1. Como é difícil o equilíbrio entre a norma que visa a coesão social e a variação nos comportamentos de indivíduos e grupos! – e as línguas espelham isso mesmo, como sugere a presente atualização que, começando pela rubrica Controvérsias, disponibiliza um texto do professor Guilherme de Almeida a respeito da aplicação universal das regras de prefixação definidas pelo Sistema Internacional de Unidades (mais conhecido pela sigla SI). No consultório, é a profusão de variantes do apelido angolano van Dunem que dá matéria para um esclarecimento de José Mário Costa; e mais interrogações suscita a variação: por exemplo, diz-se «tomar a medicação», mas é igualmente possível empregar «fazer a medicação»; e «autarquia local» pode, sem redundância, ser variante de autarquia; e, ainda nas respostas, propõe-se um pequeno salto à história de palavras para perceber porque "ouriço-caixeiro" é corruptela da forma correta ouriço-cacheiro. Finalmente, no Pelourinho, João Querido Manha apresenta uma aportuguesamento que não se recomenda: "crachar" (do inglês to crash).
2. No programa Língua de Todos de sexta-feira, 4 de dezembro de 2015 (às 13h15*, na RDP África; com repetição no sábado, 5 de dezembro, depois do noticiário das 9h00*), a nossa colaboradora Sandra Duarte Tavares trata alguns temas da língua: as regras do hífen à luz do Acordo Ortográfico e algumas flexões verbais difíceis, como a do verbo colorir. O Páginas de Português de domingo, 6 de dezembro (às 17h00* na Antena 2), dá relevo a um depoimento da Associação de Professores de Português sobre a recente medida legislativa adotada pelo parlamento português pela qual foram abolidos os exames no 4.º ano e a uma entrevista com o professor Vítor Aguiar e Silva sobre o cânone nas literaturas de língua portuguesa.
*Hora oficial de Portugal continental.