Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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A praga do «eu diria que...»
Um modismo que já irrita

«Muitos jornalistas [...] julgam de boa oralidade começar a sua intervenção com o batido "eu diria que"» – refere o jornalista Victor Bandarra neste apontamento sobre o modismo «eu diria que...», um marcador de discurso que, em Portugal, se repete sem imaginação na comunicação social. Texto publicado em 31  de agosto de 2025 no jornal Correio da Manhã e aqui divulgado coma devida vénia.

 

«Se se» não é redundância
Sobre os encontros de palavras homónimas

Os fogos de agosto de 2025 em Portugal são, numa revista, o tema de um editorial que começa pelo que será com certeza uma gralha. O consultor Carlos Rocha lembra que a sequência «se se» está correta e engana-se quem pensa que a repetição é errónea.

A importância da disciplina de Português
Deverá a falta de professores de Português ser uma preocupação?

«A disciplina de Português é nuclear uma vez que desenvolve competências essenciais que são a base para a aprendizagem de todas as outras áreas do conhecimento», comenta a consultora Inês Gama neste pequeno apontamento sobre a importância da disciplina de Português, cuja falta de professores se repete no começo de cada ano letivo.

«Vós regressareis em setembro?»
Sobre o pronome pessoal vós em português europeu contemporâneo

«Com que vitalidade regressará no próximo ano letivo a "pessoa perdida"  às escolas do país?» – pergunta a investigadora e linguista Marcela Faria (Faculdade de Letras do Porto), que, no começo do ano letivo de 2025/2026, propõe aos professores de Portugal o desafio de explorarem a extensão do uso de vós entre os jovens. Texto gentilmente cedido pela autora ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa.

Inteligência artificial: desafios e responsabilidades
Um fenómeno que suscita euforias e apreensões

«As interrogações são pertinentes: em que medida os desenvolvimentos da inteligência artificial são suscetíveis de atingir e desvirtuar a estrutura da língua (portuguesa, francesa, inglesa etc)? Corre-se o risco de  perder o cunho de identidade? Como reagir em face de possíveis alternativas para  incorporar as inovações no idioma falado e, sobretudo, no idioma escrito?» – interroga-se o jornalista português António Valdemar, refletindo sobre a língua face à Inteligência Artificial, a partir de um livro do cientista brasileiro Arnaldo Niskier, membro da Academia Brasileira de Letras. Texto cedido pelo autor ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa e a aguardar publicação no Jornal de Letras,  do Rio de Janeiro.

 

Jacinto Lucas Pires: «Estamos a perder palavras. Como pensamos por palavras, estamos a perder capacidades»
A crise da linguagem na contemporaneidade

«Escritor acaba de lançar um novo romance, Vento nos Olhos, quase cinco anos depois do último. Uma história feita de várias histórias unidas pela pergunta: “Qual é o sentido da arte hoje”?»

Entrevista do escritor Jacinto Lucas Pires, conduzida pela jornalista Carla Alves Ribeiro e publicada no Diário de Notícias em 04/08/2025. Texto, aqui partilhado com a devida vénia, que versa sobre vários aspetos literários, incluindo o problema da perda lexical na comunicação contemporânea. Subtítulo da responsabilidade editorial do Ciberdúvidas.

«Fizeram com que se reerguesse», <br>e não
A confusão entre o pronome se e a terminação verbal sse

Dois equívocos num só erro é como se pode descrever o caso comentado pelo consultor Carlos Rocha, que recorda o cuidado a ter para não confundir o pronome se com a terminação verbal sse do imperfeito do conjuntivo.

<i>Linha</i> ou <i>linhagem</i>?
Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Na notícia de divulgação do podcast Geração 60, de 28 de julho de 2025, pode ler-se: «Venho de uma linha de mulheres poderosas [...].» Não seria mais correto empregar linhagem e dizer «venho de uma linhagem de mulheres poderosas»? O consultor Paulo J. S. Barata analisa e comenta este caso.

 

<i>Entreteve</i>, e não
Tropeçar com a mulher de César e derivados de ter

Os verbos derivados de ter não perdoam aos incautos que se fiam na regularidade da conjugação verbal. E, em  Portugal, num comentário televisivo sobre Mário Centeno, ex-governador do Banco de Portugal, mais uma vez se confirmou que entreter é tão traiçoeiro como conter, deter, reter ou manter. O consultor Carlos Rocha dá conta deste caso.

Colonização, outramento e reconstrução
Um novo pacto linguístico para Angola

«O Estado [...] tem o dever de adoptar políticas concretas para valorizar e institucionalizar as línguas nacionais no sistema educativo, nos meios de comunicação e nas políticas públicas» – defende o professor e investigador angolano Fernando Tchakupomba, em artigo de opinião em que este autor propõe um novo pacto sociolinguístico em Angola que permita descolonizar e revitalizar as línguas nacionais deste país. 

Texto publicado no jornal O País e partilhado com a devida vénia, escrito segundo a norma ortográfica  de 1945, que continua em vigor em Angola.