Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Quando não há palavras
A expressão «não há palavras»

Uma crónica na qual o escritor Miguel Esteves Cardoso explora a significação e os usos da expressão «não há palavras», publicada no jornal Público de 5 de setembro de 2022. O texto segue o Acordo Ortográfico de 1945.

E o Brasil criou uma língua. Também é português
Uma vertigem feita de sons

«Até que ponto soube o Brasil tornar sua uma língua imposta?» pergunta*  a jornalista portuguesa Isabel Lucas. «A tentativa de resposta – adianta  – começa no Museu da Língua Portuguesa e passa por uma história feita de zangas e contaminações: do tupi aos quilombos, passando por um tratado pombalino e pela literatura enquanto construção de identidade também linguística. Que língua é a língua brasileira? É o português brasileiro.»

 

*in jornal Público, do dia 27 de agosto de 2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Engavelaram-se no galaio por uma barranha. <br> Marafados!
Regionalismos não exclusivos do Algarve

Um  registo de falares regionais em dicionários e livros a eles dedicados publicados em Portugal, é o tema desta crónica do jornalista Nuno Pacheco, a seguir transcrita do jornal Público, com a devida vénia, conforme a norma ortográfica de 1945 seguida pelo autor.

Sim, é verdade: Portugal não descobriu o Brasil
... Mas criou o Brasil no plano linguístico, cultural e civilizacional

«Portugal não descobriu o Brasil pela simples mas suficiente razão de que o Brasil não existia antes de os portugueses lá terem chegado», escreve neste artigo* o presidente do Movimento Internacional Lusófono (MIL) e professor universitário português, Renato Epifânio — a propósito dos 200 anos de independência do maior país da América Latina e da sua relação com Portugal.  

 

*in jornal Público do dia 13 de agosto de 2022. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Imbroxável é o menos
«Um comício ranhoso, partidário e antidemocrático»

«A imagem tem algum sentido, mas é grosseira. Enxotar de si a suspeita, gritando-o – e por três vezes! – é próprio de um velhadas fraldisqueiro, gabarolas no bar, mas pouco confiante de si na cama.»

Crónica de jornalista Ferreira Fernandes a propósito da presença do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa,  a cerimónia oficial dos 200 anos de independência do Brasil, glosando a fanfarronice  gritada por Jair Bolsonaro, num comício partidário: «Imbroxável! Imbroxável! Imbroxável!». jornal digital Mensagem de Lisboa, com a data de 8 de setembro de 2022.

Da importância de verbalizar o pensamento
O que nos distingue como seres humanos
«Se a fala, que é instantânea e efémera, resulta de uma atividade tão complexa –  escreve neste artigo* a linguista e professora universitária Margarita Correia –, já a escrita, que é elaborada, perene e pode ser fruída interminavelmente, constitui o apogeu da expressão do pensamento consciente.»
 
*in Diário de Notícias de 1 de agosto de 2022
Solastalgia
O sentimento de perda provocado pelas alterações climáticas

«O neologismo [solastalgia] foi criado por um professor de Filosofia na Universidade de Newcastle (Austrália), Glenn A. Albrecht, de 64 anos, autor modesto, mas agora coroado pela sua invenção lexical, revelada em 2019 num livro que se chama Earth Emotions. New Words for a New World

Crónica do crítico literário português António Guerreiro,  incluída no suplemento Ípsilon do jornal Público, no dia 29 de julho de 2022, a respeito de uma nova palavra, solastalgia, que designa o sentimento de medo e angústia decorrentes das alterações climáticas e ambientais, a que também se chama ecoansiedade. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Calor
Da temperatura aos afetos

O calor e os seus significados, ativados pelo pino do verão, motivam a crónica da professora Carla Marques no programa Páginas de Português (Antena 2, 24 de julho de 2022).

Leituras luso-brasileiras
A presença da corte portuguesa no Rio de Janeiro (1807-1821)

«Existe um gigante de língua portuguesa no mundo, que aliás devia ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, e Portugal conseguiu, findos os tempos imperiais e regressado aos seus limites europeus, ver a sua língua falada em vários continentes e por 27 vezes mais pessoas do que aquelas que vivem neste pequeno retângulo.» Editorial do jornalista Leonídio Paulo Ferreira na edição de 22 de julho de 2022 do Diário de Notícias, a respeito das consequências políticas e linguísticas da transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em finais de 1807.

O anglicismo <i>whistleblower</i> e a sua tradução
A propósito da extradição de Julian Assange

«Em bom rigor, Julian Assange pode ser identificado como “denunciante”. Remeto para a letra da Directiva 2019/1937 do Parlamento e do Conselho europeu.»

Excerto do artigo que o provedor do leitor do Público, José Manuel Barata-Feyo, assinou em 23 de julho de 2022 no referido jornal. Trata-se de um comentário à carta de um leitor a respeito do anglicismo whistleblower, palavra que ocorre em referência ao caso de Julian Assange e tem sido traduzida como denunciante, informador ou delator. Mantém-se a ortografia de 1945, conforme o original.