A professora Carla Marques apresenta uma crónica dedicada ao percurso da palavra Páscoa das suas origens até chegar ao português.
A professora Carla Marques apresenta uma crónica dedicada ao percurso da palavra Páscoa das suas origens até chegar ao português.
«Se, por um lado, é certo que a anglofonização global da ciência é benéfica como ferramenta de colaboração, de pluralidade e de inclusão [...], é igualmente certo, por outro lado, que ela tem consequências nocivas para o desenvolvimento, como a exclusão de investigadores e académicos que não escrevem em inglês e o distanciamento das comunidades dos leitores, os próprios cientistas e os demais setores sociais, cada vez mais interessados e dependentes do conhecimento científico.»
Artigo de opinião da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 4 de abril de 2022, a propósito da publicação do O português e o espanhol na ciência: notas para um conhecimento diverso e acessível, apresentado Conferência Internacional sobre as Línguas Portuguesa e Espanhola, CILPE-2022 (Brasília, 16-18 de fevereiro), da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e subordinada ao tema "Línguas, cultura, ciência e inovação". A autora sublinha a necessidade de incentivar a comunicação cinentífica nas línguas portuguesa e espanhola como forma de resistir à pressão do inglês.
«[O] comentário mais frequente quando alguém se pronuncia sobre a qualidade de um restaurante é "come-se". Alguma vez leu "come-se" num comentário sobre um restaurante? Pois, eu também não.»
Crónica do escritor Miguel Esteves Cardoso incluída no jornal Público em 5 de abril de 2022. O autor comenta, à volta da comida e da restauração, a expressão «come-se», que faz parte de uma série de expressões usadas em Portugal que ocorrem coloquialmente e só raramente afloram na expressão escrita. Respeitou-se a grafia original, conforme a norma ortográfica de 1945.
«Um professor deve ensinar. Fá-lo-á muito melhor, quando os alunos permitem que ele o faça. Para isso acontecer, os pais, os irmãos mais velhos, a família deve dar-lhes o exemplo, pois o exemplo vem de cima.»
Artigo de opinião de Lúcia Vaz Pedro, professora de Português e Francês no ensino secundário, incluído no Público em 4 de abril de 2022, a propósito de um outro artigo saído no mesmo jornal, em 31 de março de 2022, da autoria de Ana Stilwell e Isabel Stilwell, no qual se sustenta que os professores não deviam mandar calar os alunos e a boa-educação é atribuição das escolas – "à [sua] cultura de empresa".
Duplamente certeiras as considerações do treinador português José Mourinho, no jornal L'Osservatore Romano, sobre a guerra na Ucrânia. Sobre ela em concreto e na correta adjetivação usada.
«Maria Helena de Moura Neves, 91 anos de idade, atua como docente da pós-graduação em linguística e língua portuguesa na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e defende linguagem inclusiva».
Trabalho publicado na Folha de S. Paulo em 31 de março de 2022 e da autoria do jornalista Emerson Vicente, a propósito da atribuição do prémio Ester Sabino a Maria Helena de Moura Neves e do percurso que esta linguista realizou ao longo da sua longa carreira como professora e investigadora. Fala-se também da sua posição a respeito da chamada «linguagem neutra» e da falta de políticas públicas para a formação de professores no Brasil.
«Muitos jornalistas portugueses – sobretudo nas televisões – parecem estar em conflito aberto com a nossa língua, enquanto namoriscam com o inglês.» Considerações do jornalista José Manuel Barata-Feyo, Provedor do Leitor do Público, que, na edição deste jornal de 2 de março de 2022, comenta as críticas dos leitores ao uso excessivo dos anglicismos, designadamente, o de duas expressões muito presentes na escrita mediática: «serviços de inteligência» e CEO.
«O pluricentrismo do português [...] traz muitas vantagens para a sua comunidade e seus governantes em relação à difusão da língua, ao seu ensino e à sua valorização como língua de comunicação global, mas por outro lado traz muitos desafios, especialmente para o campo da educação.» Crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) incluída no programa Páginas de Português de 27 de março 2022, a respeito dos desafios do português como língua pluricêntrica, designadamente, na área do ensino, onde a presença das modalidades africanas do português tem cada vez mais relevo.
Crónica da professora Carla Marques dedicada à palavra negociação, no âmbito das difíceis negociações entre a Ucrânia e a Rússia, no contexto da guerra entre estes dois países, explora-se uma palavra fulcral, cujos primeiros sentidos se desenvolvem no âmbito mercantil para depois evoluírem para o plano da comunicação.
«Por caminhos diferentes, o plural de avó ficou igual ao plural de avô: a distinção de género faz-se apenas no artigo.»
Apontamento do tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves no blogue Certas Palavras em 28 de março de 2022, sobre a história do plural avós, equivalente a «a avó e o avô», e a forma avôs, que é o plural de avô e é de criação mais recente.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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