Omissão de preposição antes de pronome relativo: «Um dia (em) que eu não chore»
São correctas as frases assim?
«Não passa um dia que eu não chore, que me não ria.»
«Não passa um dia que eu não esteja ao teu lado.»
Agradeço.
«A suposição de que...»: uma oração especificativa
Agradecia que me esclarecessem a correta classificação da oração iniciada por que em «é comum a suposição de que o céu e a Terra se encontravam inicialmente muito próximos». Pedia ainda que me elucidassem acerca da preposição de que aparece depois de suposição, uma vez que pode ser retirada sem afetar o sentido da frase.
Obrigada.
Tempos verbais numa interrogativa introduzida por «e se...»
Encontrei uma frase e não sei qual a forma adequada dos verbos:
«E se eles ______ (ter) algum desastre? Não ______ (ser) melhor telefonar para a polícia?»
A chave que tenho é tiveram e seria, mas não sei porque é que não se usa conjuntivo no primeiro [espaço em] branco.
Obrigada.
Convidar alguém a + infinitivo (concordância)
«Convidam todos os interessados "a acessar" o site», ou «"a acessarem" o site»?
Qual a forma correta?
Obrigado.
Conjuntivo: tempos simples vs. tempos compostos
Ao trabalhar os tempos compostos e simples do conjuntivo, deparei-me com uma dúvida quanto à hipótese/concretização da ação expressa em cada um dos casos.
O tempo composto do conjuntivo, tanto no futuro, como no mais-que-perfeito, expressa menos possibilidade de concretização da ação do que o seu correspondente tempo simples (futuro e imperfeito do conjuntivo)?
Entendo que ambos remetem para a conclusão da ação, mas terá uma duração mais prolongada (a concretização da mesma) num caso do que no outro?
«Quando tiveres lido o livro, devolve-mo.»
«Quando leres o livro, devolve-mo.»
«Caso tivesse lido o livro, devolver-to-ia.»
«Caso lesse o livro, devolver-to-ia.»
Muito obrigada, mais uma vez, pela vossa ajuda e maravilhoso apoio dado a todos os que, como eu, temos na língua portuguesa a nossa ferramenta de trabalho.
Com os melhores cumprimentos.
Indicativo e conjuntivo nas orações temporais
Como se estruturam as orações temporais que implicam o uso dos modos indicativo e conjuntivo, nomeadamente os critérios para a seleção de um modo em detrimento de outro, no caso de conjunções/locuções conjuncionais que aceitam ambas as possibilidades?
Muito obrigada.
O verbo querer seguido de infinitivo: sujeito nulo
Segundo o Dicionário Terminológico, na frase «Eu quero fumar», considera-se que o sujeito é nulo. Será possível dar uma explicação mais pormenorizada sobre isto?
Muito obrigada.
Que (do verso «Que eu canto o peito ilustre lusitano»):
causal, ou explicativo?
causal, ou explicativo?
É frequente assinalar-se o que do verso «Que eu canto o peito ilustre lusitano» como causal.
No entanto, na pergunta 31 499, o que do exemplo «Empresta-me o teu dicionário, que deixei o meu em casa» é classificado como explicativo.
Não são as duas frases semelhantes? Nesse caso, poderíamos classificar a oração desse verso d´Os Lusíadas como explicativa?
Confesso que a noção de orações coordenadas explicativas aplicada a estes dois exemplos me causa alguma dificuldade. Compreendo perfeitamente o exemplo dado no Dicionário Terminológico, mas não tenho a certeza.
A indicação, dada em várias fontes, de que a coordenada explicativa não pode ser colocada no início da frase não está, por outro lado, de acordo com a explicação dada a uma pergunta já de 1/03/2007, com o título A função do que. Nessa questão, é apresentado o exemplo da frase «passámos a tarde debaixo do chapéu, que o calor era insuportável», tendo sido sugerida a classificação da oração iniciada por que como subordinada causal. Ora, não me parece que esta oração pudesse iniciar a frase: *«que o calor era insuportável, passámos a tarde debaixo do chapéu».
Agradeço, desde já, a vossa resposta e todo o trabalho que têm vindo a realizar.
A coordenação num sujeito composto, outra vez
Na resposta sobre o tema suprarreferido, afirmou-se:
«c) mas, se articularmos duas orações, sem que estas se encaixem numa frase matriz para aí desempenharem a função de sujeito (p. ex., «Eles cometeram pecados e têm vícios»), não falamos em sujeito composto, porque cada oração tem o seu próprio sujeito, eventualmente indeterminados, apesar de correferentes, como ocorre em «pensa-se e diz-se», cujos sujeitos são indeterminados.»
A frase comentada é a seguinte: «Pensa-se e diz-se que é possível que haja vida noutros planetas.»
Penso que não haja aí sujeitos indeterminados, mas sujeitos oracionais representados pela frase «que é possível», sendo «que haja vida noutros planetas» também sujeito oracional de «é possível».
Trata-se, em meu entender, de um interessante encadeamento de orações com vínculo sintático com «pensa-se» e «diz-se».
Peço ao professor Carlos Rocha a fineza de comentar.
Obrigado.
Entender + oração de infinitvo (concordância)
Qual a forma correcta?1 – «entendemos estar preparados»,
ou 2 – «entendemos estarmos preparados»?
