O léxico da "nova normalidade", a pronúncia de Físico-Química, o neologismo mundicordioso e o termo fosfina
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O léxico da "nova normalidade", a pronúncia de Físico-Química, o neologismo mundicordioso e o termo fosfina
1. Em Portugal, a abertura do novo escolar marcou a semana, pois, apesar da pandemia de covid-19, as atividades decorrerão presencialmente conforme orientações do Ministério da Educação. Procurando a harmonia (possível?) com as normas da Direção-Geral de Saúde, alunos e professores reencontram-se de máscara, mas nas salas de aula, lado a lado, ao contrário, portanto, do que ocorreu nos últimos meses do ano letivo transato, em que o confinamento impôs o ensino à distância.
2. Em...
«Estado de contingência», «Incerteza total», o advérbio galego abondo e o topónimo Fátima
1. A partir de 15 de setembro, Portugal continental passou à situação de estado de contingência devido à pandemia da covid-19, situação que se prolongará até ao dia 30 de setembro. Esta nova realidade justifica a atualização do A covid-19 na língua, projeto desenvolvido pelo Ciberdúvidas, que continua a reunir os termos / expressões que vão marcando o evoluir da pandemia. O Glossário passa, assim, a contemplar a entrada «Estado de contingência», expressão a...
Com as atualizações do Ciberdúvidas, o abuso dos anglicismos, o nome latino de Vizela e cinco novas respostas
1. Retomam-se as atualizações trissemanais no Ciberdúvidas – às segunda, às quartas e às sextas –, ao mesmo tempo que em Portugal recomeçam as aulas em ano marcado pelos múltiplos efeitos da pandemia de covid-19 na vida pessoal e coletiva. Apesar das medidas restritivas da mobilidade e das atividades presenciais, os atuais meios digitais têm-se revelado um canal prodigioso para quebrar o isolamento – desde que usados com responsabilidade e paciência, dando tempo ao entendimento interpessoal....
Ciberdúvidas volta em 14 setembro
♦ Coincidindo com as férias escolares no verão em Portugal, e como é tradicional nesta época com as atualizações regulares do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, elas ficam interrompidas até 14 de setembro.
Nos Destaques, em baixo ou do lado direito, e na nossa página do Facebook não deixaremos de assinalar novos conteúdos, sempre que for caso disso ou a atualidade assim o justificar.
Até lá, e como sempre, fica acessível a consulta a todo o vasto e diversificado...
Os acentos de Maláui e de Piauí, a 'desconfinacalma' necessária e o «fogo da juventude» a provocar «focos de contágio»
1. A estranheza que provoca o acento gráfico no nome próprio Maláui advém do facto de se considerar a regra geral de acentuação que preceitua que as palavras graves não têm acento. Todavia, o caso específico desta palavra entra em conflito com outra regra: a de que as palavras terminadas em i tónico são acentuadas na última sílaba quando precedidas de ditongo. Um caso raro que se explica nesta resposta. Outras questões colocadas no Consultório relacionam-se...
Covid põe Portugal a três velocidades, o termo mastodinia, o papel dos revisores e o fim de um ano escolar atípico
1. Recrudesce em Portugal a ameaça da covid-19, com novos focos da doença, sobretudo em Lisboa, onde o processo de desconfinamento iniciado em 30/04/2020 faz marcha-atrás, com o país colocado a três velocidades no combate à pandemia, a partir de 1 de julho p.f. Causa desta reavaliação: a violação do dever cívico de recolhimento e os comportamentos de risco, deliberados, por bravata juvenil, ou induzidos por más condições de transporte e de vida. ...
Um São João imemorável, marcha-atrás no desconfinamento, o apelido Camões e as maçãs-camoesas
1. Celebra-se a 24 de junho o dia de São João, padroeiro popular e um dos três santos que se comemoram no mês de junho, num quadro que associa manifestações religiosas e profanas. Em cidades como o Porto, a festa, que decorre na noite de 23, é pontuada pelos balões de ar quente, pelos martelinhos, e, claro, pela sardinha assada a pingar na broa. Este ano, porém, aconteceu algo imemorável: os festejos foram cancelados devido às medidas de combate à covid-19 (ver notícias aqui e aqui). O tradicional fogo de...
O uso de «haverão de», os malefícios dos ajuntamentos, o português pluricêntrico e a língua como ativo global
1. Sobre o uso de haver como auxiliar («haver de»), uma dúvida: por exemplo, falando de medicamentos, se se diz já com valor de futuridade que «hão de resultar», não será «haverão de resultar» uma construção redundante e, portanto, dispensável? No Consultório, outras perguntas completam a atualização: o que significa o regionalismo ervanço? As palavras subtrama e geniturinário estão bem formadas? E porque está...
A (lenta) dicionarização dos neologismos, a paráfrase, sobre o ensino à distância e a figura do Pe. António Vieira
1. A dicionarização das palavras é um processo que, muito frequentemente, começa com o aparecimento de um neologismo na língua, que vai sendo integrado gradualmente no léxico. A sua generalização e a frequência de usos podem levar à conversão da palavra num verbete de dicionário. Alguns destes neologismos podem resultar de uma tentativa de tradução de uma palavra estrangeira, o que nem sempre é um processo fácil ou de aceitação generalizada entre os falantes. Exemplo disso é a forma "Euromaidã", uma...
Tributo a Aristides de Sousa Mendes, a expressão estatuofobia, o uso conjuncional de caso e o papel dos linguistas
1. Há 80 anos, quando a II Guerra Mundial alastrava pela Europa, com multidões a fugir da perseguição racista e da ofensiva do III Reich, o cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes (1885-1954), desobedecia ao governo português e emitia vistos para cerca de 30 000 refugiados, entre os quais se contavam 10 000 judeus. Foi, na expressão usada pelos seus biógrafos, o "ato de consciência" de Aristides de Sousa Mendes, que, ao contrariar o poder vigente em Portugal,...
