Será que temos na língua portuguesa o antónimo das palavras "viajar", "viajante" e "viagem"?
Saudações!
No livro 1000 erros de português da atualidade, o autor, o famoso gramático Luiz Sacconi, no item 854, intitulado "não faça isso, não", escreveu:
«Usa-se sempre vírgula antes do não, como nessa frase [não faça isso, não]. Outro exemplo: Eu nunca diria uma coisa dessas, não. *** Não vou lá, não.»
Gostaria de saber se a repetição do não ao fim da frase é realmente aceita pela gramática normativa; se sim, se ela precisa ser precedida imediatamente por vírgula, como diz o autor; se sim, por qual razão, em que obras esse uso aparece nos nossos melhores escritos e quais gramáticos, além do citado, abonam esse uso.
Além disso, a aceitação desse uso não estaria em conflito com o que ensinou o gramático Celso Cunha (2014, p. 442), no livro Gramática Essencial, ao escrever: «os [= os advérbios] de negação antecedem sempre o verbo: Não aparece vivalma. (V. DE CARVALHO) Não dormi, tampouco estive acordado. (DA COSTA E SILVA)»?
Obrigado.
Duas palavras: Caschopadre/Cachopadre e Sisto.
Têm ascendência germânica?
Procuro saber a forma correta e mais cordial de me dirigir numa carta de apresentação.
Isto é, «Ex.mos Srs.» é adequado considerando que do outro lado pode estar uma senhora?
Obrigado.
Começo por agradecer o ótimo serviço que prestam aqui no Ciberdúvidas. Tornou-se uma ferramenta extremamente útil para ajudar a melhorar o nosso uso da língua.
A minha questão:
É muito frequente encontrarmos, em ambiente de tradução, expressões em inglês do género: «this feature helps you achieve better results», que, sendo gramaticalmente corretas e seguindo a intenção do texto de partida, traduziríamos como «esta funcionalidade ajuda-o a alcançar melhores resultados».
No entanto, é cada vez mais comum a exigência de neutralidade de género nas traduções. Para conseguirmos essa neutralidade, tem-se visto e usado muitas vezes algo como «esta funcionalidade ajuda a alcançar melhores resultados», sendo que, em alternativa, se poderia dizer algo como «esta funcionalidade dá uma ajuda para alcançar melhores resultados», o que resulta numa frase maior e mais complexa, algo muitas vezes não desejado no ambiente de tradução.
Aproveito para referir que se mantém o verbo ajudar na tradução, uma vez que o texto de partida não pretende dar garantias sobre a eficácia de tal funcionalidade, mas sim indicar que o seu uso pode dar certos resultados.
Este distanciamento é subentendido como uma forma de o autor do texto original de se ilibar de responsabilidades no caso de o uso de tal funcionalidade não dar os resultados pretendidos pelo utilizador da mesma. Neste caso, estamos a omitir o complemento direto.
Sendo ajudar um verbo transitivo, parece errado omitir o complemento direto. No entanto, uma breve pesquisa na Internet revela que o uso de ajudar sem complemento direto, em estruturas semelhantes, está bastante disseminado.
Posto isto, gostaria que me esclarecessem, se possível, se:
– há flexibilidade para omitir o complemento direto e, se sim, em que casos o poderemos fazer;
– a estrutura «ajudar a» + verbo no infinitivo é válida, à luz do exposto acima.
Desde já agradeço a vossa disponibilidade e bom trabalho.
Qual a diferença da ordem indireta e ordem inversa na estrutura das frases? São a mesma coisa?
Notei que são termos utilizados para se referir a mesma coisa em vários vídeos didáticos e artigos, no entanto em alguns sites parece haver sim uma diferença entre inversa e indireta, se há qual seria?
Estou fazendo um simulado e a seguinte pergunta surgiu:
Em «Grisalhos eram os seus cabelos», a oração está em ordem (A) direta. (B) indireta. (C) inversa. (D) interrompida.
Por isso a dúvida.
Obrigado.
A palavra gravaneiro tem alguma origem regional específica?
Há quem use, por influência francesa, o termo "foliatação", em vez de foliação, para designar a numeração dos fólios num manuscrito ou impresso antigo.
Dado que numerar folhas é um dos sentidos, recolhido em dicionário, do verbo foliar, a forma derivada correcta será foliação.
Foliatação suporia a existência, em português, do verbo "foliatar".
Pergunto se "foliatar" está atestado e, em caso negativo, se posso argumentar, baseado na coerência linguística, que se deve preferir a forma "foliação" ao galicismo "foliatação".
Na frase, do mesmo texto de Saramago, «Os amigos diziam-lhe que tinha um grande futuro na sua frente, mas ele não deve ter acreditado, tanto assim que decidiu morrer injustamente na flor da idade.», a oração «que decidiu morrer injustamente na flor da idade», para mim, é uma coordenada explicativa (por isso decidiu morrer), mas o facto de começar por «tanto assim», (de tal maneira que) pode ser considerada uma adverbial consecutiva? Neste último caso, qual será a subordinante?
Muito obrigada por me tirarem as minhas dúvidas.
Qual a forma correta: «passou a incluir-se» ou «passou-se a incluir»
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