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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A imigração é um fenómeno global que tem feito sentir a sua pressão em diversos países da Europa. As reações às alterações económicas e sociais que a mobilidade tem trazido consigo são muito diversas e, por vezes, conflituosas. Os movimentos anti-imigração têm emergido, muitas vezes associados à extrema-direita, cujo crescimento se tem feito sentir um pouco por todo o lado. Não sendo alheia a esta agitação social, Lisboa foi palco, no dia 29 de setembro, de duas manifestações simultâneas, convocadas para o mesmo espaço físico: uma contra a imigração e outra a favor da inclusão dos imigrantes. Os participantes trouxeram consigo palavras de ordem que nem sempre foram usadas com o devido rigor. É o caso de racismo, que refere uma teoria, sem bases científicas, que aponta a superioridade de uma raça humana relativa a outra. Ora, como já aqui se referiu diversas vezes, a humanidade não se divide em raças, pelo que não se poderá falar de racismo para descrever sentimentos de rejeição de determinados povos. Poder-se-á, sim, usar o termo xenofobia, para designar a «aversão ou hostilidade manifestada a pessoas ou coisas estrangeiras» (DLP). Estes movimentos trouxeram também consigo termos que são menos frequentes no domínio público, como remigração («ato ou efeito de voltar ao ponto de onde se emigrou» (Infopédia)), que constituiu uma das exigências feitas por uma das manifestações, ou contramanifestação («manifestação convocada em oposição a outra simultânea ou anterior, com o objetivo de minimizar os seus efeitos» (Infopédia)), termo que se aplicou à manifestação organizada contra o movimento anti-imigração. 

A propósito deste tema, recordamos alguns textos disponíveis no acervo do Ciberdúvidas: «Raça e expressões racistas», «A Capital e os imigrantes vs. emigrantes», «Refugiados, e não migrantes», «A diferença entre êxodo e migração» e «O significado de migrante».

 2. Os critérios que permitem distinguir, em contexto escolar português, conjunções de alguns advérbios conectivos podem trazer dúvidas e dificultar a ação didática. Neste contexto, apresenta-se uma síntese das diferenças entre estas duas realidades sintático-semânticas. Na atualização do Consultório ficam disponíveis ainda as respostas a questões que incidem sobre os seguintes aspetos: valores das orações de gerúndio; função de «nem sempre» numa frase; uso do objeto direto preposicionado; diferenças entre «costumava jogar» e «jogava»; os verbos embatucar e embatocar; o uso de adjetivos valorativos e depreciativos numa crítica; e o dito «quanto mais prima, mais se lhe arrima».

3. No contexto da polémica em torno do caso das gémeas luso-brasileiras, o advogado da mãe das crianças, Wilson Bicalho, usou o termo «país alienígena» no canal de televisão português Now, referindo-se a Portugal. O significado desta expressão, algo estranho ao ouvido habituado ao português europeu, é explicado pelo consultor do Ciberdúvidas Paulo J. S. Barata neste apontamento

4. Na Montra de Livros, apresenta-se a publicação Daily European Portuguese – 100 Most Common Verbsde Rita Faria e James Lawer, cujo objetivo é facilitar a aprendizagem de 100 verbos portugueses (aqui). 

5. O apontamento semanal da professora Carla Marques centra-se na explicação de qual a concordância correta nas frases «Sentiam admiração pela sua cultura e qualidades» ou «Sentiam admiração pelas suas cultura e qualidades». (Divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2).

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Decorre até 30 de setembro, em Nova Iorque, a 79.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, onde também interveio o primeiro-ministro português Luís Montenegro, que, insistindo na importância da língua portuguesa como língua oficial das ONU, defendeu o multilateralismo, os valores globais e a paz. Mas como será possível a pacificação num mundo repleto de experiências e interesses muitas vezes desencontrados no tempo e no espaço? Talvez pela abertura à diferença linguística e às tradições locais, como porta para a descoberta das muitas facetas da universalidade. Neste sentido parecem convergir as reflexões desenvolvidas pelo juiz Rui Carvalho Moreira (Observador, 19/09/2024) e que se transcrevem com a devida vénia em Diversidades. Lê-se nesse texto: «A língua e o Universo têm códigos, enigmas, segredos. Vislumbramos tão-só as partículas de luz que se evadem por frestas e postigos. O reflexo ilude a essência. E a essência acolhe a verdade. Na corrente do tempo e das palavras, o infinito não é um mero passageiro.»

Sobre o acrónimo ONU, recorde-se que esta forma se lê como palavra aguda: "onu" (e não "ónu"). Cf. "O acrónimo ONU" e "Como (bem) dizer ONU...".

2. A palavra raça figurou numa notícia que circulou nos media portugueses, e as críticas, justificadas, não se fizeram esperar. No Pelourinho, um apontamento do jornalista Carlos Narciso aborda este caso, no contexto do qual ocorreu outro uso discutível, o da expressão  em crioulo cabo-verdiano "Marxa Kabral", em lugar de «Marcha Cabral».

3. A palavra mulato é ofensiva? Ou tornou-se ofensiva? Em O Nosso Idioma, a consultora Inês Gama dedica um apontamento a este e outros vocábulos que podem ser ativados com a intenção de insultar e ofender.

4. Na mesma rubrica, levanta-se uma questão: o que poderá ser classificado como piscinável? Como se forma este adjetivo? O comentário da consultora Sara Mourato.

5. Quando o tema é o desenvolvimento do potencial humano físico e intelectual através da tecnologia, usa-se atualmente o anglicismo biohackig. Que significa ao certo? No Consultório, encontra-se o esclarecimento deste termo, no meio de um total de seis novas respostas, que abrangem também os seguintes tópicos: o uso de «por quê» no Brasil; a pronúncia de saudável; emposta e outros regionalismos do Algarve; a etimologia de autor; e a expressão fixa «fazer de lavado».

6. Registos com atualidade e com interesse:

– de 2 a 6/10/2024, na Biblioteca Municipal de Vila do Porto (Santa Maria, Açores), o 39.º Colóquio da Lusofonia, uma iniciativa do do jornalista e escritor Chrys Chrystello, que tem como figuras homenageadas, além dos escritores Pedro Almeida MaiaArsénio Puim, a investigadora, escritora, professora e vice-presidente da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia Helena Chrystello, falecida em 26/01/2024.

– o trabalho "Telemóveis nas salas de aula, sim ou não?", disponível nas páginas da Fundação Francisco Manuel dos Santos (14/09/2024);

– a falta de professores que continua a fazer sentir-se nas escolas do ensino básico e secundário em Portugal, em especial no currículo transversal, incluindo a disciplina de Português (Público, 23/09/2024).

7.Quanto a três dos programas que, na rádio pública de Portugal, tratam de temas da língua portuguesa:

– Em Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, 27/09/2024 às 13h20*; repetido no dia seguinte, c. 09h05*), os professores Paulo Nunes da Silva (Universidade Aberta), Luís Filipe Barbeiro (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria) e Fausto Caels (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria) discutem as classificações textuais e os documentos programáticos da disciplina de Português, assim como se referem aos géneros escolares e à sua aprendizagem;

– Em Páginas de Português (Antena 2, domingo, 29/09/2024, às 12h30*; repetido no sábado seguinte, 05/10/2024 às 15h30*), a professora universitária Rita Marnoto (Universidade de Coimbra) aborda Camões e a identidade literária da língua portuguesa. Nesta conversa, fala-se também sobre a contribuição de Os Lusíadas para a evolução da língua portuguesa e o papel de Camões como poeta. Ainda o apontamento gramatical da professora Carla Marques sobre a concordância.

– Mencione-se ainda Palavras Cruzadas, programa realizado por Dalila Carvalho e transmitido na Antena 2, de segunda a sexta-feira.
 
* Hora oficial de Portugal continental.
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1. No próximo dia 29 de setembro, assinala-se o Dia Internacional da Consciencialização sobre a Perda e o Desperdício Alimentar, cujo objetivo nuclear é o de sensibilizar a população para a prevenção do desperdício alimentar. Neste âmbito, a União Europeia pediu aos seus Estados-Membros que promovessem medidas que visem a redução do desperdício alimentar em 10% na área da transformação e em 30% per capita no comércio retalhista e no consumo. Neste âmbito, a plataforma Too Good to Go promove, entre 23 e 29 de setembro, uma semana de sensibilização e mobilização para o problema do desperdício, numa altura em que divulga que, em média, cada português gasta 350€ em alimentos que não consome. Em termos mundiais, a WWF (World Wide Fund for Nature) assinala que 2,5 mil milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados todos os anos, o que equivale a 80000 quilos de alimentos desperdiçados em todo o mundo, a cada segundo. Reduzir é, pois, a palavra-chave desta campanha. Trata-se de um verbo que tem a sua origem na forma latina reducere, que significava «reconduzir, trazer para si, tirar para trás» (Dicionário Houaiss), valores que, ao longo do tempo, foram ficando secundarizados, pois o sentido primordial da palavra passou a ser o de «tornar menor, limitar» e é este o sentido que deve ficar na consciência sempre que contribuímos para o desperdício alimentar. 

2. A dúvida sobre uso dos advérbios tão ou tanto com adjetivo, no contexto da estrutura comparativa, abre a atualização do Consultório, onde se encontram também respostas relacionadas com a pronúncia do nome superfície, o uso de preposição com orações relativas, a grafia do verbo dar com clítico e a escrita de números. Incluímos ainda na atualização, uma resposta com conselhos sobre a melhor forma de abordar questões sobre as quais os gramáticos estão em desacordo, um esclarecimento sobre a classificação da classe do advérbio a usar em contexto escolar não universitário e uma explicação teórica sobre o conceito de quarta pessoa gramatical. Fechamos com uma explicação/interpretação do sentido da construção «fazer manta aos lobos», de Aquilino Ribeiro

3. A palavra latina sic é recorrentemente usada em determinados géneros textuais, por exemplo do âmbito jurídico, académico ou até político. Esta vitalidade justifica o apontamento da professora Carla Marques, que passa em revista a sua etimologia e recorda os contextos discursivos em que o termo é utilizado (divulgado no programa Páginas de Português, na Antena 2).  

4. Recentemente, têm-se feito ouvir vozes em defesa da separação entre o português europeu e o português do Brasil, assumindo que este último é já uma língua distinta, o brasileiro. O professor e investigador José Luís Bandeira vem apresentar-se contra esta proposta e aduzir argumentos que comprovam que, do ponto de vista estratégico, esta seria uma má decisão para o Brasil e para a importância da língua portuguesa no mundo. 

5. A polémica entrevista de Sérgio Rodrigues, escritor e jornalista especializado em língua portuguesa, ao jornal Expresso motivou uma reação do também escritor e autor Miguel Sousa Tavares, na qual este contradita algumas afirmações relativas aos critérios de edição praticados em Portugal e no Brasil e aos gostos de leitura dos portugueses, entre outros assuntos (texto partilhado com a devida vénia).

6. O léxico do Novo Testamento motiva uma reflexão do professor universitário e tradutor Frederico Lourenço a propósito da origem das palavras deste texto e da sua beleza (partilhada com a devida vénia). 

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1. O começo do ano letivo em Portugal está também a ser marcado por questões relativas ao currículo – foi manifestada a intenção de rever os programas (cf. Expresso, 12/09/2024) – e à natureza da formação dos professores, por exemplo, para dar resposta ao número crescente de alunos para quem o português é língua não materna. Em Ensino, a consultora Inês Gama propõe uma reflexão sobre os desafios enfrentados pelas escolas em Portugal no processo de integração de jovens com contacto recente ou precário com a língua portuguesa. Na mesma rubrica, a escritora e professora Dora Gago, num texto intitulado "Em busca das palavras perdidas", dá conta de um problema decorrente do consumo massificado de conteúdos digitais: a nula experiência de leitura dos próprios alunos falantes nativos, com uma consequente atrofia na aquisição lexical, incapacitadora da elaboração do discurso e do pensamento.

Para uma visão crítica da situação do ensino básico e secundário, ler "A degradação programada: a ideologia da cultura inculta (parte 1)" (Diário de Notícias, 14/09/2024). Acerca da utilização de telemóveis pelos adolescentes, ler "Valores mais altos do que os telemóveis" (Público, 14/09/2024) e "Telas, déficit cognitivo e crise da educação" (Outras Palavras, 18/09/2024).Crédito da imagem: TheoRivierenlaan , de Pixabay.

2. Nos últimos dias, os enormes incêndios deflagrados em múltiplos pontos do centro e norte de Portugal têm tido ampla projeção mediática. Mas, em certas reportagens televisivas, falta critério jornalístico e domínio da escrita correta, assinala o cofundador do Ciberdúvidas, José Mário Costa, que fala de uma «linguagem estereotipada» no Pelourinho.

3. Estará correto o uso de «a mesma» na frase «a chegada da ministra e as declarações da mesma foram surpreendentes»? A resposta sobre o demonstrativo «o mesmo» faz parte do conjunto de sete questões da atualização Consultório. Restantes tópicos abordados: o aportuguesamento de keffiyeh, nome do simbólico lenço palestiniano; a metáfora «ganhar cama», que figura numa frase de Húmus, de Raul Brandão; as preposições compatíveis com o verbo sair; a sintaxe histórica de desprezar; a ausência de artigo definido associado ao nome geográfico Angola; e a expressão «a mais».

4. Em O Nosso Idioma, recorda-se um momento televisivo de agosto de 2024, quando o comentador Luís Marques Mendes mencionou um termo hoje menos comum: genuflexório. A consultora Sara Mourato comenta o significado e a formação deste vocábulo, bem como identifica outras palavras da mesma família.

5. Festejou-se em 17 de setembro o Dia da Língua Mirandesa – l Die de la Lhéngua Mirandesa –, o qual deu ensejo à realização de muitos eventos e à publicação de vários artigos. Em Diversidades, transcreve-se com a devida vénia, um artigo de opinião, em mirandês, de Aníbal Fernandes, membro do Movimento Cultural Terra de Miranda, que, congratulando-se com a celebração, não deixa de apelar para a defesa urgente deste idioma (ler também "Mirandês assinala hoje 26 anos como segunda língua oficial de Portugal", Rádio Brigantia, 17/09/2024). Ainda na rubrica Diversidades, inclui-se um apontamento do escritor e jornalista Carlos Coutinho sobre o termo apresigo e nomes de enchidos transmontanos evocativos de lendas e seres míticos. 

6. Quatro registos com atualidade:

– a moda da inscrição de alcunhas e pseudónimos nas paredes de edifícios de Lisboa (Expresso, 12/09/2024);

– a visita a Timor-Leste do ministro do Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, que defende o ensino pré-escolar do português às crianças timorenses (Lusa, 14/09/2029);

– "O jovem Camões em Coimbra", episódio 12 do programa Visita Guiada, de Paula Moura Pinheiro (RTP);

– a evocação do dramaturgo Luiz Francisco Rebello (1924-2011) num encontro promovido pela Associação Portuguesa de Escritores e realizado em 18/09/2024, na Biblioteca Palácio Galveias (Lisboa).

7. Entre os programas que a rádio pública de Portugal dedica à língua portuguesa, salientam-se:

– Em Língua de Todos, difundido na RDP África, na sexta-feira, 20/09/2024 às 13h20* (repetido no dia seguinte, c. 09h05*), entrevistam-se os professores Paulo Nunes da Silva (Universidade Aberta), Luís Filipe Barbeiro (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria) e Fausto Caels (Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Politécnico de Leiria) que falam acerca do conceito de género textual, da pluralidade de classificações textuais e da presença desta área de estudos nos manuais escolares;

– Os mesmos convidados em Páginas de Português, programa transmitido pela Antena 2, no domingo, 22/09/2024, às 12h30* (repetido no sábado seguinte, 28/09/2024 às 15h30*), para concluírem a entrevista sobre o conceito de género textual: a pluralidade de classificações textuais, a dificuldades que os professores de Português enfrentam ao lidar com a variedade de géneros textuais e os manuais escolares e outros recursos didáticos. Ainda o apontamento gramatical dedicado à expressão latina sic.

– Igualmente na Antena 2, refira-se ainda Palavras Cruzadas, programa realizado por Dalila Carvalho, de segunda a sexta, às 09h50* e às 18h50*.

*Hora oficial de Portugal continental.

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1. Portugal vive, uma vez mais, o flagelo dos incêndios. Com boa parte das zonas norte e centro em chamas, Proteção Civil, comunicação social, bombeiros e a própria população ativam o léxico relacionado com os incêndios. Ouvem-se termos e expressões como «frente ativa», projeções, evacuação, deflagrar, alastrar, mobilização, «meios terrestres e aéreos», um conjunto de palavras que constituem o campo lexical do combate aos incêndios florestais e cujo glossário pode ser consultado aqui. A este propósito, recordamos que a palavra incêndio vem do latim incendium («fogo, calamidade»), nome que se formou de incendĕre, verbo resultante da junção do prefixo in- a uma variante do verbo candēre, que reúne significados como «estar inflamado», «queimar» ou «ser alvo, branco como a neve». A curiosa ligação de sentidos entre chama e brancura virá da cor da brasa, que, quando inflamada, fica quase branca. Este verbo latino é da família de palavras como candeia, candelabro, cândido e até candidato, termo que, na sua origem, designava aquele que vestia a toga branca para exercer um cargo público.

2. Consultório do Ciberdúvidas regressa com as respostas elaboradas pelos seus colaboradores. Entre as várias áreas envolvidas na presente atualização, encontram-se a etimologia e a lexicologia: «O apelido e topónimo Mourão», «O nome mana», «Os adjetivos arbitrário e discricionário», «A redundância «dar o aval positivo»», «Septologiaheptalogia», «A expressão «dar de amar»» e «Torce destorce». Registamos também respostas na área da sintaxe: «Demorar e adjunto adverbial: «Demora-se meses»», «A locução «através de»», e «A construção concessiva «por mais» com adjetivo».

3. A confusão entre as expressões «ao encontro de» e «de encontro a» gera, como apreciável frequência, enunciados que descrevem uma situação distinta daquela que estava na ideia do locutor. Retomando esta questão, a consultora Inês Gama recorda, uma vez mais, as diferenças entre os dois usos (rubrica divulgada no programa Páginas de Português de 15 de setembro (Antena 2)).

4. No Pelourinho, o cofundador do Ciberdúvidas, José Mário Costa, assinala o uso da expressão incorreta «à séria» num artigo. Um tropeção na língua que parece estar a passar da oralidade para a escrita.

5. Os alunos de origem brasileira estão a entrar nas escolas portuguesas em grande número. Esta realidade tem colocado frequentemente a questão da gestão didática das variedades europeia e brasileira em convivência na sala de aula. A questão das atitudes e das medidas a adotar levanta muitas dúvidas e hesitações entre a classe docente. O consultor Fernando Pestana reflete sobre esta realidade, propondo, no seu apontamento, algumas medidas que poderiam ajudar a encontrar um ponto de equilíbrio na nova realidade das salas de aula portuguesas. 

6.  Há quem proponha que, para referir a língua falada no Brasil, se deva usar o termo brasileiro, em lugar de «português do Brasil». Discordando da proposta, o professor universitário José Pinto de Lima apresenta os seus argumentos para justificar por que razão considera as expressões «português do Brasil» ou «português brasileiro» preferíveis.

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1. Em Portugal, começa um novo ano letivo, no meio de muitas interrogações da opinião pública quanto às condições em que vão decorrer as aulas, dada a falta de professores em disciplinas transversais, como o Português. Várias medidas foram anunciadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), mas cabe aqui salientar o reforço do apoio aos alunos vindos das muitas famílias migrantes que nos últimos anos se estabeleceram em Portugal e só recentemente começaram a ter contacto com a língua portuguesa. Neste sentido, prevê-se igualmente que a disciplina de Português Língua Não Materna seja revista. Ao encontro deste tema, em Montra de Livros, apresenta-se o relatório Inclusão de Alunos Migrantes em Meio Educativo, publicado com o objetivo de sugerir a todos os estabelecimentos de ensino pré-escolar, primário, básico e secundário linhas orientadoras que permitam uma inclusão bem-sucedida de crianças e jovens migrantes no sistema de ensino português.

2. Ainda em Montra de Livros, apresenta-se o dossiê que a Revista Letras Raras (vol. 13, n.º 3, 2024) dedica à questão da internacionalização das línguas nas universidades. Nesta publicação, os linguistas Davi Albuquerque e Roberto Mulinacci propõem uma reflexão sobre a normativização da língua e perguntam: até que ponto é adequado o conceito de «língua pluricêntrica» aplicado à situação do português no conjunto dos países em que tem estatuto oficial? 

3.  Na campanha para as eleições municipais que se disputam no Brasil, circulam várias palavras cujo significado pode não ser óbvio para quantos em Portugal acompanham os acontecimentos pelos media brasileiros. O vocábulo lacração, que figura na capa da revista Veja de 23/08/2024, é o caso comentado pelo consultor Carlos Rocha em Controvérsias.

4. Publicações e eventos com interesse no âmbito da língua portuguesa:

–  em Pilha de Livros, rubrica de Marco Neves no Youtube, o episódio 123, dedicado à discussão da fixação da norma no Brasil e ao cuidado a ter com as ideias absurdas que, sobre o funcionamento das línguas, circulam na Internet;

– a crónica que o advogado Fábio Pimentel, especialista em imigração, assinou no jornal Público (12/09/2024), a propósito da expressão «falar brasileiro», no contexto da presença das importantes comunidades brasileiras que atualmente residem em Portugal;

– a crónica de Bruno Vieira Amaral, no semanário Expresso (12/09/2024), em que este escritor, falando aparentemente do valor referencial do nome escadote, faz alusão à fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Portugal, ocorrida em 06/09/2024.

– integrada no programa comemorativo Camões 500 anos, a conferência "Camões e a cristalização dos mitos fundadores de Portugal", por João Paulo Oliveira e Costa, evento que terá lugar em 19/09/2024, pelas 17h00, na Biblioteca Palácio Galveias;

5. Registo de três dos programas que, na rádio pública de Portugal, dizem respeito à língua portuguesa:

♦ No programa Língua de Todos, difundido na RDP África, na sexta-feira, 13/09/2024, às 13h20* (repetido no dia seguinte, c. 09h05*), a investigadora Sandra Duarte Tavares fala sobre o conceito de comunicação assertiva, entre outros tópicos.

♦ Em Páginas de Português, programa transmitido pela Antena 2, no domingo, 15/09/2024, às 12h30* (repetido no sábado seguinte, 21/09/2024, às 15h30*), são entrevistados os professores Paulo Nunes da Silva (Universidade Aberta), Luís Filipe Barbeiro (Universidade do Minho) e Fausto Caels (Universidade de Lisboa) acerca do conceito de género textual e da sua abordagem nas escolas. Inclui-se ainda um apontamento gramatical de Inês Gama.

♦ Mencione-se, por último, o programa Palavras Cruzadas, realizado por Dalila Carvalho e transmitido pela Antena 2 de segunda a sexta, às 09h50* e às 18h50*.

*Hora oficial de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Porque se emprega um acento agudo na 1.º pessoa do singular do presente do indicativo do verbo retribuir – retribuí? A explicação encontra-se em O Nosso Idioma, num apontamento da professora Carla Marques, que assim retoma o passatempo "A Dúvida da Semana" na página que o Ciberdúvidas mantém no Facebook.

Crédito da imagem: Pixabay.

2. As formações híbridas (ou hibridismos) não têm sido bem vistas pelas gramáticas normativas, mesmo quando se associa um elemento grego a outro de origem latina, como acontece com automóvel. Contudo, já Celso Cunha e Lindley Cintra, na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, publicada em 1984 (p. 115), consideravam que «seria pueril pretender eliminá-las». Ainda em O Nosso Idioma, a consultora Sara Mourato comenta o uso de doguinho, um diminutivo híbrido formado pelo anglicismo dog e o sufixo modificador -inho, tão típico do português.

3. Poderão as gramáticas normativas ou os dicionários ignorar as abonações dos bons escritores? Em Controvérsias, o gramático Fernando Pestana critica certas posições na linguística brasileira e defende a expressão literária como fonte da norma culta.

4. Em 06/12/2023, foi lançado o n.º 1 de Cadernos de Língua Portuguesa (CLP), uma publicação em formato digital que aborda temas da língua portuguesa com base no Consultório do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa (consultar aqui). Neste começo do novo ano letivo em Portugal, os CLP regressam com o seu n.º 2, que contém 21 fichas com esclarecimentos e exercícios sobre tópicos da língua portuguesa e pode ser consultado aqui. Mais informação em Notícias.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. O Ciberdúvidas retoma a pouco e pouco o seu funcionamento habitual, ficando marcado o regresso das atualizações regulares do Consultório para 17/09/2024, conforme anunciado na Abertura de 03/09/2024. As demais rubricas mantêm-se em atividade, como acontece com Diversidades, onde se disponibiliza uma reflexão do gramático Fernando Pestana a respeito de como avaliar as diferenças entre o português do Brasil e o português de Portugal: serão elas incompatíveis com a unidade do idioma?

Refira-se a propósito que, ainda na sequência da entrevista do jornalista brasileiro Sérgio Rodrigues ao semanário Expresso (24/08/2024) e de uma réplica muito crítica do escritor e jornalista português Miguel de Sousa Tavares (idem, 30/09/2024), vem a troca de palavras entre ambos os autores, em clara divergência mas (aparentemente) na mesma língua e sob um título comum: "Portugal, Brasil e a polémica da língua", in Primeiro Caderno, Expresso, 06/09/2024, p. 34). Na imagem, Caipira Picando Fumo (1893), quadro de Almeida Júnior (1850-1899) na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

2. Diz-se que é maquiavélica a pessoa que se caracteriza pela astúcia e pela vontade de não olhar a meios para conseguir o que pretende. Em O Nosso Idioma, a consultora Inês Gama aborda a origem deste adjetivo.

3. Na rubrica Montra de Livros, apresenta-se Como Escrever, do escritor  português Miguel Esteves Cardoso e publicado em julho de 2024 pela Bertrand Editora. É uma obra que oferece conselhos práticos e pessoais sobre a escrita, com humor e irreverência.

4. Registos com interesse linguístico:

– o termo mpox, termo de circulação internacional, que a Organização Mundial de Saúde passou a usar em substituição do inglês monkeypox, equivalente ao português «varíola dos macacos»;

– o apontamento do investigador  agolano Fernando Tchacupomba sobre o uso figurado do vocábulo maribondo em Angola (Jornal de Angola, 18/08/2024);

– o artigo de opinião do escritor e professor universitário australiano Scott Robinson intitulado "On paper: the fate of handwriting education" (Arena, 09/08/2024), traduzido para português com o título "No papel: o futuro da escrita à mão na educação", na revista Opera (16/08/2024);

– do linguista brasileiro Álvaro Bizzocchi, o apontamento "Palavras italianas no português" (Diário de um Linguista, 02/09/2024).

5. Referência a três dos programas que, na rádio pública de Portugal, são dedicados a temas da língua portuguesa.

– Para falar da Associação Internacional de Lusitanistas (AIP), a professora Sabrina Sedlmayer da Universidade Federal de Minas Gerais, recém-eleita presidente da AIP, é a convidada dos dois programas da Associação Ciberdúvidas da Língua Portuguesa: em Língua de Todos, difundido na RDP África, na sexta-feira, 06/09/2024, às 13h20* (repetido no dia seguinte, c. 09h05*); e em Páginas de Português, na Antena 2, no domingo, 08/09/2024, às 12h30* (repetido no sábado seguinte, 14 de setembro às 15h30*). Na conversa com Sabrina Sedlmayer pergunta-se: quais as prioridades da AIP? Que iniciativas para o fortalecimento dos estudos lusófonos? 

– Recorde-se que o programa Palavras Cruzadas, realizado por Dalila Carvalho e transmitido pela Antena 2, tem novos episódios, emitidos de segunda a sexta, às 09h50* e às 18h50*.

* Hora oficial de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Depois da pausa estival em Portugal (ver Abertura de 12/07/2024), o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa volta paulatinamente à plena atividade. É o caso do Consultório, que a partir de 17 de setembro, regressa às atualizações regulares, às terças e sextas. Mais frequente passa a ser também a disponibilização de novos conteúdos nas demais rubricas, das que integram a secção Na 1.ª Pessoa às Atualidades, às Diversidades e à Antologia, esta última a incluir neste dia um poema de Nuno Júdice intitulado "Dicção".

Na imagem, Marinha (1918), quadro de José Malhoa (1855-1933) no Museu Nacional Grão Vasco (Viseu, Portugal). Fonte: Google Arts and Culture.

2. Nas últimas semanas, os Destaques da página principal e as publicações do Ciberdúvidas nas redes sociais – FacebookInstagram – não têm deixado de registar notícias e artigos de opinião direta ou indiretamente relacionados com a língua portuguesa. Entre os textos disponibilizados, saliente-se o dedicado ao galicismo rentrée, em alusão ao fim das férias e ao retorno ao trabalho, agora (mal) pronunciado, sobretudo entre profissionais mais jovens do audiovisual, como "reentrê", aparentemente por analogia com reentrada. Se, em alternativa a estrangeirismos, se justifica sempre a procura de equivalentes vernáculos ou, na falta destes, de adaptações compatíveis com a fonética e a morfologia do português, importa também não distorcer excessivamente a substância dos empréstimos. 

Por isso, insista-se: a palavra francesa rentrée soa aproximadamente como "rantrrê" (e não como "reentrê", como se ouvia na campanha da MEO, de que faz parte o cartaz reproduzido na imagem à direita).*

[N.E. (atualizado em 08/09/2024) – Entretanto, no texto que se ouve, já se corrigiu a prolação de rentrée.]

3. Na administração pública, é preciso evitar o excesso de tecnicismos, mas, nas tentativas de simplificar a linguagem especializada, não haverá o perigo de se exagerar, até em detrimento da formação da própria cidadania? Na rubrica Controvérsias, transcreve-se uma reflexão do linguista e revisor Jefferson Evaristo motivada pela recente publicação no Brasil do Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples e da Lei n.º 6256 de 2019, que institui a Política Nacional da Linguagem Simples nos órgãos e entidades da administração pública.

4. Alguns destaques relativos a tópicos da atualidade da língua portuguesa:

– a atribuição do Prémio FIL (Feira Internacional do Livro de Guadalajara) de Literatura em Línguas Românicas 2024 (México) ao escritor moçambicano Mia Couto (Jornal de Notícias, 02/09/2024);

– as considerações polémicas do jornalista Sérgio Rodrigues em entrevista concedida ao semanário Expresso (24/08/2024), a propósito das relações linguísticas do Brasil com Portugal e com outros países de língua portuguesa;

– o trágico acidente de helicóptero ocorrido em 30/08/2024 no rio Douro, junto de Samodães, nas proximidades de Lamego, que ativou na comunicação jornalística o gentílico lamecense;

– o uso do termo boccia ou, aportuguesamento, bocha, nas notícias sobre a medalha de ouro ganha pela portuguesa Cristina Gonçalves na modalidade desportiva assim chamada nos Jogos Paralímpicos Paris 2024 (Sábado, 02/09/2024);

– no contexto do início do ano letivo em Portugal, a audiência que o Movimento Menos Ecrãs, Mais Vida teve em 02/09/2024 no Ministério da Educação, Ciência e Inovação, para discutir «a regulação do uso de smartphones nas escolas portuguesas e o projecto-piloto dos manuais digitais» (Público, 02/09/2024).

5. Registo de encontros científicos que envolvam o estudo e o ensino da língua portuguesa, a preparar e realizar ao longo do novo ano letivo:

– o IX SIMELP – Simpósio Mundial de Estudos de Língua Portuguesa / VI Congresso da AILP, de 2 a 7/09/2024, na Universidade da Madeira (informação promenorizada aqui);

– em 06/09/2024, as VII Jornadas Pedagógicas da APP: Português ao encontro de falantes de outras línguas (mais informação aqui);

– o congresso internacional Português como Língua Global, subordinado ao tema "Elaboração, implementação e validação de recursos didáticos de Português como Língua Global", em 24 e 25/01/2025, promovido pela Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria (informação aqui);

– O 11.º Encontro sobre Línguas Pluricêntricas e Suas Variedades Não Dominantes terá lugar no Iscte-Instituto Universitário de Lisboa, em Lisboa, de 22 a 25/05/2025, em modo híbrido (ver Notícias);

– o IV Congresso Internacional em Variação Linguística nas Línguas Românicas e as IV Jornadas em Línguas Minoritárias, de 1 a 4/07/2025, no Departamento de Línguas e Culturas da Universidade de Aveiro (informação aqui);

– o colóquio internacional O Português e as Línguas Nacionais nos Países Africanos e em Portugal (1975-2025), em 2, 3 e 4/07/2025 (informação aqui);

 – 6.º Congresso Internacional de Neologia em Línguas Românicas (CINEO 2025), nos dias 7, 8 e 9/07/2025, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (inscrições até 31/12/2024; mais informação aqui).

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Com o verão em Portugal, o Consultório do Ciberdúvidas entra num período de pausa que se prolonga até ao começo de setembro (cf. Aberturas de 28/06/2024 e 05/07/2024). Nas outras rubricas, as atualizações continuam, embora mais pontualmente, para apresentação de novos conteúdos originais ou recolhidos doutras fontes devidamente identificadas. Mantém-se o acesso livre às mais de 38 000 respostas do Consultório, a que se juntam os artigos de Na 1.ª Pessoa e da Montra de Livros, os quais ultrapassam os 12 000 textos, conforme se dá conta num balanço do trabalho aqui desenvolvido em 2023/2024 (ver Notícias). Entretanto, ficam os agradecimentos da equipa do Ciberdúvidas aos numerosos consulentes que, de diferentes partes do mundo, a contactam e animam com estimulantes palavras de apreço (ver Correio), apesar dos obstáculos que por vezes parecem comprometer a continuidade do Ciberdúvidas. Resta esperar que, no regresso à plena atividade, se encontrem condições decisivamente favoráveis a este espaço dedicado há mais de 27 anos ao esclarecimento, à divulgação e ao debate das normas e dos usos da língua portuguesa.

Na imagem, Forte de São Bruno em Caxias (sem data), de João Vaz (1859-1931).

2. Conteúdos entrados nas diferentes rubricas em atividade a partir de  06/07/2024:

♦ Notícias – "Mário Rui Silva (1953-2024), Músico angolano, autor de uma gramática de Português-Quimbundo" (06/07/2024);

♦ Literatura – "Fausto: o músico no poeta" (08/07/2024); "Existem «níveis» no uso da língua?"(30/07/2024); "Escritoras zombies e Florbela Espanca" (07/08/2024);

♦ Nosso Idioma – "O que é um calepino?" (12/07/2024); "O pirlimpimpim na língua escrita" (12/07/2024); "O género do nome mascote" (16/07/2024); "Uma profissão no feminino" (17/07/2024); "'É sinal que precisa de um café forte' ou 'é sinal de que...'?" (18/07/2024); "Género e temporalidade" (23/07/2024); "Crucificar ou crucificar?" (26/07/2024); "Sobre a palavra democracia" (01/08/2024); "Cuidado com o spoofing" (08/08/2024); "O vocábulo olímpico" (08/08/2024);

♦ Controvérsias – "Sabe aquela sensação...?" (24/07/2024); "O ó, que som tem? Até um tambor nos falou de fonética" (26/07/2024); "Norma coloquial e norma-padrão: como é em outras línguas? (05/08/2024); "Que saudades dos tempos em que havia senhores" (06/08/2024); "Os descaminhos do Instituto Camões" (22/08/2024); "O que é a natureza?" (27/08/2024);

♦ Lusofonias – "O português em Angola" (12/07/2024); "Num sítio remoto da CPLP, um povo que fala um crioulo português luta contra uma ditadura" (21/08/2024); "Guiné Equatorial cumpriu dez anos de “embaraço” na CPLP" (21/08/2024);

♦ Diversidades – "'Aí ele pegou e foi embora': uma expressão do Brasil" (19/07/2024);  "Kwadi: uma língua perdida de Angola com uma história para contar" (21/08/2024); "Anatomia e genética dos Khoisan" (22/08/2024);

Montra de Livros: Palavras Fora da Caixa 5 (23/07/2024); Soltar a Língua 7 (25/07/2024); Crónica de D. Afonso V de Rui Pina (02/08/2024);

Pelourinho: "Uma marcação "serrada"?!" (31/07/2024); "'Marrocanos' e 'algerinos' televisivos" (26/08/2024); "O verbo haver não tira férias" (30/08/2024); "Os continuados maus-tratos ao verbo haver..." (30/08/2024);

Correio: "Ainda sobre o povo mais antigo do planeta" (22/08/2024).

3. Semanalmente, as Notícias registam os temas dos programas de rádio que a Associação Ciberdúvidas produz para a rádio pública de Portugal, ou seja:

Língua de Todos, difundido na RDP África às sextas-feiras, 13h20* e repetido no dia seguinte, depois do noticiário das 09h00*;

Páginas de Português, transmitido pela Antena 2, aos domingos, às 12h30*, e repetido no sábado seguinte, às 15h30*.

*Hora oficial de Portugal continental, ficando depois ambos os programas disponíveis aqui e aqui.

 

Atualizado em 19/07/2024, 26/07/2024, 27/08/2024 e 30/08/2024.