A forma era, no contexto apresentado, tem a função de deítico pessoal (que acumula com a de deítico temporal).
As frases apresentadas convocam os conceitos de deixis e anáfora.
Com efeito, esta sequência de frases envolve uma cadeia anafórica, na medida em que a elipse antes da forma era é interpretada anaforicamente em relação ao sujeito da frase anterior (eu).
Assim sendo, uma vez que a interpretação do pronome eu está dependente da situação de enunciação, que permitirá identificar o referente (neste caso, o locutor da frase), estamos em presença de um deítico pessoal. A primeira pessoa do singular volta a manifestar-se na flexão verbal da forma era, pelo que se considera que esta constitui também um deítico pessoal.
Disponha sempre!