1. Na rubrica Montra de Livros, apresenta-se a recente publicação da História Sociopolítica da Língua Portuguesa, de Carlos Alberto Faraco, professor da Universidade Federal do Paraná, que, com esta obra, marca os estudos da história externa do português pelo seu poder de síntese e pela lucidez com que avalia a situação presente da língua.* Na mesma rubrica, menciona-se outro livro, ao encontro da necessidade de expor cedo à leitura os estudantes de Português como Língua Estrangeira: Contos com Nível (A2), de Ana Sousa Martins, linguista e coordenadora da Ciberescola da Língua Portuguesa.
* Na imagem, História do Futuro (1718), do padre António Vieira (1608-1697).
2. Sobre as muitas facetas do português e, entre elas, o seu uso literário, a rubrica O Nosso Idioma disponibiliza um texto com o título "A língua portuguesa como futuro", que a escritora portuguesa Lídia Jorge publicou no Jornal de Letras em 11/05/2016 e do qual retiramos esta breve passagem: «[...] a Literatura é impureza, tantos são os detritos que para ela confluem, e a Língua, o fluido da qual a Literatura se serve, é por definição um sistema impuro. A Língua reformula-se permanentemente, em cada dia esquece palavras, cria palavras, transforma-se em contacto com novos sistemas, agrega elementos dos novos sistemas. É um processo em construção.»
3. As Controvérsias acolhem novo debate, também à volta da expressão literária, desta vez, no contexto do ensino não superior em Portugal, com um texto intitulado "Manual de boas práticas para acabar com a Educação Literária" (jornal Público, 15/05/2016) e escrito por Luís C. Maia, coautor do Programa e Metas Curriculares de Português do Ensino Secundário, para «dar conta do que se vai fazendo para a desvalorização da Educação Literária». Debate continuam a suscitar as declarações do presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, na sua recente visita a Moçambique, sobre o Acordo Ortográfico. Deixámos nessa rubrica os últimos textos publicados na imprensa portuguesa.
4. No Pelourinho, a professora Isabel Casanova comenta e ilustra com um uso mediático a confusão entre «pedir que...» e «pedir para...».
5. Em Portugal, o Benfica sagrou-se tricampeão em 15 de maio p. p., e, nos comentários televisivos e radiofónicos, recaiu-se no erro da deficiente prolação "competividade", em lugar de competitividade. Sobre esta incorreção, recuperamos do nosso vasto arquivo o artigo 'Competividade', esse exemplo de poupança silábica", de Luís Carlos Patraquim, e a resposta Competividade.
6. Justifica-se falar de correção sintática a respeito do contraste entre «jogar futebol» e «jogar à bola»? A resposta faz parte do consultório, cuja atualização inclui outras duas dúvidas, uma sobre o sufixo -dor, e outra acerca dos complementos diretos de verbos como medir e custar.