Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Quando <i>convêm</i> não convém
A conjugação do verbo convir

Numa crónica incluída no jornal Expresso em 13/10/2025,  Lê-se: «[...] põem o dedo em feridas comuns que não convêm sarar num Estado de direita.» Contudo, o verbo conjugado na terceira pessoa do plural constitui um deslize que, mesmo que compreensível, merece o reparo da consultora Sara Mourato

<i>Autarca</i>, <i>autarquia</i> e <i>autárquicas</i>
Uma reflexão sobre palavras do poder local

Na sequência das eleições autárquicas de 12 de outubro, a consultora Inês Gama apresenta um pequeno apontamento sobre as palavras autarcaautarquia e autárquico. Esta palavras, embora próximas na forma, revelam origens, significados e usos distintos, especialmente no contexto do poder local.

«Trata-se de...», sempre no singular
Da manipulação de imagem à sintaxe errada

Num comunicado em vídeo, em circulação no Facebook, alguém refere ter a sua imagem sido alterada e utilizada abusivamente para lhe atribuir falsas declarações. A situação é resultado de técnicas de manipulação de imagem (deep fake), e o esclarecimento junta-se a outros alertas do mesmo tipo e com a mesma finalidade. Mas, desta vez, à queixa justa somou-se ainda um irritante erro sintático, como explica o consultor Carlos Rocha num comentário a este caso.

<i>Um osso quase invisível</i> de Lauren Mendinueta
Entre a luz e o clamor do silêncio
Por Dora Gago

«Um osso quase invisível evidencia a poesia como arte de revelar os silêncios do corpo, da memória, do passado, a solidão, as marcas dos exílios, a opressão, as feridas que esculpem a existência» – comenta a escritora e professora universitária Dora Gago nesta recensão do recente livro da escritora colombiana Lauren Mendinueta. Texto incluído na revista Caliban em 10/09/2025 e aqui divulgado com a devida vénia, mantendo a ortografia de 1945, conforme o original publicado.

A expressão «ser mais papista que o papa»
Significado e usos

O que significa a expressão «ser mais papista que o papa»? A professora Carla Marques explora oi significado da expressão no programa Páginas de Português, da Antena 2

 

O peso da palavra <i>genocídio</i>
Etimologia, definição e disputa semântica

Neste texto, a consultora Sara Mourato analisa o termo genocídio, destacando a sua carga semântica e histórica, bem como o seu uso controverso em contextos políticos e jurídicos.

Quando o sentido tradicional de <i>moderado</i><br> deixa de o ser
O valor semântico no contexto das políticas de habitação

A propósito da substituição, por parte do governo português, do termo «renda acessível» por «renda moderada», a consultora Inês Gama, neste apontamento, analisa o valor semântico e discursivo do adjetivo moderado. Neste texto, é explorado a sua etimologia, o uso comum em português e a dissonância entre o significado tradicional e a aplicação política recente. 

A propósito de <i>contacto</i>, <br> «dezenas de milhares» e <i>catenária</i>
Uma variante menos adequada, uma forma pouco correta e um erro sem discussão

O uso de contato em lugar de contacto, que é a forma corrente em Portugal,  o erro "dezenas de milhar" e a dispensável nasalidade do a da primeira sílaba de catenária ("cantenária") são imprecisões e erros que se recolhem nas notícias que circularam em Portugal nos primeiros dias de outubro de 2025. O comentário de Carlos Rocha.

«Tenho uma gaveta, não sei que lhe faça <br>nem sei que lhe meta»
Significado do provérbio

A professora Carla Marques aborda, no desafio semanal, o  significado do provérbio «Tenho uma gaveta, não sei que lhe faça nem sei que lhe meta». 

(Rubrica divulgada no programa Páginas de Português, na Antena 2de 28/09/2025)

Vamos lá falar português!
Incúria e abandono

«Ficamos comovidos quando lemos ou ouvimos que em partes remotas da Malásia ainda há comunidades a falar português, ou aparecem referências a palavras portuguesas que os japoneses têm no seu léxico. O amor à nossa língua obriga também a que mostremos indignação pelo desprezo a que muitos compatriotas lhe dedicam no presente.»

Apontamento da página do Facebook (30/09/2025) de Rui Henriques, no qual se tecem críticas contra o excesso de palavras e expressões inglesas no espaço público em Portugal. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.