Os enunciados em apreço constituem orações reduzidas de particípio, que se caracterizam por ter um verbo no particípio.
Normalmente, estas orações surgem subordinadas a uma oração subordinante numa frase complexa:
(1) «Terminado o trabalho, o João foi descansar.»
No caso em apreço, estamos perante enunciados sintéticos que são usados em placas de sinalética. Não obstante, este enunciados mantêm algumas das características das orações reduzidas de particípio, como o facto de o sujeito aparecer à direita da formal verbal. É o que se verifica no enunciado transcrito em (2), no qual estacionar tem a função de sujeito (assim como na frase (1), «o trabalho» é sujeito de terminado):
(2) «Proibido estacionar»
No caso presente em (3), apenas se verbaliza o complemento oblíquo do verbo, estando o sujeito omisso:
(1) «Sujeito a reboque»
Trata-se de uma construção equivalente a «O carro está sujeito a reboque» que é frequente no português europeu e que parece ser equivalente ao segundo enunciado aqui em análise.
Note-se, todavia, que o enunciado apresentado pelo consulente, que parece ser frequente no Brasil, tem uma incorreção: o uso da contração da preposição a com o artigo definido a:
(2) «Sujeito à guincho» (= sujeito a a guincho)
Ora esta opção não é aceitável porque guincho é um nome masculino, pelo que, a ser acompanhado de artigo definido, este deveria ser o e não a. Desta forma, poder-se-ia usar o enunciado apresentado em (6):
(3) «Sujeito ao guincho»
No entanto, atendendo a que a frase quer assegurar um valor genérico que permita que esta se aplique a uma diversidade de situações, é aconselhável que não se recorra ao artigo definido pelo que a forma preferível será a seguinte:
(4) «Sujeito a guincho.»
Disponha sempre!