No dia 1 de maio, Dia do Trabalhador, a professora Carla Marques apresenta uma crónica dedicada à palavra trabalhador.
No dia 1 de maio, Dia do Trabalhador, a professora Carla Marques apresenta uma crónica dedicada à palavra trabalhador.
«Tudo começou — ou pelo menos escolho começar por aqui — na palavra «feitiço», um velho vocábulo português que já tinha vindo do latim com o sentido de qualquer coisa artificial. Uma coisa postiça, ou seja, feitiça.»
Um apontamento do professor universitário, tradutor e divulgador de temas linguísticos Marco Neves publicado no blogue Certas Palavras, em 24 de abril de 2022, à volta das origens portuguesas do galicismo fetiche e do seu contexto histórico. Transcreve-se comm a devida vénia o texto original, mantendo aornorma otográfica f de 1945 do original
«Em geral, as gramáticas consideram que a ordem básica dos constituintes da frase em português é a SVO, ou seja, sujeito-verbo-objeto. Todavia, existem frases a que são aplicados processos sintáticos que originam uma organização de constituintes diferente da típica, como é o caso da estrutura passiva.»
Apontamento de Inês Gama sobre as frases passivas e as construções associadas, como «as casas são vendidas» e «vendem-se casas».
«As palavras máscara em português e em espanhol, masque em francês e mask em inglês terão todas a mesma origem, i.e., a palavra maschera, com o significado de "rosto falso", atestada no século XIV, na obra de Giovanni Boccacio, autor que, tal como Dante Alighieri, era natural de Florença, berço da língua italiana.»
Artigo da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias de 25 de abril de 2022, no qual se aborda a etimologia da palavra máscara a propósito do levantamento da obrigação de usar máscara depois das fortes restrições aplicadas no quadro da pandemia de covid-19.
«A paisagem linguística representa os variados modos de uso das línguas/linguagens nos espaços sociais e públicos das cidades, revelando que as nossas sociedades são cada vez mais multilíngues, multiculturais e globalizadas.»
Sobre o conceito de «paisagem linguística», a crónica da linguista Edleise Mendes (Universidade Federal da Bahia) para o programa Páginas de Português, na Antena 2, em 24 de abril de 2022.
Assinalando os 48 anos do 25 de Abril em Portugal, a professora Carla Marques apresenta 48 palavras e expressões que caracterizam a língua na atualidade, porque a forma como se fala «como outros produtos humanos, não fica indiferente a esta ação do tempo e também ela é permeável às alterações e acompanha os novos tempos abrindo espaço a muitos fenómenos que a alteram, tanto no sentido positivo como no negativo.»
Lembrar o terramoto que destruiu Lisboa, em1755, com nome em inglês, só se for para visitantes anglófonos...
«Tal como o perfil de um bom professor não se pode medir por um único ângulo, o perfil de um formador de professores também não se pode medir apenas por ter tido ou não experiência profissional nos ensinos básico e/ou secundário».
Considerações de Carlos Ceia, professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, num artigo de opinião saído no jornal Público em 18 de abril de 2022. O autor manifesta-se quanto ao estudo Perfil académico e profissional de professores do ensino superior que asseguram a Formação Inicial de Professores, do Edulog, portal da Fundação Belmiro de Azevedo, no qual se alerta para a existência de lacunas curriculares de tipo científico e/ou profissional num terço dos formadores de professores em Portugal. Mantevem-se a norma ortográfica de 1945, seguida pelo texto original.
«[F]oi numa viagem às montanhas que separam a Catalunha das terras occitanas que ganhei a pancada das línguas. Aos 14 anos, fui a Andorra com a minha família, todo contente de mapa na mão (não havia GPS), ansioso por entrar num país tão pequeno que parecia de brincar.» O professor universitário e divulgador de temas linguísticos Marco Neves sublinha o significado da Catalunha não só no plano pessoal mas também para a história do léxico da língua portuguesa, num apontamento publicado no blogue Certas Palavras em 12 de abril de 2022.
Abordando o uso recorrente do termo genocídio nas declarações de dirigentes direta ou indiretamente envolvidos na guerra da Ucrânia, o professor universitário e especialista em Direito Vital Moreira assinala que «[...] nem no caso ucraniano nem no caso russo se verificam [...] elementos da noção de genocídio», em publicação do blogue Causa Nossa em 16 de abril de 2022.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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