O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.
Medo ao <i>i</i>

O medo contamina agora o in- inicial, que passa a en-. E ouve-se "endicar","empressões", "endivíduo", "enfelizmente", "envestigar"

Você tem medo ao i? Desculpe a pergunta. Mas, se for o caso, se você tiver mesmo medo ao i, anda bem acompanhado. Esse som está a desaparecer das nossas rádios, da nossa televisão. Sejamos claros: o futuro do nosso i não é risonho.

Em defesa da diversidade linguística

Celebra-se hoje [26 de Setembro] o Dia Europeu das Línguas. No sítio que o Conselho da Europa lhe dedica lê-se: «Estamos celebrando a diversidade linguística, o plurilinguismo e a aquisição de línguas ao longo da vida.» Será que em Portugal existe também motivo para celebrar a diversidade linguística? Penso que ninguém duvida de que na sociedade portuguesa convivem, actualmente, dezenas de línguas e culturas, e q...

A responsabilidade acrescida da imprensa<br> na promoção do português

«Os leitores Público escrevem ao provedor sobretudo por causa de "erros de ortografia e problemas de concordância". É lícito ignorar tais preocupações?», pergunta Rui Araújo, respondendo a um leitor.

Sobre o termo portuga, convém fazer um comentário que, certamente, não se encontra nos dicionários, mas pode ser verificado em meios digitais de publicação como blogues e também em jornais escritos ou falados.

O termo já foi muito usado no Brasil de forma pejorativa, mas galego é bem mais agressivo e antigo. Galego era a forma de se referirem aos imigrantes portugueses para ofendê-los, enquanto portuga era uma redução de português que, hoje, é usada no mesmo tom que brasuca em Portugal, creio eu.

Documentos medievais não deixam dúvidas

Vem já do passado a forma errada, ‘Passos’, com que as pessoas menos informadas identificam o lugar mais a sul da freguesia de Fajões, a confinar com Azagães. Escrever ‘Passos’ é um erro, à luz da história local e da linguística, que as autoridades, os organismos estatais, as escolas e as colectividades devem extirpar e aconselhar a população a escrever ‘Paços’.

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Resumo

O presente texto tem como objectivo argumentar sobre a natureza fonológica da ortografia portuguesa e, com base nesta afirmação, discutir a simplificação desta ortografia, simplificação que tem sido a finalidade de várias reformas e de algumas tentativas de acordo entre Portugal e o Brasil. A discussão das questões fonológicas é precedida a) de uma referência aos problemas suscitados pela proposta de acordo datada de 1986, e b) de um re...

Palavras de plástico ou palavras-chiclete

Um lingüista alemão, Pörksen, denomina «palavras de plástico» as que entram na moda com sentidos imprecisos, servindo para tudo. São expressões novas da linguagem mediática, que resultam de mudança de significado criadas por especialistas de diversas áreas e caem no gosto do falante comum, sem entender bem o significado, pelo teor de modernidade.

Outro alemão, Werner Ludger Heiderman (UFSC), denominou-as «palavras-chiclete», porque depois de muito usadas são jogadas fora.

Muito comentado, surge finalmente o “grande” Caldas Aulete (prometido pela Nova Fronteira, desde 2005), agora da Lexikon Editora Digital. Para quem não acompanha o interessante mercado lexicográfico, a língua portuguesa teve (só no Brasil) o Aurélio, em 1975, o Michaelis modernizado, em 1988, o Houaiss, em 2...

Artigo, do autor – professo brasileiro de Português – sobre o «péssimo escrever popular», quantas vezes das ditas  "elites" tão pouco cuidadosas no que escrevem e no que falam no espaço público.

Mais ou menos perdido no meio da ampla cobertura do caso Renan Calheiros estava o mote para esta coluna. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo de 20/06/2007, p. A5, incluía a seguinte passagem: «Os cheques, apresentados por Renan, são referentes à compra de 2.086 arroubas (sic) de boi, o que equivale a mais de 30 mil quilos de carne». O leitor terá percebido que arrobas foi grafada arroubas, não sei se pela redação de Maceió ou se pela revisão.