Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Tipo imagina
Um modismo especialmente irónico

«[A expressão "tipo imagina"] é uma moda linguística especialmente irónica porque o falante intima o interlocutor a imaginar enquanto evidencia uma falta de imaginação bastante aflitiva.»

 Crónica do humorista Ricarco Araújo Pereira publicada no semanário Expresso em 15 de setembro de 2023, escrita segundo a norma ortográfica de 1945.

Pronomes demonstrativos atratores de próclise?
A questão da colocação dos clíticos

A dúvida relativa à colocação do pronome átono nas frases «Isso encanta-me» ou «Isso me encanta» dá aso à reflexão da professora Carla Marques sobre a colocação dos clíticos com pronomes demonstrativos. 

Apontamento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 17 de setembro de 2023.

A palavra <i>woke</i>
A dicionarização de um novo anglicismo em português

À língua portuguesa, assim como a outras, chegou, nos últimos anos, um novo adjetivo: woke. Daí decorrem outros termos, já aportuguesados, como wokismowokista. O que há, então, a dizer acerca dos mesmos? A esta pergunta responde a consultora do Ciberdúvidas Sara Mourato, num artigo que pretende dissecar o significado, a origem e a formação destes adjetivo e nomes. 

A classe da palavra <i>de</i>
De seguido de oração infinitiva

Neste apontamento, a professora Carla Marques analisa a classe de pertença da palavra de na frase «Está na hora de descansar».

Apontamento incluído no programa Páginas de Português, na Antena 2, no dia 10 de setembro de 2023.

O «jeitinho brasileiro» de falar
As atitudes perante o desconhecimento linguístico

O linguista brasileiro Aldo Bizzocchi questiona, neste apontamento publicado no blogue Diário de um Linguista, de 7 de agosto de 2023, a ideia do «jeitinho brasileiro» de falar como legitimação para o mau uso do português.

O choque de palavras na faculdade
Regionalismos entre estudantes universitários

«Um dos aspectos curiosos desse primeiro encontro [na faculdade] entre pessoas de todo o país (muitos dos quais serão amigos para a vida) são as pequenas diferenças linguísticas» – assinala* o professor universitário, tradutor e linguista Marco Neves acerca do ambiente universitário como espaço de variação linguística.

*Extrato de um artigo que o autor dedicou ao tema no jornal digital Sapo 24 em 4 de setembro de 2023 e que aqui se transcreve com a devida vénia, mantendo a norma ortográfica de 1945, conforme o texto original.

<i>Espera</i>, <i>expectativa</i> e <i>esperança</i>
A história de três palavras

«A diferença entre espera, expectativa e esperança é o grau de certeza que temos de que algo aconteça» – observa o linguista brasileiro Aldo Bizzocchi neste apontamento publicado em 10 de julho no blogue Diário de um Linguista, a respeito da história do campo lexical da esperança.

Voltámos à “recepção”? <br>  Mas afinal que país é este, hã?
Os erros induzidos pelo Acordo Ortográfico de 1990

«Ironias à parte, é de facto extraordinário como de vez em quando, nos órgãos de comunicação social portugueses, há palavras bem escritas no meio da traficância quase extraterrestre que nos vem contaminando a expressão gráfica (e, já agora, em certas palavras também a fala) desde há uns catorze anos a esta parte, a pretexto do chamado Acordo Ortográfico de 1990 (AO90)» – opina o jornalista português Nuno Pacheco a respeito do estado da ortografia em Portugal num artigo incluído no jornal Público em 31 de agosto de 2023. Texto escrito conforme a norma ortográfica de 1945, seguida pelo autor.

A continuada resistência ao género feminino
Do futebol às séries policiais com mulheres

caso do beijo do presidente da Federação de Futebol espanholaLuis Rubiales, na receção da seleção feminina campeã mundial, só veio dar mais realce à resistência no emprego do género adequado de cargos, profissões e tarefas tradicionalmente exercidos apenas por homens. Recorrente nas desleixadas traduções e legendagens televisivas de séries policiais com mulheres, nos canais de cabo.

O grande carrossel da linguagem inclusiva

«Dizemos que alguém partiu porque não nos apetece ser confrontados com a morte. Falar em apoio às famílias mais vulneráveis é uma forma de esconder os indigentes menos apresentáveis. Não abrange a mulher de idade incerta que dorme na entrada do prédio, nos insulta diariamente e não deve ver água desde o tempo da troika

 
Artigo da jurista portuguesa Eugénia Galvão Teles transcrito, com a devida vénia, do semanário Expresso do dia 18 de agosto de 2023.