A notícia teve a maior repercussão, como não podia deixar de ser: «A primeira edição de "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, [passou a] estar em exibição na Câmara Municipal do Porto, para assinalar os 500 anos do nascimento do poeta português».
Tratando-se de uma verdadeira preciosidade o que ficou exposto — esta primeira edição data de 1572, da qual existem apenas 34 exemplares, em três continentes, distribuídos por bibliotecas públicas, privadas e coleções privadas, está na posse do Ateneu Comercial do Porto, que a adquiriu em 1904 por 170 mil réis (85 cêntimos, tendo em conta a taxa de conversão do euro correspondente a 170 escudos) — , o contrário é que seria de admirar. Só suplantado, valha a verdade, pela estapafúrdia maneira como foi dito pelo apresentador do Porto Canal o nome do maior poema épico da língua portuguesa: "Os Lusiédas".
Se não ficar como a maior gafe televisiva de 2024 para lá caminha...
Cf. Camões — uma poética de conjecturas + Cinco mistérios sobre Camões + «Se [Camões] durasse eternamente, ninguém mais escrevia» + Retratos de Camões + O ensino de Camões continua refém da sua “versão oficial” + O rei que amava os livros (e Camões)