Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Pragmática
Samuelson Wagner de Araújo e Silva Analista Judiciário João Pessoa, Brasil 4K

Gostaria de saber qual a função sintática de conectivos como «nesse cenário», «nesse contexto», «nesse diapasão», «nesse viés», «nessa perspectiva», «nesse âmbito», etc.

Vejo que algumas pessoas os comparam ao conectivo «nesse sentido», classificado por Othon M. Garcia como de valor conclusivo. Contudo, me parece que têm mais um caráter de retomada, de reafirmação, de ligação, semelhante ao da conjunção aditiva e.

Na minha opinião, num argumento lógico, silogístico, esses conectivos estariam mais para juntar as premissas (e) do que para apresentar a conclusão (assim).

Agradeço a todos vocês o excelente conteúdo do site. Parabéns!

Bernardo Monteiro Estudante Porto, Portugal 3K

Agradeço desde já a ajuda e peço desculpa pelo caráter tão vago da minha questão.

Não consigo distinguir o valor de probabilidade do valor de possibilidade. Qual é a diferença? Não consigo entender... E os casos facultados pelas gramáticas que consultei só me baralharam ...

Por exemplo, «talvez», em alguns casos, está associado a um valor e , noutros casos, a outro valor! Há algum "truque" para os distinguir? Como o faço? É que são tão mas tão similares que raramente consigo fazer a distinção.

Agradecido

Maria Duarte Explicadora Lisboa, Portugal 1K

Na frase «quando lá estive, a praia parecia agradável», podemos considerar que «parecia» é um deítico temporal (a sugerir simultaneidade)?

Bem-hajam!

Maria Silvestre Explicadora Lisboa, Portugal 2K

Numa sequência de frases como «Eu não sou falador. Já em criança era assim.», podemos considerar que «era» é um deítico que identifica o locutor?

Desde já, muito obrigada!

Joana Silva Jornalista Santa Cruz, Portugal 4K

Agradecendo antecipadamente a vossa resposta, pergunto se todos os elementos que recuperam anafórica ou cataforicamente um referente podem ser considerados deíticos textuais.

Maria Jesus Rodrigues Professora Loures, Portugal 1K

Na expressão «este ano», o demonstrativo este, habitualmente considerado deítico espacial, poderá ser considerado deítico temporal?

Miguel Jesus Estudante Setúbal, Portugal 3K

Pergunta bastante simples. Nos nomes «Padre António Vieira» na linha 2 e «jesuíta» na linha 5, temos presente coesão lexical ou coesão gramatical referencial, ou correferência não anafórica?

«Mais do que um livro de pregação, que o próprio

não quis fazer, os Sermões do padre António Vieira

estão cheios de referências biográficas. A inveja e a ingratidão

da pátria, a defesa dos índios e dos judeus, a missionação

e a diplomacia exercidas pelo jesuíta do século XVII estão

presentes ao longo desta obra, que a partir de hoje terá

uma nova edição crítica a Sermão de Santo António

aos Peixes, Sermão do Bom Ladrão, Sermão da Sexagésima.»

Lucas Tadeus Oliveira estudante Mauá, Brasil 3K

É certo afirmar que, em «Agora, o que não pode é esculhambar a gente, assim na cara dura», «agora» é conjunção? É correto esse uso?

Paula Cunha Estudante Aveiro, Portugal 18K

Qual a tipologia dos atos de fala presentes nas frases:

A) Não vou optar por processá-los.

B) Acho mal que as coisas funcionem assim.

C) Acho que ele publicou um livro.

D) Considero que estes investimentos foram desnecessários.

Considerei atos de fala assertivos, nas frases A); C); D) Considerei expressivo, na frase B).

Poderão ajudar-me a esclarecer esta dúvida?

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 2K

Com referência à consulta de 17/4/2020, cuja resposta circunstanciada abordou elegantemente as sutilezas sintáticas que envolvem a frase examinada, vejo-me forçado a retomar o assunto para aclarar um ponto restante de sombra.

Aqui, o período: «Anda por retos caminhos, que assim vais plasmar tua integridade e a virtude será teu brasão.»

Assumindo, como foi aventado na resposta, que a terceira oração ("e a virtude será teu brasão") é passível de ser considerada subordinada (consecutiva, no caso), seria ela subordinada a qual oração subordinante? À primeira? À segunda? Ou a ambas, que assim formariam um grupo semântico, cuja consequência é exposta na terceira?

Eis o que eu gostaria de saber. Com antecipados agradecimentos.