O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

Intriga-se o nosso leitor Pedro Ferreira com a indefinição semântica dos verbos evocar e invocar: ora parece que uma palavra rouba o significado à outra, ora que uma e outra significam a mesma coisa…

Evocar e invocar têm origem no mesmo verbo latino vocare (de vox, voz), que significa chamar. E é justamente este o primeiro significado que os dicionários apresentam, quer para uma quer para outra palavra.

A intensificação na linguagem do futebol

Durante a atual rodada bem disputada do campeonato brasileiro, é  oportuno comentar os usos freqüentes na forma de descrever e comentar os jogos. Um dos processos mais corriqueiros é a intensificação, ou seja, a hipérbole ou forma de exagerar, pouco estudada na gramática. É manifestada por advérbios, adjetivos e locuções, como também pela gradação sufixal de nomes, por verbos e sua repetição, e largament...

São assim as palavras
Que não são só o seu significado

«Muita gente pensa que a língua está dentro dos dicionários, que é uma listagem de palavras. Não é, mas há alguma razão em pensar assim» – observa neste apontamento a professora Ana Martins, a propósito de um espaço na SIC Online que convida os telespectadores a indicarem uma palavra da língua portuguesa sua favorita.

«Uma amostra das deliciosas diferenças» que separa brasileiros e portugueses em matéria de língua – nesta crónica do autor, publicada no jornal brasileiro Folha de S. Paulo, transcrito no Courrier Internacional (edição portuguesa) de 26 de Setembro de 2007.

Medo ao <i>i</i>

O medo contamina agora o in- inicial, que passa a en-. E ouve-se "endicar","empressões", "endivíduo", "enfelizmente", "envestigar"

Você tem medo ao i? Desculpe a pergunta. Mas, se for o caso, se você tiver mesmo medo ao i, anda bem acompanhado. Esse som está a desaparecer das nossas rádios, da nossa televisão. Sejamos claros: o futuro do nosso i não é risonho.

Em defesa da diversidade linguística

Celebra-se hoje [26 de Setembro] o Dia Europeu das Línguas. No sítio que o Conselho da Europa lhe dedica lê-se: «Estamos celebrando a diversidade linguística, o plurilinguismo e a aquisição de línguas ao longo da vida.» Será que em Portugal existe também motivo para celebrar a diversidade linguística? Penso que ninguém duvida de que na sociedade portuguesa convivem, actualmente, dezenas de línguas e culturas, e q...

A responsabilidade acrescida da imprensa<br> na promoção do português

«Os leitores Público escrevem ao provedor sobretudo por causa de "erros de ortografia e problemas de concordância". É lícito ignorar tais preocupações?», pergunta Rui Araújo, respondendo a um leitor.

Sobre o termo portuga, convém fazer um comentário que, certamente, não se encontra nos dicionários, mas pode ser verificado em meios digitais de publicação como blogues e também em jornais escritos ou falados.

O termo já foi muito usado no Brasil de forma pejorativa, mas galego é bem mais agressivo e antigo. Galego era a forma de se referirem aos imigrantes portugueses para ofendê-los, enquanto portuga era uma redução de português que, hoje, é usada no mesmo tom que brasuca em Portugal, creio eu.

Documentos medievais não deixam dúvidas

Vem já do passado a forma errada, ‘Passos’, com que as pessoas menos informadas identificam o lugar mais a sul da freguesia de Fajões, a confinar com Azagães. Escrever ‘Passos’ é um erro, à luz da história local e da linguística, que as autoridades, os organismos estatais, as escolas e as colectividades devem extirpar e aconselhar a população a escrever ‘Paços’.

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Resumo

O presente texto tem como objectivo argumentar sobre a natureza fonológica da ortografia portuguesa e, com base nesta afirmação, discutir a simplificação desta ortografia, simplificação que tem sido a finalidade de várias reformas e de algumas tentativas de acordo entre Portugal e o Brasil. A discussão das questões fonológicas é precedida a) de uma referência aos problemas suscitados pela proposta de acordo datada de 1986, e b) de um re...