Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Isabel Figueiredo Cabeleireira Braga, Portugal 3K

Qual o radical de enfeitiçar?

Odete Portela Estudante Lisboa, Portugal 5K

«Nela se garantia que cerca de duzentos elementos inimigos e respectivas famílias haviam atravessado a fronteira com o Zaire.»

O verbo haver foi utilizado corretamente nesta frase?

Obrigada.

Filipe Mónica Arquiteto Lisboa, Portugal 5K

Pode dizer-se que a palavra inovação remete para uma "introdução" da novidade, na medida em que o prefixo i se refere a um movimento para dentro (cf. resposta); e que a palavra renovação remete para uma "repetição" da novidade, sendo o prefixo re entendido como elemento designativo de repetição? Poder-se-á a partir daqui extrapolar que no primeiro caso não é admissível que a acção recaia sobre um "objecto" existente (não fazendo sentido dizer "o mundo inova-se", mas sim "o autor inova"), sendo essa pré-existência necessária no segundo caso (fazendo aqui sentido "o mundo renova-se", mas não "o autor renova.")?

Luis Carlos Alves dos Santos Telefonista Carapicuíba, Brasil 2K

Gostaria de saber sobre a composição da frase abaixo: «O Brasil foi um espaço dominado pelos homens.»

Colocando na voz ativa a frase fica estranha:

«Os homens dominaram um espaço Brasil.»

Portanto a frase estaria na voz passiva analítica com uma locução verbal («foi dominado»)? Os termos «um espaço» seriam complemento verbal ou predicativo do sujeito? E o termo «por homens», complemento nominal ou agente da passiva?

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 4K

Por favor, em "Os responsáveis seremos nós", qual é o sujeito desta frase? Qual o predicativo do sujeito? Por quê?

Grato.

Maria Ana Aparicio Professora Valladolid, Espanha 9K

Gostaria de saber em que contextos se utiliza o gerúndio propriamente dito em Portugal, e quais são os contextos em que se substitui pela perífrase estar a + inf.

Muito obrigada e parabéns pelo site.

Celso Monteiro Mercaldi Músico Detmold, Alemanha 2K

O verbo perceber no Brasil, é ligado na maioria das vezes ao sistema sensorial, à percepção:

«Você percebeu aquele movimento entre as folhas?»

«Você percebeu aquele ruído na parede?»

«Percebes a corrente de vento frio pela fresta da janela?» etc..

A acepção de «receber», também é usada, principalmente no linguajar jurídico ou mais culto, no sentido ligado à razão, como entender ou compreender, embora veja o seu uso constante em Portugal, soa muito estranho aos ouvidos brasileiros, sabe-se quando se deu essa diferença? Ou mesmo por quê?

Obrigado.

Maria Manuela Cunha professora aposentada Porto, Portugal 4K

Nas orações cujo predicado é um verbo não finito tal como: «tomar este remédio é importante» ou «olhando as estrelas, descobrem-se coisas» qual é o sujeito destas orações? Expletivo?

Guilherme de Oliveira Professor Lisboa, Portugal 11K

É absolutamente claro que na frase «...gostava de saber porque escolheste uma fotografia a preto e branco» o pretérito perfeito do indicativo do verbo escolher, na segunda pessoa do singular se escreve escolheste. A minha dúvida está na outra grafia, apenas aplicável em outros contextos diferentes e na conjugação pronominal reflexa: a forma escolhes-te, que, embora pouco usada e de aparência um tanto "pantanosa",  me parece, apesar de tudo gramaticalmente correcta e aceitável.

Na verdade, escolhes-te é de uso extremamente raro, quase ninguém usa e refere-se a uma determinada pessoa escolher-se a si mesma. Por exemplo, diremos a um certo Carlos: «quando fazes a equipa de futebol, escolhes o Joaquim, escolhes o Alberto, escolhes o João e escolhes-te (a ti mesmo); escolhes-te, porque achas que jogas bem.»

Caso diferente  é a forma verbal escolheste, que se refere ao passado (pretérito perfeito do indicativo do verbo escolher). Por exemplo, nesta frase: «Ontem, quando fomos ao restaurante, escolheste bife, a Isabel  escolheu dourada assada e eu escolhi bacalhau.»

Procurei no Ciberdúvidas mas não encontrei o caso explicado com este verbo. Formas parecidas como lavas-te, vestes-te, cuidas-te, maquilhas-te, por serem de uso muito mais banal e definitivamente aceite, não  me pareceram adequadas ao esclarecimento deste caso pontual. Em suma, a forma verbal escolhes-te,  no contexto acima exemplificado, apesar do seu ar invulgar é – segundo me parece – correcta. Concorda[m], ou estarei errado?

[...] [A] minha dúvida não está  na identificação  das duas formas de uso (e  dos respectivos contextos), mas sim na aceitabilidade da forma pouco usada da conjugação reflexa no caso deste verbo em particular. Os casos de uso mais corrente ( v.g., penteias-te, consideras-te, realizas-te), por serem usados frequentemente, não suscitam tantas interrogações. Por isso lhe peço o favor de incluir expressamente um exemplo com o verbo escolher. 

O meu muito obrigado.
Isabel Silva Professora Braga, Portugal 2K

Gostaria que me esclarecessem acerca da subclasse da forma verbal sospiro [= suspiro], ou seja, se é um verbo transitivo direto/indireto ou intransitivo, no contexto do verso «o por que eu sospiro», presente na cantiga de amigo "Ondas do mar de Vigo".

Grata pela atenção.