Trata-se de palavras complexas, derivadas por sufixação, cuja base é um tema verbal, nos casos apresentados, habita-, viaja-, emigra- e imigra-, que correspondem aos infinitivos verbais habitar, viajar, emigrar e imigrar, todos pertencentes à 1.ª conjugação. Sobre o sufixo -nte, lê-se no Dicionário Houaiss (s. v. -nte; desenvolveram-se as abreviaturas):
«da desinência latina de particípio presente -ns, -ntis, numa relação que vem quase intacta do latim: 1.ª conjugação latina -āre > -(a)ns, (a)ntis; 2.ª conjugação latina lat. -ēre > -(e)ns, (e)ntis; 3.ª conjugação latina -ĕre > -(e)ns, (e)ntis; 4.ª conjugação latina lat. -īre > -(i)(e)ns,(i)(e)ntis, donde em português as formas em -ante (nos verbos da 1.ª conjugação) e -ente (nos verbos da 2.ª e 3.ª conjugação); muitos verbos da 3.ª conjugação latina ora ficaram na 2.ª conjugação portuguesa (dicĕre > dizer), ora passaram para a 3.ª conjugação portuguesa (conducĕre > conduzir) com seus respectivos particípios presentes (conducente); no processo, a partir do século XIV, a 3.ª conjugação portuguesa, donde quer que provinda, passou a desenvolver a forma -inte, vernácula, que convive, em níveis de diferentes registros e para fins diferentes, com os originais eruditos (seguinte e seqüente, ouvinte e audiente); virtualmente, todos os verbos da língua portuguesa podem derivar adjetivos ou substantivos em -nte [...].»