Deve escrever-se ecoílha, termo que denota um «conjunto de recipientes onde os utilizadores domésticos podem colocar materiais e objetos para reciclagem e lixo indiferenciado (ex.: ecoílha subterrânea)» (Dicionário Priberam).
De harmonia com o n.º 1 da Base X do Acordo Ortográfico de 1990, a forma correta tem de apresentar acento agudo, de modo a indicar que a sequência oi é pronunciada separadamente, em duas sílabas distintas (ou seja, trata-se de um hiato, e não de um ditongo)1.
Grafias como faúlha (nome comum) ou Ruílhe (topónimo), com acento agudo, indicam que as vogais u e i, no primeiro e no segundo caso, respetivamente, se encontram em sílabas separadas e devem ser pronunciadas sem formarem ditongo com a vogal anterior.
O preceito que abrange estes casos já se impunha antes da adoção da norma de 1990. Não está expresso nas Bases Analíticas do Acordo Ortográfico de 1945, mas encontra-se formulado e ilustrado no Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (1947, p. 158-161), de Rebelo Gonçalves. No Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), do mesmo autor, também se registam as formas faúlha e Ruílhe. Se estas apresentam o acento agudo como indicação de vogais em hiato, então ecoílha também tem de exibir esse sinal de modo a assinalar uma sequência de vogais que se leem em separado, soando "eco-ilha".
1 Escrevem-se sem acento agudo, mas pronunciam-se com hiato, as palavras em que ocorra vogal seguida de u ou i antes de n ou nh + consoante ou vogal (ainda, constituinte, oriundo, ruins, triunfo; rainha, moinho), de r seguido de consoante (demiurgo, influirmos) ou antes de l, m, r e z finais (adail, Raul; Aboim, Coimbra, ruim; atrair, influir; juiz, raiz). Cf. n.º 2 da Base X do Acordo Ortográfico de 1990.