Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Mário Amaral Jurista Lisboa, Portugal 2K

Em certos tipos de textos jurídicos é costume utilizar alíneas como no seguinte exemplo (enumeração de factos):

«1. Factos Provados 1.1 Da acusação a) No dia 31 de janeiro de 2023 coloquei uma dúvida ao Ciberdúvidas; b) [...]?

Sucede, por vezes, que o número de itens é tão elevado que se dão várias "voltas" ao alfabeto, chegando-se, por exemplo à alínea zzzzzzz).

Este tipo de situações, para além de parecerem algo ridículas, suscitam dificuldades de formatação nos processadores de texto e geram alguma confusão nas remissões para as alíneas, dando azo a lapsos e retirando a utilidade prática às remissões, que utilizo sobretudo quando o texto das alíneas é de alguma extensão para poupar repetições.

Exemplo: «Como se diz na alínea zzz) [...]; Na alínea yyyy lê-se [...]; Remete-se aqui para a alínea ffff), etc.»

Haverá alguma outra maneira correta de designação dos itens de modo a evitar dar tantas "voltas" ao alfabeto?

Agradeço a atenção dispensada.

Julian Alves Estudante Roma, Itália 932

Não estou seguro da pergunta que vou fazer, pois não tenho certeza de como a expressão é escrita.

Mas eu gostaria de saber se a expressão «da hora que…» ou «das horas…» é de origem antiga e se enraizou por isso no dia a dia, pois é muito ouvida numa situação de impaciência. Ex.: «Das horas que eu estou aqui nesta fila esperando e não sou atendido.»

Desde já, obrigado.

Bruno André Desempregado Usseira, Portugal 4K

Qual a diferença de usar «não lho levaria a mal» e «não lhe levaria a mal»?

Eu posso substituir o lho pelo lhe?

Obrigado.

Ana Santos Estudante Porto, Portugal 3K

Gostaria de esclarecer a seguinte questão: nas frases «Pode dizer-me as horas?» e «Sabes a que horas começa o filme?», estamos perante atos de fala diretos ou indiretos e o porquê?

Nas frases «Tenciono fazer uma viagem a Paris daqui a dois meses» e «Espero que não chegues atrasado» por que razão são classificadas como atos ilocutórios diretivos?

Por último, por que razão a frase «Acho mal que tenhas respondido dessa forma» configura um ato ilocutório expressivo e não assertivo?

Muito obrigada pela atenção dispensada.

Guilherme Raenck de Moura Vidraceiro Santa Cruz do Sul, Brasil 46K

Gostaria de perguntar se há diferenças de sentido entre a expressão «salvo engano» e «se não me engano», no caso de uma ser substituída pela outra. Exemplos:

«Salvo engano, o presidente tomará posse em breve.»

«Se não me engano, o presidente tomará posse em breve.»

Agradeço desde já a ajuda prestada pelos competentíssimos professores!

Sofia Carvalho Estudante Lisboa, Portugal 2K

Venho pedir a vossa ajuda para perceber as possíveis estratégias de coesão presentes no uso do pronome a (em «a sinto») na frase «Escrevi esta carta com sinceridade e é com sinceridade que a sinto». Este pronome constitui um exemplo de coesão gramatical referencial por anáfora.

A minha dúvida é se pode ser também um caso de coesão gramatical frásica, por ser o complemento direto de um verbo e estar no feminino singular.

Muito obrigada pela vossa ajuda.

Guilherme Roosevelt Servidor público Rio de Janeiro, Brasil 5K

Gostaria de saber se o termo defunto pode ser usado para, de maneira respeitosa, referir-se a quem morreu, tal como o latim de cujus é usado.

Certamente a palavra defunto é muito usada de maneira jocosa e desrespeitosa, mas ela também não pode ser usada simplesmente como sinônima de falecido?

Pedro Carvalho Estudante Lisboa, Portugal 1K

Estou a estudar os atos ilocutórios e surgiu-me uma dúvida. Os atos ilocutórios têm em conta o locutor e os verbos que expressam a sua intencionalidade.

Tendo em conta este aspeto, na frase «O autor assegura que a personagem dialoga com os leitores», estamos perante um ato ilocutório assertivo ou compromissivo?

No manual, o verbo assegurar aparece na lista do ato compromissivo.

Muito obrigada pela ajuda.

Maria João Carvalho Professora Lisboa, Portugal 1K

Antes de mais, grata pelo vosso serviço.

Ao realizar um questionário com uma das minhas turmas, surgiu a seguinte questão:

Poderemos classificar o verbo saltar como deítico espacial, quando conjugado na 1.ª pessoa?

Obrigada.

Telma Maria Moniz Pinheiro Marques Arquiteta Feijó – Almada, Portugal 10K

Qual o tipo de coesão na frase «Escorregam da mente criativa de Fernando e foram batidos à máquina tingindo o papel de onde nunca saíram»?

Obrigada.