Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A gramática
No atual contexto das disciplinas linguísticas

«Isto está longe de significar que o professor de língua não reconheça a existência de fatos de variedades outras da competência linguística de seus alunos, para os quais não deve olhar como prejuízos ou com juízos preconceituosos. Tais diversidades devem ser aproveitadas inteligente e habilmente pelo professor como fatores que façam dos alunos poliglotas na própria língua.»

Neste seu texto reflexivo, o gramático brasileiro Evanildo Bechara defende que a coexistência entre uma abordagem normativa da língua e a descrição dos factos linguísticos deve conduzir a uma abordagem do ensino da língua que permita integrar de forma compreensiva e didática as várias línguas que os alunos conhecem, combinando-as com a variedade exemplar da língua. Reflexão publicada no mural Língua e Tradição (Facebook) em 17 de outubro de 2022 e aqui transcrita com a devida vénia.

Concordância do verbo
A situação do sujeito composto

Devemos dizer «A tristeza e a solidão abateu-se sobre mim» ou «A tristeza e a solidão abateram-se sobre mim»? Esta questão é respondida pela professora Carla Marques na rubrica divulgada no programa Páginas de Português (de 17/10/2022). 

Podia ser pior
Uma expressão popular pretensiosa e... inútil

«Uma expressão [que se] aplica tanto a quem a pronuncia quanto àquele a quem é dirigida. Quando é parte de nós, há uma espécie de catarse que não é útil, nem colhe benefícios. Será mais uma estratégia do eu, na tentativa de adaptação psicológica às dificuldades, mas também isto tem o seu preço, porque no fundo é subestimar a sua própria dor. Quando é dirigida a alguém, revela-se inútil.»

 

Texto da autoria de Maria Gaio, transcrito a seguir, com a devida vénia, do suplemento P3 do jornal Público, com a data de 16 de outubro de 2022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
«Rua Alexandre Herc», chama-lhe  a Carris
Como truncar um nome consagrado da toponímia lisboeta

Nos novos autocarros da frota da Carris, em Lisboa, é assim mesmo, tal e qual,  que se anuncia a paragem em memória de Alexandre Herculano... 

O xis da questão
A pronúncia da letra x
 «Na Gramática, as letras que têm muitas pronúncias são chamadas de polífonas. Nisso, o X é campeão. Seria excelente se tivéssemos uma pronúncia única e imodificável, mas a língua é mais fluida que senha da Netflix na família.»
 
Considerações do professor universitário Rafael Rigolon (Universidade Federal de Viçosa) sobre as dúvidas na pronúncia da letra x em vários termos científicos e as formas de as contornar. Apontamento publicado no mural Língua e Tradição (Facebook) em 8 de outubro de 2022 e aqui transcrito com a devida vénia.
 
As palavras e a utopia de um mundo melhor
O confronto de discursos no Brasil

«Por meio das palavras vamos tecendo o mundo visível e invisível, vibramos amor e afeto, construímos histórias e memórias, produzimos conhecimentos, projetamos mundos possíveis, dando vazão às nossas utopias. Mas também as palavras podem ser como lâminas cortantes, que ferem, ofendem e matam.»

Sobre a crispação política que se vive no Brasil, a caminho da segunda volta para a eleição presidencial, a linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) realça o valor da palavra utopia nesta crónica para o programa Páginas de Português na Antena 2, em 9 de outubro de 2022.

O vocabulário da prisão
A propósito de acusações eleitorais no Brasil
A Guiné-Bissau e a luta pelo futuro
Como combater os altíssimos índices de insucesso e de abandono escolar

As dificuldades de erradicação do analfabetismo e do acesso universal à educação num país de pouco mais de 1,5 milhões de habitantes e com uma vintena de línguas (incluindo o português, como língua oficial, mas falado apenas por 15% da população).

Artigo da autoria da linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia, publicado no Diário de Noticias do dia 3 de outubro de 2022.

O uso pejorativo do termo <i>bolsonarista</i>
Novos significados relacionados a violência, racismo e arrogância

O duplo sentido do adjetivo formado do apelido Bolsonaro analisado neste artigo da autoria da professora brasileira de PortuguêsThaís Nicoleti Camargo, publicado no jornal Folha de S. Paulo de 29 de setembro de 2022 – nas vésperas da primeira volta das eleições presidenciais no Brasil.

Título e subtitulos da responsabilidade do Ciberdúvidas (no original: “Com uso pejorativo, bolsonarista deve sobreviver ao governo”).

O adjetivo
Funções e significados

A função e a significação dos adjetivos na relação com o nome dá tema à crónica da professora Carla Marques no programa Páginas de Português (Antena 2, 2 de outrubro de 2022).