O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
O enigma do <i>ghosting</i> nas relações modernas
Qual a origem desta expressão?

É fácil ouvirmos os millennials ou Geração Z, entre eles, principalmente, relatarem que alguém lhes «deu ghost/ghosting». Esta expressão aparenta estar relacionada com as relações modernas, vinculadas, em grande medida, às interações digitais. Mas do que se trata, e qual a origem, afinal, desta expressão? A esta pergunta dará resposta a consultora Sara Mourato, num artigo acerca da recente expressão «dar ghost/ghosting». 

<i>Pisteiro</i>, <i>pistoleiro</i> e <i>cinotécnico</i>
Um equívoco e alguma terminologia

Um equívoco próximo do que ocorre entre palavras parónimas dá azo a um breve comentário a duas expressões usadas nas intervenções policiais: «cão pisteiro» e «binómio cinotécnico». Um apontamento do consultor Carlos Rocha.

Vocabulário da crise política
Palavras que andam desordenadas em Portugal

 «Isto da crise [política em Portugal] deixa-me confuso porque nos mexeram no vocabulário. Já não basta estarmos com o ânimo em bicos dos pés, aflitos com a jornada daqui até 10 de Março, ficámos também com as palavras desordenadas.» Assim se refere ironicamente o escritor Afonso Reis Cabral à crise política que se instalou em Portugal desde 7 de novembro de 2023. 

Crónica  do escritor português Afonso Reis Cabral, transcrita, com a devida vénia, do Jornal de Notícias de 22 de novembro de 2023. Texto escrito segundo  a norma ortográfica de 1945.

«Felizmente que ele chegou»
O complemento do advérbio

Partindo da frase «Felizmente que ele chegou», a professora Carla Marques analisa a natureza do constituinte que acompanha o advérbio felizmente e da palavra que o introduz.

(Incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 19 de novembro de 2023)

O tratamento honorífico no foro jurídico
Uma praxe plurissecular

«O que deve, legalmente, marcar as relações entre advogados e juízes – lembra neste texto o causídico luso-angolano Miguel Faria de Bastos  é a ideia de heterarquia e, portanto, de respeito mútuo no relacionamento, dentro das regras processuais, funcionais e deontológicas pertinentes.»

«Heterarquia»: a nova palavra da moda na transição da imprensa para a era digital
Alternativa ao sistema hierárquico dos "media" convencionais
heterarquia designa «uma forma de trabalho coletivo onde não há um superior e nem uma agenda ou método imposto de cima para baixo, por meio de chefias hierarquizadas», como acontece nas novas modalidades de produção de notícias com a participação de leitores, ouvintes e espectadores. O  oposto . precisamente, do sistema hierarquimente centralizado e vertical característico das redações jornalísticas convencionais.
 

Artigo do jornalista brasileiro Carlos Castilho, transcrito, com a devida vénia do Observatório da Imprensa, com a data de 24 de agosto de 2008.

<i>Sob</i> ou <i>sobre</i>?
Duas preposições antónimas

Qual a opção correta: «Alguém está "sob" suspeição» ou «Alguém está "sobre" suspeição»? A resposta é dada no apontamento da professora Carla Marques

(Incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 12 de novembro de 2023)

Assim se fala de Portugal,<br> onde uns vão bem e outros mal
Modismos e bordões no programa da TSF Assim Se Faz Portugal

«[No programa] fala-se de tudo e mais alguma coisa e, não fosse ela a matéria-prima que aqui todos serve, também se fala de língua portuguesa» – refere o jornalista Nuno Pacheco sobre Assim se faz Portugal, um programa da TSF transposto recentemente em livroCrónica incluída no jornal Público de 9 de novembro de 2023 e aqui transcrita com a devida vénia. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Os sentidos do verbo <i>trolar</i>
Considerações sobre o neologismo

«O verbo trolar tem origem na palavra inglesa troll, que é, nos dias de hoje, frequentemente utilizada para descrever situações relacionadas com discussões na Internet em que alguém deliberadamente escreve um comentário para fazer troça de outro» – escreve Inês Gama, consultora do Ciberdúvidas, neste apontamento sobre o verbo trolar, a propósito da discussão desta palavra no último Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (transmitido na madrugada de 4 de novembro, no canal de televisão SIC Notícias).

As palavras importam? Sim, e muito.
Especialmente para as pessoas com deficiência
«Ainda circulam no vocabulário de muita gente — inclusive dos jornalistas — expressões herdadas de tempos menos esclarecidos, como "paralítico", "deficiente", "velho", "atrasado mental", "invisual", "mongoloide", "estar confinado a uma cadeira de rodas"... Ao correr os olhos por estas expressões, mesmo que não se apliquem ao seu caso, o leitor sente o espírito mais alegre? Uma sensação positiva? Ou sente antes um vago sentimento de mal-estar? Vale a pena repetir a leitura da frase e perceber a sensação que estas palavras lhe provocam.»
 
Artigo da jornalista Dora Alexandre, transcrito, com a devida vénia, da edição n.º 22 (2017) da revista Louis Braille, da  Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO)].