Não é obrigatório o hífen no uso de quase à maneira de prefixo. Na verdade, praticamente não se usa.
Em Portugal, no quadro do acordo em vigor, não se reconhece regra que imponha o hífen em sequências de quase + nome.
No Brasil, a Academia Brasileira de Letras optou por não hifenizar o uso prefixal de quase, conforme uma nota editorial da 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP):
«Observação: Não estão consignadas nesta 5.ª edição do VOLP as formações com as palavras não e quase com função prefixal, como não agressão, não fumante, quase nada etc., por não serem os elementos de tais formações separados por hífen.»
Este critério é seguido pela Infopédia. No entanto, o VOLP da Academia de Ciências de Letras (e o dicionário Priberam) mantém as formas hifenizadas, quase-contrato, quase-delito e quase-posse, que já se encontravam no Vocabulário da Língua Portuguesa (1966) de Rebelo Gonçalves.
Em suma, de acordo com a norma em vigor tende-se a não empregar nunca o hífen com quase. Na anterior norma de Portugal, havia casos de hifenização, mas também não se definiam preceitos claros sobre o hífen associado ao quase com função prefixal.
Agradecem-se as palavras de apreço.