1. Para que está o Ciberdúvidas no Facebook, quando, nesta rede social, poderia interagir mais com quem aí o procura? A pergunta franca, aí colocada recentemente, justifica esta resposta simples: infelizmente, não há condições para esse espaço ser mais do que é – um divulgador dos conteúdos que vão sendo atualizados diariamente nestas páginas e, por via disso, uma montra para a sua consulta direta regular. Com efeito, as condições adversas de sustentabilidade do Ciberdúvidas só permitem o pleno funcionamento do serviço que presta, gracioso e sem fins comerciais, no seu próprio sítio, onde, garantida minimamente a razão de ser deste projeto, estamos em condições da interação pretendida. É aqui, afinal, que se presta este serviço como não há outro, similar, em todo o espaço da lusofonia: gracioso e tão diversificado nas suas valências, com rubricas ao mesmo tempo de esclarecimento, informação, debate, crítica e polémica. E, ainda, uma antologia de textos literários de autores lusófonos de todos os tempos, dedicados especificamente ao idioma comum, e uma montra de livros, revistas e artigos à volta da língua portuguesa, provenientes das mais diversas fontes, sempre devidamente atribuídas. Infelizmente, mais não podemos garantir, de momento. Apenas – e desculpe-se-nos a presunção... – darmos total prioridade a este espaço de referência, já lá vão 18 anos, para quantos, por esse mundo fora, querem saber sempre mais sobre o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Resta voltar a lembrar que o arquivo do Ciberdúvidas totaliza, já, cerca de 40 mil textos de acesso permanente, bastando uma pesquisa fácil e rápida para se confirmar se determinada dúvida ou artigo não se encontram já disponíveis1. É o caso em apreço na pergunta colocada no Facebook sobre o aportuguesamento do anglicismo site.
1 Ver Como (melhor) navegar e pesquisar no Ciberdúvidas.
2. Neste dia, deixamos no consultório três novas respostas às seguintes dúvidas:
– O que é uma pop-up store? Não tem nome em português?
– Sobre uma localidade dos arredores de Lisboa: Mira-Sintra, com hífen, ou Mira Sintra, sem ele?
– Se existe clarividente, que se aplica a quem vê com clareza ou é dotado de perspicácia, será possível formar uma palavra que se refira a quem ouve com clareza ou sabe escutar as palavras?
3. Como anda o português no mundo e particularmente em África? Para responder à questão, o programa Língua de Todos de sexta-feira, 16 de outubro (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 17 de outubro, depois do noticiário das 9h00*), convida Francisco Ramos, da direção do Observatório da Língua Portuguesa. E que se faz para que a língua enfrente os desafios da tecnologia? O Páginas de Português de domingo, 18 de outubro (às 17h00*, na Antena 2), entrevista Isabel Alçada, docente do curso livre de Promoção da Leitura na Era Digital, em regime de aprendizagem virtual (e-learning)**, organizado pelo Centro de Investigação para Tecnologias Interativas da Universidade Nova de Lisboa (ver vídeo de apresentação do curso)
* Hora oficial de Portugal continental.
** À falta de equivalente português a e-learning, com uso estabilizado e generalizado, adotamos a expressão «aprendizagem virtual», sugerido por um termo cunhado em espanhol e que se adapta com adequação à nossa língua – aprendizaje virtual.
Com interesse para o estudo e promoção das culturas de língua portuguesa, assinale-se a realização do congresso internacional A cidade paradigmática: origens, avatares, fronteiras, organizado de 15 a 17 de outubro p. f. pelo Centro de História d'Aquém e d'Além-Mar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (ver programa e inscrições).