Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A justa homenagem da FLUL <br> a Maria Helena Mira Mateus
De 26 de outubro a 12 de novembro de 2022

A obra e o relevantíssimo papel de Maria Helena Mira Mateus (1931 – 2020) no ensino e na divulgação da linguistica em Portugal — neste artigo* da autoria uma das suas mais próximas colaboradoras, a também linguista e professora universitária Margarita Correia.

 *in Diário de Notícias de 24 de outubro de 2022.
Concordância do verbo (2)
Concordância do verbo com o pronome relativo quem

Devemos dizer «Fui eu quem fez este bolo» ou «Fui eu quem fiz este bolo»? Esta é a dúvida cuja resposta é apresentada pela professora Carla Marques no seu apontamento divulgado no programa Páginas de Português, dAntena 2 (24/10/2022). 

 

32 cães... não anglófonos
Exposição fotográfica Adota-me

Uma exposição fotográfica para adoção de 32 cães com título em português...  exatamente nos antípodas – e ainda bem!... – da pretensiosa anglofilia prevalecente nos nomes dos organizadores da iniciativa. Um comentário de José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas.

<i>Irenologia</i> – uma palavra desconhecida?
Nome derivado de Santa Irene da Capadócia, a padroeira da Paz

Formada dos gregos eirene («paz») + logos  («estudo»), e ainda não dicionarizada em português, irenologia é o «estudo sistemático da paz conforme a concebem as diversas culturas, sociedades, religiões e saberes.» No concreto, tem por objetivo investigar as condições, o ambiente e os envolvidos no esforço comum para se estabelecer, manter e promover a paz quer entre nações, quer entre grupos sociais ou mesmo entre indivíduos. Do seu conceito, assenta este artigo da autoria de Jorge Fonseca de Almeida e publicado no Diário de Noticias de 16 de outubro de 2022, a propósito da guerra na Ucrânia.

Se o “acordo” nem para isto serve,  <br> livrem-se dele de vez
Sobre as variedades linguísticas codificadas do português nos exames nacionais
«Que tal aceitarem que o português tem variantes, também ortográficas, e que é conhecendo-as e sabendo conviver com elas que se fará o nosso futuro?», pergunta o jornalista português Nuno Pacheco, em mais um artigo* anti-Acordo Ortográfico de 1980, a propósito de uma proposta da Associação de Professores de Português para o Instituto de Avaliação Educativa (Iave) criar «um grupo de trabalho no seu conselho científico para discutir a aceitação das variedades linguísticas codificadas do português nos exames nacionais».
 
 * in jornal Público do dia 20/102022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
Adidas faz um despedimento coletivo na Maia. Podemos falar sobre isso?
Eufemismos não mudam o que as coisas são

«Mudam as palavras que se usam para chamar as coisas, mas as coisas continuam a ser exatamente o que são. Na Maia o que está a acontecer não é a dispensa de 300 colaboradores, mas sim o despedimento coletivo de 300 trabalhadores.»

Artigo de opinião da advogada Carmo Afonso incluído no jornal Público em 20 de outubro de 2022 e aqui transcito com a devida vénia. A autora fala de como é eufemística a linguagem de muitas notícias sobre o anúncio do despedimento de 300 trabalhadores da empresa Adidas na Maia (Porto).

A gramática
No atual contexto das disciplinas linguísticas

«Isto está longe de significar que o professor de língua não reconheça a existência de fatos de variedades outras da competência linguística de seus alunos, para os quais não deve olhar como prejuízos ou com juízos preconceituosos. Tais diversidades devem ser aproveitadas inteligente e habilmente pelo professor como fatores que façam dos alunos poliglotas na própria língua.»

Neste seu texto reflexivo, o gramático brasileiro Evanildo Bechara defende que a coexistência entre uma abordagem normativa da língua e a descrição dos factos linguísticos deve conduzir a uma abordagem do ensino da língua que permita integrar de forma compreensiva e didática as várias línguas que os alunos conhecem, combinando-as com a variedade exemplar da língua. Reflexão publicada no mural Língua e Tradição (Facebook) em 17 de outubro de 2022 e aqui transcrita com a devida vénia.

Concordância do verbo
A situação do sujeito composto

Devemos dizer «A tristeza e a solidão abateu-se sobre mim» ou «A tristeza e a solidão abateram-se sobre mim»? Esta questão é respondida pela professora Carla Marques na rubrica divulgada no programa Páginas de Português (de 17/10/2022). 

Podia ser pior
Uma expressão popular pretensiosa e... inútil

«Uma expressão [que se] aplica tanto a quem a pronuncia quanto àquele a quem é dirigida. Quando é parte de nós, há uma espécie de catarse que não é útil, nem colhe benefícios. Será mais uma estratégia do eu, na tentativa de adaptação psicológica às dificuldades, mas também isto tem o seu preço, porque no fundo é subestimar a sua própria dor. Quando é dirigida a alguém, revela-se inútil.»

 

Texto da autoria de Maria Gaio, transcrito a seguir, com a devida vénia, do suplemento P3 do jornal Público, com a data de 16 de outubro de 2022. Escrito segundo a norma ortográfica de 1945.
«Rua Alexandre Herc», chama-lhe  a Carris
Como truncar um nome consagrado da toponímia lisboeta

Nos novos autocarros da frota da Carris, em Lisboa, é assim mesmo, tal e qual,  que se anuncia a paragem em memória de Alexandre Herculano...