A objeção do consulente faz todo o sentido. A construção das orações condicionais obedece a determinadas regras. Assim, para orações subordinadas condicionais que têm o verbo no mais-que-perfeito composto do conjuntivo, dever-se-á colocar o verbo da subordinante no condicional composto. Na frase: «Se ele tinha marcado falta, o Ronaldo teria sido expulso do jogo», o tempo verbal da oração condicional aparece no mais-que-perfeito composto do indicativo do verbo marcar, mas deveria estar no mais-que-perfeito composto do conjuntivo («tivesse marcado»). No segundo exemplo – «Se eu tinha deixado cair as chaves, não poderia entrar no carro» –, a frase correta será: «Se eu deixasse cair as chaves, não poderia entrar no carro» ou «Se eu tivesse deixado cair as chaves, não teria podido entrar no carro». No primeiro exemplo, o verbo da oração condicional está no imperfeito do conjuntivo e, como mandam as regras, o verbo da subordinante deverá estar no condicional presente. No segundo, obedece às mesmas regras do que acima foi explicitado, ou seja, a condicional com o verbo no mais-que-perfeito composto do conjuntivo, e a subordinante com o verbo no condicional composto.