Já fiz uma pesquisa exaustiva em diferentes gramáticas e em muitas entradas do Ciberdúvidas, mas continuo sem chegar a uma resposta conclusiva. Percebo que a utilização da vírgula é um tema movediço, mas a minha dúvida tem que ver com uma utilização específica, ou, pelo menos, circunscrita.
Nas orações condicionais e estando a subordinada depois da subordinante, a vírgula antes da conjunção se é obrigatória?
Se em frases como:
«Se amanhã ele não vier, vou procurá-lo.»
«Se ele não tivesse chegado a tempo, ela ter-se-ia zangado.»
A inserção da vírgula é obrigatória e não me causa dúvidas, já em frases como as seguintes o mesmo não é tão óbvio.
«Seria agradável aceitar a teoria da mãe, se não tivesse uma falha crucial.»
«A estratégia dela ficou clara — desconfiava que ele adiaria qualquer confronto agendado, se lhe dessem hipótese.
Consultando Rodrigo de Sá Nogueira, vemos que ele defende a inclusão da vírgula. Mas, por exemplo, o consultor do Ciberdúvidas Carlos Rocha na entrada «Sobre valores da conjunção se» já sente necessidade de justificar a sua inclusão por não ser obrigatória.
Posso contar com a sua prestimosa ajuda para resolver esta dúvida com todas as explicações que achar necessárias e pertinentes?
O ponto utilizado na abreviatura de uma palavra é dispensado quando a palavra abreviada termina uma frase, servindo o ponto final da frase para abreviar essa mesma palavra. Em resposta a pergunta anterior, ficou claro que o mesmo não se passa se a frase terminar com um outro sinal de pontuação diferente. No entanto, é comum ver-se o uso da abreviatura de "observações" normalmente seguida de dois pontos, sem o ponto da abreviatura da palavra [Obs:]. Isto é aceitável?
Gostaria que me explicassem, se possível, a regra de entrada de capítulo, no qual a primeira linha do capítulo não tem tabulação (avanço) mas as primeiras linhas dos parágrafos seguintes têm.
Gostaria de saber se há casos em que é correto iniciar uma frase com a conjunção "ou". Eis um exemplo: Nunca ganho nada. Ou, se algo ganho, perco logo em seguida. Muito obrigado.
Em português, como é que se pronuncia "Santorini"?
Obrigado!
Gostaria de saber se neste caso é usada a vírgula ou não:
«Se ele não quer é porque não gosta.»
Ou:
«Se ele não quer, é porque não gosta.»
Certa vez andei a traduzir páginas de ajuda dum navegador da Web, e recentemente a página que tinha traduzido foi revista, e uma das alterações foi a seguinte:
«Os cookies são armazenados no seu computador por websites que visita e contêm informação tal como as preferências do site ou o estado de início de sessão.»
[Esta frase foi] [a]lterada para:
«Os cookies são guardados no seu computador pelos websites que visita e contêm informação, tais como as preferências do site ou o estado da sessão.»
Reconheço perfeitamente que «estado de início de sessão» foi bem corrigido para «estado da sessão» e também que «pelos websites» soa melhor do que «por websites».
No entanto, a minha dúvida (na verdade mais uma, mas menor) é a seguinte: a expressão «tal como» foi corrigida para «tais como» e antecedida de vírgula. Ora, a minha intuição linguística diz-me que deve ser «tal como» (no singular), pois «tal» deve concordar com «informação», e não com «preferências». Qual é a concordância que está correcta?
Além disso, a vírgula antes é necessária ou dispensável? Altera o sentido como na diferença entre orações relativas restritivas e explicativas?
Desde já vos agradeço a atenção e a resposta.
Seria correto escrever «podes beber Coca-Cola, Pepsi, Sprite, chá ou café»? (só pode escolher um) ou temos que colocar ou entre todas as palavras, ou seja «podes beber Coca-Cola ou Pepsi ou Sprite ou ou chá ou café»?
Muito obrigado.
«O João foi ao cinema, e o Manuel, ao teatro.» Nesta frase, cada uma das vírgulas é considerada obrigatória, recomendável ou opcional?
Obrigado.
[Sobre] «tá quente pra c...»
«Tem estado "um calor e ananases", como diria Fradique Mendes, pela pena de Eça de Queirós. Por estes dias, podem usar-se outras frases castiças caídas em desuso como “está de rachar” ou “derrete os untos!” Denise e Raimundo, brasileiros de Santa Catarina, chegaram esta semana a Lisboa. Pouco dados à leitura de Eça, escolheram tiradas como “tá quente pra caracá” e “tá quente pra dedéu!”, para terminarem com um estrondoso “tá quente pra c…!” […]
Victor Bandarra, "Calores Luso-brasileiros", Correio da Manhã / Revista Domingo, 26.8.2018, p. 25
Todos sabemos de antemão com o que «c...» está conotado. Que nome se dá a esta arte de abreviar palavras com reticências?
Obrigado.
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