O topónimo Salgadeira (Serra da Estrela)
A minha questão é sobre toponímia da serra da Estrela. Não sei se será este o local mais apropriado para a minha dúvida.
Na área mais elevada da serra da Estrela existe um topónimo com a seguinte designação: "Salgadeira / Salgadeiras". O termo salgadeira remete para conservação, por intermédio do sal, composto que, no estado natural, não se encontra na referida área.
Gostaria de saber se a sua designação/criação (salgadeira) poderá ter a ver com a utilização da neve/gelo como forma de conservação através do frio.
Desde o século XVII que há registos de transporte de neve/gelo, a partir das serras da Estrela, Montejunto e Lousã para as cortes e para a nobreza mais abastada. E daí a origem dos poços de neve e da profissão de neveiro.
Caso não consigam responder à minha dúvida, poderiam indicar uma forma para explorar/pesquisar mais informação sobre esta temática?
Indicar, por exemplo, bibliografia ou alguém que em Portugal investigue ou se interesse pela toponímia?
Grato pela atenção dispensada
Mandarina, feminino de mandarim
Gostaria de saber se existe o termo mandarina como feminino de mandarim.
Obrigado.
A grafia, o significado e a etimologia de gambito
Face ao nome de uma série da Netflix sobre xadrez agora em voga, e à divergência quanto à acentuação da palavra, venho solicitar a seguinte informação: deve usar-se o termo "gambito" ou "gâmbito"?
A etimologia dos nomes das refeições usados em Portugal
Qual a origem do nome das refeições e respectiva etimologia? Qual a história de cada nome?
Obrigado.
As origens do betacismo (II)
Sou um apaixonado pela linguística, nomeadamente no que diz respeito à língua portuguesa. Nesse âmbito, um dos temas que mais me intriga é o betacismo.
Gostaria de obter um esclarecimento (se possível) sobre um subtema (julgo eu) dentro desse fenómeno:
1) A nossa língua numa determinada fase, “recuperou” o uso da sua componente fonética “v” nas palavras com a letra “v”, contrariamente ao que ocorreu nas restantes línguas da península. Seguem exemplos (português, latim, castelhano): vinho = vinum, vino; veterano = veteranus, veterano; voar = volare, volar, etc.
2) Por outro lado, numa outra (!?) vertente desse fenómeno parece ter havido total conversão do “b” em “v” tanto na sua componente fonética como na escrita. Ex: livro, liber, libro; olvidar, oblitare, olvidar; palavra, parabola, palabra, etc..
Se o primeiro me parece lógico no contexto do dito fenómeno dentro na evolução do latim, como se explica o segundo ponto desse fenómeno (se é que estão relacionados) ?
Provavelmente a questão será absurda, mas se considerarem que merece algum tipo de resposta…
Grato pela atenção.
Intercorporeidade e intercorporalidade
A grafia "intercorporalidade", no quadro do atual acordo ortográfico, é correta ou deverá incluir hífen (velha questão)?
Devemos fazer alguma distinção com "intercoporeidade" (português do Brasil) onde também é usado o termo "intercorporalidade"?
Os dois termos são equivalentes e aceitáveis?
Obrigado pelo apoio.
O aportuguesamento do nome grego Κοίος
Encontro o nome do titã Κοίος escrito como "Céos" e "Ceos".
Gostaria de saber qual é a forma correta e, de maneira mais geral, quais são as regras para o aportuguesamento de nomes próprios da mitologia grega no Brasil e em Portugal.
A etimologia de macarrónico e a sua datação em português
Estando a investigar a figura do predecessor do dandy britânico – o macaroni – e tendo em atenção que esta figura era associada ao uso de misturas quase parodiadas de expressões italianas, latinas e inglesas, pus a hipótese de as versões francesa ou italiana da palavra macarrónico terem origem nesse tipo social.
Do mesmo modo, será que a expressão macarrónico entra na língua portuguesa durante o período máximo de expressão dos macaroni britânicos – o século XVIII – ou era já comum em séculos anteriores?
Agradeço a atenção.
Sobre um nome antigo de Santo Tirso (Portugal)
Ao fazer pesquisa sobre as origens da cidade de Santo Tirso, vim a perceber que o primeiro nome da localidade foi Cidnay.
O que significa a palavra Cidnay?
Obrigado.
Sobre a substituição de vós por vocês
Sei que as conjugações verbais na segunda pessoa do plural são cada vez mais raras, principalmente na parte mais sul do país, incluindo-me, eu, nesses que não as empregam de forma natural no seu cotidiano.
Para contextualizar a minha questão proponho a análise de duas frases:
«Não se esqueçam.»
«Não vos esqueçais.»
A primeira é aquela que é mais comum nos dias de hoje e a segunda é aquela que, no meu entender, estaria, formalmente, mais correcta.
A minha questão é:
Como é que se deu esta evolução? Deveu-se à repetição recorrente de um "erro" até ao ponto em que foi integrado e aceite como correcto ou a sua forma pode ser considerada correcta?
Obrigado.
O consulente escreve conforme o Acordo Ortográfio de 1945.
