Há alguma palavra ou tradução para o anglicismo «priming»?
Obrigado!
Gostaria de saber se o uso das terminações -ita em Portugal e -ite no Brasil em palavras como malaquita/malaquite é uma regra consistente. Por exemplo, se vejo um mineral referido apenas como caulinita sem referência ao termo caulinite, posso ainda assim deduzir que no Brasil o termo correto seria caulinite, ou trata-se de uma prática casuísta, em que cada termo terá uma terminação (malaquite, mas caulinita, por exemplo)?
Muito obrigado.
Em documentos relacionados com ecologia fluvial é frequente encontrar-se alternância entre o termo ripário e ripícola para referir organismos que se encontram associados à zona adjacente a linhas de água. Por exemplo: «galeria ripária» e «galeria ripícola». Algum dos termos está errado, ou é menos correto neste contexto?
No âmbito do nosso trabalho [...], fomos confrontados com a seguinte dúvida:
– Quando nos referimos a milhão/milhões devemos utilizar um ou dois “m”? Devemos utilizar mmbtu ou mbtu? Mmscf ou mscf? Sendo BTU referente a British Thermal Unit.
– Em inglês utiliza-se os dois “m” e algumas empresas transpuseram essa opção para o português. Está correto?
Esta dúvida aplica-se também aos seguintes termos:
mmbbl: milhões de barris.
mmboe: milhões de barris de petróleo equivalente.
mmboepd: milhões de barris de petróleo equivalente por dia.
mmbopd: milhões de barris de petróleo por dia.
Em suma, o que está definido para a língua portuguesa no que se refere à abreviatura de medidas que se referem a milhões?
Agradecemos desde já a vossa preciosa ajuda.
Nas notícias à volta das acusações dos EUA contra a alegada espionagem informática da Rússia na recente campanha eleitoral norte-americana e a respetiva retaliação diplomática, surgiu mais um anglicismo: spearphishing. O termo designa a fraude electrónica contra alvos específicos para obtenção de dados confidenciais de terceiros. Qual poderia ser o equivalente em português?Já agora: e para o termo, também agora muito em voga nos media nacionais, «think thanks»?
Em saúde e segurança do trabalho, em particular na avaliação do risco de acidentes de trabalho, é frequente a utilização dos termos severidade e gravidade. Em alguns casos são usados como se de sinónimos se tratasse. Noutras situações classifica-se a severidade qualitativamente. Por exemplo, a perda de um dedo num acidente de trabalho é menos severa que a perda da mão. Aqui a gravidade é referida como o potencial da severidade do dano. Em qualquer dos casos tenho enormes dúvidas sobre a possibilidade de utilizar o termo severidade neste contexto. Será que podem ser considerados como sinónimos, ou será que existe qualquer relação entre os termos severidade e gravidade?
Relativamente a este termo, e uma vez que se encontra consagrada a pronúncia “necrópsia” na comunidade médica e que o Dicionário de Termos Médicos da Porto Editora aceita a grafia com acento, é incorreto grafar “necrópsia” em obras com o intuito de divulgação científica? E não sendo correto, existe alguma razão para se diferenciar de biópsia ou autópsia, ambos aceites com acento pelo Portal da Língua Portuguesa [Vocabulário Ortográfico do Português]?
No Dicionário Enciclopédico de Teologia, do Prof. Arnaldo Schüler (Editora da ULBRA, Canoas, 2002. p. 172), lemos, no verbete édito: «Ordem judicial tornada pública através de editais ou anúncios»; em edito, temos: «Paroxítono. Norma, lei, determinação oficial, decreto, ordem. P.ex.: Edito de Milão (q.v.). No direito romano, complexo de normas jurídicas.» A obra traz, como aponta a abreviatura q. v. (quod vide), o verbete "Edito de Milão".
Dicionários como o Caldas Aulete e o Priberam corroboram as diferenças conceituais apontadas para esses parônimos (não contemplam, todavia, o exemplo "Edito de Milão").
Minha dúvida reside sobre o assim chamado Edito de Milão. Além do compêndio de Schüler, sei que no meio eclesiástico (o "site" do Vaticano é um exemplo), é comum que se empregue o termo paroxítono para se referir ao decreto imperial que deu liberdade de culto a todos no Império Romano em 313, tornando, por conseguinte, o cristianismo uma religião lícita. A língua italiana também faz distinção (vide, p.ex., o Vocabolario Treccani on-line ou o Dizionario di Italiano on-line do Corriere della Sera) entre edito (pronúncia proparoxítona, com o mesmo sentido do nosso acentuado édito) e editto (pronúncia paroxítona, com o mesmo sentido da palavra portuguesa edito).
Gostaria, pois, de confirmar a grafia Edito de Milão (e não "Édito de Milão", como registram alguns textos, a meu ver erroneamente).
Agradeço, desde já, a gentileza da atenção.
Qual dos dois vocábulos é o mais correto – aditamento ou adenda –, quando estamos a falar de contratos?
Tenho constatado, com estranheza, a utilização da expressão «integração de lacunas» em documentos de natureza jurídica. Mas, olhando à raiz etimológica e ao valor semântico e significado dos termos que integram esta expressão, não seria mais correto dizer «preenchimento de lacunas» ou «suprimento de lacunas»? No português do Brasil, por exemplo, usam quase sempre a opção suprir/suprimento. Gostava de ter a vossa análise.
Muito obrigado!
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