Em pesquisas realizadas em vários dicionários, identificou-se a palavra piscitariano no dicionário de português da Porto Editora (na Infopédia). Por derivação, poder-se-á registar piscitarianismo. Contudo, como evidenciam vários textos do português do Brasil, também são frequentes as formas pescetariano e pescetarianismo.
Trata-se de neologismos, provavelmente de origem inglesa (de pescetarian, conforme propõe a Infopédia)1, língua que associa a forma pesce-, baseada no latim piscis, à terminação -tarian Do ponto de vista dos padrões de composição do português, a forma pisci-, que ocorre em compostos morfológicos2 como piscicultura e piscícola, é preferível a pesce-, que é uma adaptação direta da forma pesce do inglês pescetarian. Observe-se, porém, que -tariano não constitui uma unidade morfológica (um radical que marque um significado), mas, sim, resultado da segmentação arbitrária - vegetariano -, pelo que a palavra em discussão é formada por um processo irregular a que se chama amálgama (cf. Dicionário Terminológico). Neste sentido, embora piscitariano seja configuração preferível, não parece de rejeitar pescetariano como adaptação (ainda que menos exigente) de pescetarian.
1 Ver também o artigo pescetarianismo da Wikipédia.
2 «A composição morfológica é um processo de formação de palavras que associa dois ou mais radicais ou um radical a uma ou mais palavras» (Gramática da Língua Portuguesa de Vítor Fernando Barros, Âncora Editora, Edições Colibri, 2011, p. 196).