Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Dos lobos disfarçados de cordeiros, <br> ou da propaganda disfarçada de notícia
A confusão gerada pela expressão «pessoa lactante»

«[A] leitura [do título] da publicação [no Facebook da rádio RFM] desencadeou uma reação impulsiva e desproporcionada (as pessoas leem apenas os títulos e reagem) contra a linguagem neutra, inclusiva, dita "politicamente correta", que algumas forças tanto atacam, principalmente para desviar as atenções das muitas iniquidades que defendem (de religião, etnia, sexo, estrato social, etc).» Crónica da linguista e professora universitária Margarita Correia publicada no Diário de Notícias em 7 de fevereiro de 2022, na qual a autora critica a forma apressada como a rádio RFM pretendeu noticiar que um estudo daria a indicação (polémica) de se substituir a palavra mãe pela expresssão «pessoa lactante».

Um suave milagre na brisa da tarde
Sobre o ensino do grego em Portugal

A propósito do Dia Internacional da Língua Grega, o professor universitário Delfim Leão faz a análise da evolução do ensino da língua grega em Portugal. 

Artigo publicado no Diário de Notícias, em 9 de fevereiro de 2022 (aqui transcrito com a devida vénia).

<i>Metaverso</i>
Um novo conceito?

Por força da evolução tecnológica, o que não passava de ficção científica, materializou-se e hoje há um novo universo denominado metaverso. Qual é a origem deste termo e qual é o seu verdadeiro significado? Terá Mark Zuckerberg responsabilidade na criação do mesmo? Um apontamento de Sara Mourato que procura dar resposta a estas questões. 

O criptofanfarrão
Como traduzir o inglês humblebrag

«[...] Como chamaremos ao humblebrag? Gabarolice encapotada? Auto-fanfas? Elogios de contrabando? Sub-gabarolices? Humilfanfas? Ou Autopromoções disfarçadas?» Miguel Esteves Cardoso questiona-se acerca da tradução do inglês humblebrag («gabarola discreto»), numa crónica publicada no jornal Público no dia 7 de fevereiro de 2022.

20 insultos pouco conhecidos e inconvenientes
Palavra que roubam a dignidade de alguém

«Ao dizermos algo ofensivo, grosseiro ou indecente, estamos a insultar alguém a quem pretendemos roubar a dignidade e assaltar ou lesar a sua honra» – observa-se neste artigo publicado no magazine digital Ncultura em 6 de fevereiro de 2022 e da autoria do professor  de Português José Ferreira, que apresenta 20 insultos, de achavascado a cacóstomo, menos ou mais conhecidos, mas todos eles inconvenientes. 

Maioria
… mas sem tirania

A propósito dos resultados eleições legislativas em Portugal, que deram maioria absoluta ao Partido Socialista, a professora Carla Marques reflete sobre os significados da palavra maioria

«Tem isto cabimento?»
A inversão do sujeito numa interrogativa global

«O título é Tem a Itália os políticos que merece? Odeio esta mania de pôr o verbo à frente. Claro que a nossa língua permite que o carro se ponha à frente dos bois. Mas fica esquisito». Assim escreve Miguel Esteves Cardoso, criticando a inversão do sujeito em interrogativas globais (de resposta sim/não), em crónica incluída no jornal Público, no dia 6 de fevereiro de 2022.

Só mesmo  para sportinguistas… anglófonos?
Baby Sporting , Lion Zon, World Class Scouting, Out-of-the-box, Team Manager...

Sendo o Sporting um clube – centenário, ainda por cima – de Portugal, qual a razão da opção pelo inglês em nomes como Backstage, Lion ZonOut-of-the-box, Word Class Scouting, Team Manager, etc., etc, etc.? Interroga-se o jornalista José Mário Costa, cofundador do Ciberdúvidas neste apontamento a respeito de mais um caso de abuso dos anglicismos.

Viva o isso
«Como é que vai isso?»

«De todas as saudações que conheço, a mais portuguesa tem sempre um isso. "Como é que vai isso?" é sempre mais rico e mais espesso do que apenas "Como é que vai?"» – considera o escritor português Miguel Esteves Cardoso em crónica disponível no jornal Público do dia 29 de janeiro de 2022, discorrendo acerca da versatilidade de isso na língua portuguesa. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Metáforas, terreno fértil da política
O caso português das legislativas de 2022

«Labirinto de propostas», «entrar em campo», «pingue-pongue entre esquerda e direita», «arma de arremesso», «reta final» e «cheque em branco» são algumas das metáforas usadas pelos principais políticos portugueses participantes na campanha das eleições legislativas  antecipadas de 30 de janeiro de 2022 – e descritas neste apontamento da autoria da professora Carla Marquescom o respetivo enquadramento linguístico.