O nosso idioma - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Textos de investigação/reflexão sobre língua portuguesa.

«O Livro de Estilo do Público é peremptório ("anglicismos – deve-se evitá-los quando há o termo equivalente em português: antecedentes ou enquadramento, em vez de background; finta, em vez de dribbling; meios de comunicação social, em vez de mass media..."), mas a língua de William Shakespeare (e do prosaico George W. Bush) está a invadir as páginas do jornal. (...)

Um despacho da EFE informava, há cerca de um mês, o seguinte: «Dois senadores chilenos, tradicionais antagonistas políticos, deixaram de lado diferenças e aderiram a uma iniciativa espanhola para salvar palavras em "perigo de extinção", com o objectivo de enriquecer o idioma.»

Português, tétum ou tetuguês
A política da língua em Timor-Leste

«O problema linguístico é fundamental em Timor, porque está em questão a própria identidade do novo país. Deverá ser adoptado o português, o tétum, o bahasa Indonésia ou o inglês? A importância do português parece consensual, mas onde levará a política de ensino que está a ser seguida?»

 

Artigo do jornalista Paulo Moura, transcrito, com a devida vénia, do jornal Público, com a data de 7 de maio de 2007. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

A reinvenção da língua portuguesa em Moçambique
Por Mia Couto

Moçambique é um dos 37 Estados que integra a União Latina, organização que se dispõe a valorizar o património plural e diverso do mundo que se expressa nas chamadas línguas latinas.

«A propósito da entrevista a Camané publicada no suplemento "Ípsilon" de dia 27/04 e conduzida por João Bonifácio, gostaria de dizer o seguinte:

Numa entrevista profissional, não basta parecer, há que ser.

O Sr. João Bonifácio aparenta uma grande admiração por Jacques Brel, nomeadamente pela música "Ne Me Quitte Pas".

Claro, todo o mundo já ouviu falar que as línguas são como seres vivos, que mudam com o tempo e até morrem. É verdade e, se não fosse assim, ainda estaríamos falando latim. Nada, portanto, contra as mudanças na língua, contanto que sejam ditadas por uma razão mais ou menos respeitável, até mesmo pela famosa lei do menor esforço, quando não redunde em empobrecimento da capacidade de expressão.

A particularidade dos tabuísmos no Porto

Em nenhum outro lugar de Portugal fala um português tão rico como no Porto — escreve neste artigo* o jornalista e escritor Paulo Moura, sustentando como, aí, «os palavrões não são obscenos: são uma arte e uma filosofia».

 

¹ in jornal Público de 18/02/2007

«O jornal Público, que é dos únicos jornais que ainda se podem ler, tem vindo a desapontar numa área que é crucial. Falo da ortografia, que tem vindo a ser descurada pelos senhores jornalistas nos últimos tempos. Julgo ser fácil apontar os motivos que a fazem uma área crucial. Simplesmente o jornal é uma publicação impressa ou "digital" mas que é lida e para além de ter um papel informativo tem também um papel educativo. (...)

... trocado pelo hás--de (sem hífen pós-AO de 1990)

O erro hades assinalado neste conto* da escritora portuguesa Luísa Costa Gomes, com vários outros plebeísmos da linguagem popular 

 

*in Contos Outra Vez, 1997, Edições Cotovia, 1997, Prémio Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores, 1998.

Há gente que gosta de falar difícil. Alguns por sua cultura bacharelesca e outros pela vivência científica das suas profissões.

Há um soneto famoso na literatura brasileira de autoria de um quase desconhecido poeta, Luiz Lisboa, cujo nome não figura nos compêndios didácticos nem consta nas enciclopédias. O poema tem passado de mão em mão e preservado do esquecimento pelo inusitado dos seus versos. Conheço duas versões e três títulos diferentes. Vamos a eles:

«A uma deuza (sic)» –...