Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Influência semântica na escolha dos parônimos
Problemas na produção textual

«Um dos problemas graves em redações de vestibulandos é a falta de rigor no emprego das palavras. As falhas por inexatidão de sentido prejudicam a coerência e, nos casos em que constituem repetições indevidas, comprometem a progressão do texto. Em razão delas geram-se enunciados contraditórios e por vezes ininteligíveis» – sustenta Chico Viana, professor e escritor brasileiro, à volta das impropriedades vocabulares detetadas na escrita dos alunos pré-universitários do Brasil. 

Texto publicado no mural Língua e Tradição (Facebook, 3 de junho de 2023).

«Imagina»
Uma expressão de São Paulo

«Pude perceber essa integração ao universo, digamos, parassampático, quando, dia desses, utilizei, autômato, a expressão "imagina!". Foi um susto. E um pertencimento. Quando dei por mim, falei, fluente, fluentemente: "imagina. Imagina!"»

Apontamento do escritor brasileiro Marcílio Godoi publicado no dia 24 de maio de 2023 no seu perfil de Facebook, a respeito de uma expressão que parece ser corrente entre falantes da cidade de S. Paulo: «Imagina!»

 

«Entre mim e ti» <i>vs.</i> «entre tu e eu»
A preposição entre com pronomes pessoais

A associação correta dos pronomes pessoais à preposição entre dá matéria para o apontamento da consultora Inês Gama no programa Páginas de Português, na Antena 2.

«Vossa mercê» – <i>vossemecê</i><br> – <i>vosmecê</i> – <i>você</i>
Sobre as formas de tratamento e o respeito mútuo

«Quanto à população em geral, são sobretudo os mais velhos e os culturalmente mais instruídos e menos influenciáveis que ainda consideram o pronome de tratamento você como uma forma menor, a ser utilizada quando existe alguma intimidade ou proximidade entre os interlocutores, e apenas em situações de “igual para igual” ou “superior para inferior”» – observa Yann Sèvegrand, docente de Português dos ensinos básico e secundário, no concelho de Montalegre, a propósito das atitudes e dos comportamentos subjacentes ao sistema de formas de tratamento do português em Portugal. Reflexão originalmente publicada no jornal eletrónico Diário Atual, em 11 de março de 2011.

 

As “fake news” na linguística
A categoria de género no funcionamento das línguas

«O que ocorreu na verdade, como já expus várias vezes, é que o latim tinha três gêneros, masculino, feminino e neutro. E podia, eventualmente, fazer a concordância plural no gênero neutro. Só que, por razões meramente fonéticas, o gênero neutro e o masculino se fundiram no latim vulgar ainda antes da passagem do latim ao português. Portanto, o gênero masculino assumiu as funções que antes eram do neutro.»

Apontamento do linguista brasileiro Aldo Bizzocchi, publicado na sua páginna no  Facebook, Diário de um Linguista, com a data de 24 de maio de 2023. 

Será erro dizer «Quem não tem cão caça com gato»?
O que dizem os registos mais antigos

«Será erro dizer "quem não tem cão caça com gato"?» – pergunta o professor universitário e divulgador de temas linguísticos Marco Neves, a propósito da pseudocorreção do provérbio «quem não tem cão caça com gato». Apresenta-se, com a devida vénia, o vídeo que o autor dedicou ao tema em 29 de maio de 2023 em A Vida Secreta das Línguas, «um podcast sobre línguas e outras viagens».

A descolonização da língua portuguesa
A falta de política linguística nos países africanos e em Timor-Leste

«Foram os países africanos de língua portuguesa que tomaram a decisão de a adotar como língua oficial (de estado, administração, ensino) e também de unidade nacional; lideranças de movimentos de libertação e elites desses países fizeram a sua formação em português, muitas em Portugal; a adoção da língua resultou, assim, em fator de discriminação entre os cidadãos desses países que a domina(va)m e os que não.»

Artigo da autoria da linguista  e professora universitária portuguesa Margarita Correia, publicado no dia 29 de maio de 2023 no Diário de Notícias.  

 

Das diferenças entre <i>à</i> e <i>há</i>, às abreviaturas <br>das formas de tratamento e até aos nomes epicenos
As questões mais consultadas no Ciberdúvidas

A professora Carla Marques apresenta um apontamento no qual identifica as questões mais consultadas pelos leitores do Consultório do Ciberdúvidas e aponta possíveis razões para o destaque que estas dúvidas merecem entre os falantes de língua portuguesa. 

«Meio ambiente» é pleonasmo vicioso?
Alguns aspetos da história desta locução

«Compreende-se que, do ponto de vista terminológico, a bem do rigor e da capacidade de síntese da comunicação científica, se empregue ambiente e se rejeite "meio ambiente"» – começa por dizer o consultor Carlos Rocha sobre a locução nominal «meio ambiente», que é vista por alguns como um pleonasmo vicioso mas que pode encontrar legitimidade na história da língua.

O valor de um nome
A origem do apelido Manha
Como escreve João Querido Manha neste texto*, podia chamar-se João da Silva, ou João Carreira, ou João Dias, ou João Capaz – isto ponderando apenas três gerações numa terra anterior à nacionalidade. Só que  os seus pais escolheram juntar dois apelidos também cheios de história e de significado: «Os Querido, de Mira de Aire, e os Manha, de Minde

 

 *in blogue JQM, com a data de 24 de maio de 2023. Manteve-se a norma ortográfica de 1945 do original.