No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, a consultora Inês Gama reflete, neste apontamento, sobre os sentidos da palavra liberdade.
Se é importante a precisão linguística na comunicação, a verdade é que isso nem sempre acontece. Partindo do exemplo de uma transmissão da RTP, em que o verbo vacilar foi incorretamente grafado como "vassilar", a consultora Sara Mourato refere neste texto a origem de uma confusão gráfica muito comum na língua portuguesa.
«Você pode até pensar que a multiplicação desse sinal é coisa moderna, especialmente na escrita jornalística e publicitária. Ocorre, porém, que escritores mais antigos também souberam empregar o ponto final e períodos breves para causar certos efeitos no texto.»
O revisor brasileiro Gabriel Lago identifica quatro usos expressivos do ponto final, num apontamento publicado em 20 de abril de 2024 no mural Língua e Tradição, no Facebook, e aqui transcrito com a devida vénia.
«Camões [...] partilha com Vergílio uma sensibilidade especial. E o seu poema dedicado a Bárbara segue a defesa vergiliana da beleza negra.
Ora, esta declaração de amor por uma mulher negra mexeu com as ideias feitas e com os preconceitos dos estudiosos de Camões.»
Artigo que faz parte de uma série que o professor universitário, classicista e escritor Frederico Lourenço dedica aos 500 anos do nascimento de Camões, no mural no Facebook. O presente texto, publicado em 21 de abril de 2024, diz respeito a um poema camoniano que contraria o estereótipo literário da beleza feminina branca e loira.
Por que razão não é correto dizer-se «Ele é amicíssimo meu»? Esta é a dúvida que a professora Carla Marques esclarece esta semana.
(Apontamento divulgado no programa Páginas de Português, da Antena 2, em 21 de abril de 2024)
Um novo canal de notícias em Portugal... para portugueses e lusófonos, mas com nome em inglês. Será que vão fazer jus ao nome, falado todo na língua de Shakespeare?
Em Portugal, em alguns noticiários televisivos, artigos de jornais e espaços de comentário, usou-se a expressão «duelo a três», para descrever o debate que teve lugar entre os três maiores partidos do parlamento. Esta descrição não passou ao lado dos comentadores do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer, transmitido na SIC Notícias, em 12 de abril de 2024. Nele o moderador/apresentador, Carlos Vaz Marques, questiona o Ciberdúvidas sobre se tal expressão estaria correta e qual seria a melhor forma de, em português, designar um combate a três? Neste apontamento, a consultora Inês Gama tenta dar resposta a essa questão.
«Ir a campo» é a expressão comentada pelo consultor Paulo J. S. Barata, que a relaciona com usos futebolísticos e académicos.
A diferença entre transmissões ao vivo e programas gravados, é que os primeiros não oferecem a flexibilidade de edição e correção que os últimos proporcionam. Por isso, por vezes ouve-se, como foi caso numa transmissão da CNN Portugal, que «Israel está sobre ameaça», «todas as casualidades» e «West Bank».
Merecia uma mais cuidada tradução (e a correspondente legendagem) o excelente docudrama Recordo a Piazza Fontana, exibido na RTP 2, no dia 13/04/2024...
Apontamento do jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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