O que me leva a entrar em contacto com o Ciberdúvidas é a existência de uma dúvida que assola as pequenas células cinzentas que habitam na minha caixa craniana. Coisa simples, sem importância, mas que mesmo assim me deixa a maturar no assunto em questão. O “caso” é o seguinte:
Existe o termo “portista” para o adepto do Futebol Clube do Porto. Da mesma maneira que existe o termo “sportinguista” para o adepto do Sporting Clube de Portugal, e “benfiquista” para o adepto do Sport Lisboa e Benfica. Continuando o rol de termos e designações no que se refere aos “maluquinhos” (eu incluído) do chuto na bola, temos também o adepto “boavisteiro” para o Boavista Futebol Clube, “nacionalista” para o Nacional da Madeira, etc.
Onde eu quero chegar é ao facto de, por exemplo, “benfiquista” existir no dicionário como sendo a designação de um adepto do SL Benfica, mas nada descobrir sobre o termo “braguista” como sendo um adepto do Sporting Clube de Braga.
Será que o termo “braguista” existe? Se existe, por que razão não aparece?
Na certeza de que a minha dúvida será desfeita, despeço-me com os melhores cumprimentos.
«Corónimo é um nome designativo de continente país, região, pátria, estado, província, divisão administrativa qualquer (abrangido pela toponímia ou geonímia).
Dentro dos corónimos há as coronimias, que são a parte onomástica dedicada ao estudo e à etimologia dos corónimos.»
No blog ("blogue"? Ou "blogo"?) http://coronimosap.blogspot.com/ encontro definição de "corónimo" acima transcrita. Todavia, não encontro a palavra registada nos dicionários mais comuns. Ela existe, de facto?
Há erro de concordância na frase «Porque de complicado já basta a mudança»?
Numa frase como «São coisas a respeito das quais não se pode dizer nada», considero que o pronome relativo desempenha a função de complemento nominal. No entanto, minha dúvida se relaciona a locuções prepositivas que contêm palavras como respeito («a respeito de»), relação («em relação a»), etc. Quero saber se, de fato, essas locuções por si mesmas introduzem termos que, ao desempenhar funções adverbiais, também introduziriam um complemento nominal após a última preposição da locução. Transcrevendo frase acima para «Eu não tenho nada a dizer a respeito dessas coisas», posso considerar, aqui, «dessas coisas» como complemento nominal?
Aparece em algumas respostas do Ciberdúvidas a rejeição da palavra controlo, preferindo-se, por exemplo, verificar. Tenho, no entanto, de discordar em parte. A palavra controlo, nas áreas de engenharia e tecnologia, tem um significado complexo e "representa" um processo de várias etapas: verificação, processamento, decisão e acção. E assim sucessivamente e ciclicamente. Ou seja, não fará sentido dizer «estou à janela a controlar o trânsito», uma vez que não tenho a capacidade de parar ou mover os automóveis. Mas fará sentido dizer que o polícia de trânsito está a "controlar", uma vez que verifica o fluxo de automóveis das várias vias, pensa, decide e ordena que uns parem e outros avancem.
Gostaria de saber a vossa opinião quanto à utilização de "controlo" no sentido que eu referi.
Obrigado.
«Cuidados de saúde primários», ou «cuidados primários de saúde», qual é a forma gramaticalmente correcta e porquê? E no caso de «cuidados de saúde secundários ou terciários», não deveria ser «cuidados secundários ou terciários de saúde»?
Grato por qualquer esclarecimento que me possam prestar.
«Mais de um aluno veio ao evento.»
«Mais de um aluno vieram ao evento.»
Qual das opções está correta?
Com a entrada em vigor do acordo ortográfico, ortóptica não se deveria passar a escrever ortótica?
Agradecendo antecipadamente a atenção dispensada.
Gostaria de saber por que a palavra alil não tem plural.
Mas, se tiver, qual seria? Alis?
O mesmo ocorre para acetil, metil, etc.
Obrigado.
O assunto acima referido já foi alvo de tratamento por V. Exas., mas entretanto entrou ou está a entrar em vigor o novo acordo ortográfico e por isso gostaria de relançar a questão: na versão europeia da nossa língua, devemos escrever ioga ou Yoga? Porquê?
No glossário das Ciberdúvidas, continua a classificar-se como erro a forma Yoga, estará esta posição actualizada?
Há quem me diga que ioga é um aportuguesamento de yoga (sânscrito) e não um equivalente em português e que como a letra y entrou para o nosso alfabeto e como tal não haveria razão para a exclusão da forma yoga. Por minha parte, tenho tendência para dizer: se há uma forma aportuguesada, usemo-la!
Agradeço desde já o parecer de V. Exas. sobre este assunto.
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