DÚVIDAS

A próclise com infinitivo e gerúndio vs. mesóclise com futuro do presente e futuro do pretérito
Gostaria de uma ajuda a respeito da colocação de pronomes, na verdade, quero mesmo é saber porquê nestes dois casos foi utilizada próclise: a) «Algumas notas chegaram a se ligar.» (Sendo um verbo no infinitivo, não deveria ser mesóclise?) b) «Em se pondo o Sol os pássaros voam.» Procurei em diversas gramáticas e não encontrei regra que justificasse a próclise. Além disso, a regra diz que para mesóclise usa-se futuro do presente e futuro do pretérito, mas isso é difícil de se aplicar na prática... Por que esta frase está correta? «O torneio iniciar-se-á no domingo.» Agradeço desde já a ajuda.
Oração subordinada substantiva com função de sujeito
Tenho alguma dificuldade em definir o sujeito e o complemento directo em frases do tipo: «É aconselhável que se faça a prevenção rodoviária.» «É obrigatório que se respeitem os sinais de trânsito.» «Que tu tenhas estudado deu muita alegria aos teus pais.» Estas frases não possuem um sujeito definido. A minha primeira impressão é que, por exemplo, «que se faça a prevenção rodoviária» seja uma oração subordinada completiva com função de complemento directo, pois faço a pergunta simples: «O que é obrigatório? — Que se faça a prevenção rodoviária.» E assim nesta frase o sujeito é indeterminado. Agradeço que me possam esclarecer estas dúvidas.
Sobre a história da letra s no Brasil e em Portugal
Estou concluindo um estudo comparativo entre um dicionário português, de 1806, e o primeiro dicionário brasileiro, de 1832. Este brasileiro é, inegavelmente, um plágio do português, quase apenas com a diferença de que usa o s curto, e o português, o s longo, também chamado "s visigótico". Pelo que pude pesquisar, o s longo deixou de ser usado em Portugal na passagem do século XVIII para o XIX. Este fato ocorreu por mera casualidade, ou decorreu de alteração ortográfica oficial? No Brasil, apenas um livreto foi impresso clandestinamente, em 1747, com uso do s longo.
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