgulas após esse pronome que, se a oração «disse a um novelo de linha» é adjetiva restritiva?

Por gentileza, poderiam me esclarecer o motivo de usar a vírgula neste caso?

Desde já, agradeço o apoio de sempre.

 

N. E. – Um apólogo é uma «narrativa em prosa ou verso, geralmente  dialogada, que encerra uma lição moral, e em que figuram seres inanimados, imaginariamente dotados de palavra» (Dicionário Houaiss).

Lucas Pedro Técnico em química Brasil 2K

Estou lendo O crime do padre Amaro e vi que o Eça às vezes usa expressões como «beba-lhe» e «coma-lhe», assim mesmo, no imperativo.

Cito:

«E quando as beatas, que lhe eram fiéis, lhe iam falar de escrúpulos de visões, José Miguéis escandalizava-as, rosnando: — Ora histórias, santinha! Peça juízo a Deus! Mais miolo na bola! As exagerações dos jejuns sobretudo irritavam-no: — Coma-lhe e beba-lhe, costumava gritar, coma-lhe e beba-lhe, criatura!»

Como explicar esse «lhe»?

Ausse Saide Docente Cairo, Egito 3K

Metrorragia, elitrorragia, menorragia.

Qual é a diferença entre os termos supracitados? E será que a menorragia faz parte da menstruação?

José Saraiva Leão Estudante Foz do Iguaçu, Brasil 1K

Como descobrir a regência de adjetivos que se acompanham de substantivos em sequências como: «impulso puro de ideais democráticos».

Nesse caso, de pertence a impulso ou a puro?

Muito obrigado!

José Vítor Ramos Professor Coimbra, Portugal 1K

Na expressão «regime diurno e pós-laboral», alusiva ao funcionamento de um curso ou unidade curricular em regimes distintos, há alguma regra ou circunstância específica para a utilização da palavra regime no plural («regimes diurno e pós-laboral»)?

Duarte Pereira Domingues Estudante Coimbra, Portugal 1K

Porque usamos tanto a forma -logista, como a forma -logo?

Ex.: psicólogo e neurologista.

Ao que me parece, -logo e -logista significam o mesmo: quem estuda a lógica de algo, seja a psique ou o cérebro.

Não poderia ser, eventualmente, "psicologista" e "neurólogo"?

Rafaela Silva Estudante Lisboa , Portugal 1K

«Dás-me um bocadinho de bolacha?»

«Estás cheia de manias.»

«Não gosto deste tipo de pessoas.»

«Chega de palavras ridículas.»

Nestas situações não poderia substituir o de pelo da?

Se sim, em que situações?

Obrigada.

João Sampaio Maia Professor Porto, Portugal 2K

Nos vossos comentários a questões de interessados na língua portuguesa, distinguem o uso de adesão e de aderência em função do contexto em que é usada cada uma dessas palavras. Há no entanto uma situação que me tem trazido dúvidas.

Deve dizer-se ou escrever-se «a ideia de que o capital internacional escolhe o seu destino de investimento tendo em conta a taxa de IRC não tem aderência à realidade», como escreveu João Taborda da Gama no Expresso de 23/09/2022, ou «... não tem adesão à realidade»?

Como a expressão em causa tem o significado de «... não coincide com a realidade», parece-me que o uso do termo aderência está correto, embora não me “soe” bem.

Será assim?