Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Ana Santos Tradutora Portugal 15K

Tenho problemas em explicar a falantes não nativos o uso de «ao fim»/«em fim»/«no fim (final) de», quais a principais diferenças entre eles e como usar uns e não outros.

Por exemplo:

«Em fim de tanto esforço, nada conseguimos.»/«Ao final de tanto esforço, nada conseguimos.»

«Em fim de jogo, já é difícil marcar golos./No fim de/o jogo, já é difícil marcar golos.»/«No final do jogo, já é difícil marcar golos./Ao final de jogo, já é difícil marcar golos.»

«O cão já estava ao/no final da vida.»

«Chego sempre muito cansada em fim de dia.»/ «Chego sempre muito cansada no fim do dia.»/«Chego sempre muito cansada ao fim do dia.»/«Chego sempre muito cansada no final do dia.»/«Chego sempre muito cansada ao final do dia.»

Alguns colegas brasileiros usam indiscriminadamente e dizem-me que são totalmente iguais, mas alguns exemplos parecem soar mal.

Qual é a explicação?

Obrigada pela ajuda!

Maria Sousa Professora Porto, Portugal 9K

Qual a forma correta de colocar o pronome na expressão: «vou-me tornando espectadora» ou «vou tornando-me espectadora»?

Obrigada.

[N. E.: No quadro da norma ortográfica em vigor, escreve-se espectador e espetador. A palavra tem, portanto, dupla grafia.]

António João Cruz Professor Portugal 1K

Em Portugal usa-se a expressão «Conservação e Restauro», por exemplo no nome de uma disciplina, como se designasse uma só actividade (um nome composto) e não duas actividades (a Conservação, por um lado, e o Restauro, por outro). Por isso se diz, por exemplo, «A Conservação e Restauro tem como objectivo…».

Julgo que numa situação dessas deveria ser usado o hífen e, eventualmente, a designação "Conservação-restauro" – por analogia quer com o nome conservador-restaurador (que, unanimemente é dado a quem exerce essa actividade), quer com a designação Conservation-restoration usada por algumas instituições internacionais.

A minha questão é: gramaticalmente é correcto usar-se «Conservação e Restauro» dessa forma ou seria preferível usar-se “Conservação-restauro” ou outra alternativa?

A minha pergunta tem que ver com um comentário que fiz num texto que publiquei há dias e com alguns comentários que esse comentário suscitou.

O consulente segue a norma ortográfica de 1945. 

João Paulos Estudante Lisboa, Portugal 5K

Qual é a origem do sobrenome Paulos?

Gilson Medeiros Professor Natal, Brasil 4K

Respeitosamente, quero dizer que as indicações dadas no artigo "Bares e pascais, de novo" estão em discordância com a regulamentação normativa do INMETRO a respeito do assunto.

Considerando que é esse Instituto quem tem a palavra final sobre isso em nosso país, sugiro que nos adequemos ao que ele estabelece. Para isso, indico a leitura da Portaria 590/2013, a qual, na página 4 do Anexo, determina que o plural de pascal é pascals, entre outros exemplos.

Não obstante, quero parabenizar o excelente trabalho feito por esse blog Ciberdúvidas.

Um abraço.

Ana Sofia Pacheco Professora Carcavelos, Portugal 2K

Gostaria de pedir a vossa ajuda quanto ao seguinte: atualmente, há vários documentos oficiais e académicos que usam abundantemente o adjetivo "criterial", de modo a poder distinguir, por exemplo, uma avaliação criterial (baseada em critérios) de uma avaliação normativa.

Não encontrei referência a esta palavra em dicionários como o da Porto Editora (infopedia) ou o Vocabulário Ortográfico do Português. Há algum dicionário que a defina ou o seu uso é incorreto?

Grata pela atenção.

Carlos Herrero Professor Portugal 5K

Nem associa-se em geral ao significado «e não», como no exemplo «Não tenho peras nem maçãs».

No entanto, como se justifica o uso de nem na seguinte frase: «Viajar é bom, mas nem todos temos dinheiro para isso»?

Vera Carvalho Estudante Marinha Grande, Portugal 3K

Porque se definiu que a tradução escrita do prefixo pró, elemento de origem grega, se escreve acentuado em português?

Porque um acento vem mudar tanto a definição de um mesmo conjunto de três letras: pro e pró?

Grata.

Antonio Filipe Estudante Brasil 2K

Em Auto de Filodemo, de Luís de Camões, há uma passagem coloquial assim:

«Dionísa: Cuja será? Solina: Não sei certo cuja é.»

Em linguagem hodierna, seria mais comum ouvir/ler «de quem será?», «não sei certo de quem é».

Esse uso de cujo lembra-me o uso de cujus no latim:

Cujus filius Marcus est? («De quem Marcos é filho?»)

Em seu livro, Tradições Clássicas da Língua Portuguesa, o Padre Pedro Andrião diz ser possível tal uso e dá-nos uma lista grande de exemplos nos autores clássicos, desde Camões, Sá de Miranda, a Garrett, Camilo etc.

Pois então, vos pergunto, que recomendam? É lícito o uso?

Eliane Alves dos Santos Rosa Professora Araguari, Brasil 4K

Na expressão cada um, qual a classificação de um?