A associação correta dos pronomes pessoais à preposição entre dá matéria para o apontamento da consultora Inês Gama no programa Páginas de Português, na Antena 2.
A associação correta dos pronomes pessoais à preposição entre dá matéria para o apontamento da consultora Inês Gama no programa Páginas de Português, na Antena 2.
«Quanto à população em geral, são sobretudo os mais velhos e os culturalmente mais instruídos e menos influenciáveis que ainda consideram o pronome de tratamento você como uma forma menor, a ser utilizada quando existe alguma intimidade ou proximidade entre os interlocutores, e apenas em situações de “igual para igual” ou “superior para inferior”» – observa Yann Sèvegrand, docente de Português dos ensinos básico e secundário, no concelho de Montalegre, a propósito das atitudes e dos comportamentos subjacentes ao sistema de formas de tratamento do português em Portugal. Reflexão originalmente publicada no jornal eletrónico Diário Atual, em 11 de março de 2011.
«O que ocorreu na verdade, como já expus várias vezes, é que o latim tinha três gêneros, masculino, feminino e neutro. E podia, eventualmente, fazer a concordância plural no gênero neutro. Só que, por razões meramente fonéticas, o gênero neutro e o masculino se fundiram no latim vulgar ainda antes da passagem do latim ao português. Portanto, o gênero masculino assumiu as funções que antes eram do neutro.»
Apontamento do linguista brasileiro Aldo Bizzocchi, publicado na sua páginna no Facebook, Diário de um Linguista, com a data de 24 de maio de 2023.
«Será erro dizer "quem não tem cão caça com gato"?» – pergunta o professor universitário e divulgador de temas linguísticos Marco Neves, a propósito da pseudocorreção do provérbio «quem não tem cão caça com gato». Apresenta-se, com a devida vénia, o vídeo que o autor dedicou ao tema em 29 de maio de 2023 em A Vida Secreta das Línguas, «um podcast sobre línguas e outras viagens».
«Foram os países africanos de língua portuguesa que tomaram a decisão de a adotar como língua oficial (de estado, administração, ensino) e também de unidade nacional; lideranças de movimentos de libertação e elites desses países fizeram a sua formação em português, muitas em Portugal; a adoção da língua resultou, assim, em fator de discriminação entre os cidadãos desses países que a domina(va)m e os que não.»
Artigo da autoria da linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia, publicado no dia 29 de maio de 2023 no Diário de Notícias.
A professora Carla Marques apresenta um apontamento no qual identifica as questões mais consultadas pelos leitores do Consultório do Ciberdúvidas e aponta possíveis razões para o destaque que estas dúvidas merecem entre os falantes de língua portuguesa.
«Compreende-se que, do ponto de vista terminológico, a bem do rigor e da capacidade de síntese da comunicação científica, se empregue ambiente e se rejeite "meio ambiente"» – começa por dizer o consultor Carlos Rocha sobre a locução nominal «meio ambiente», que é vista por alguns como um pleonasmo vicioso mas que pode encontrar legitimidade na história da língua.
*in blogue JQM, com a data de 24 de maio de 2023. Manteve-se a norma ortográfica de 1945 do original.
Parece estar enraizada, nas memórias de muitas pessoas, a ideia de que a denominação inglesa para chá – tea – tem origem num T de transporte, assinalado nas caixas que transportavam o produto e que provinham de Portugal. Contudo, isto não corresponde à realidade. A consultora Sara Mourato revela, então, qual a origem de tea e de chá.
«O Brasil tem dezenas de variantes linguísticas que podem até, em casos extremos, dificultar a intercompreensão. É tolice abordar esse tema sob um viés nacionalista. Justamente por causa dessa grande variedade de falares, nós brasileiros temos necessidade absoluta de uma língua-teto estável e normatizada.»
A utilidade de identificar e definir usos normativos, face à enorme variação popular e regional da língua portuguesa no Brasil, é o tema do artigo de opinião do colunista José Horta Manzano publicado originalmente no Correio Braziliense em 2011 e novamente divulgado em 25 de maio de 2023 no blogue Diário de um Linguista, de Aldo Bizzocchi.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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