Quando eu era menino e moço, uma constipação era algo que assim era chamado quando existia mucosidade no nariz, acompanhado de um estado mais ou menos febril.
Se passava dois dias sem obrar, tinha prisão de ventre.
Mais tarde, já no secundário, na disciplina de Inglês, aprendi o termo constipation, equivalente a «prisão de ventre» em português.
Hoje, é vulgar ver escrito e ouvir constipação na aceção de prisão de ventre desde então.
Pergunto: que vocábulo devo hoje usar para me referir à constipação dos meus tempos de menino e moço?
Gostava de ver uma pequena dúvida esclarecida em relação ao adjetivo "cabisbaixo".
Quando se diz que alguém ficou cabisbaixo perante uma repreensão, o mesmo deve concordar em género com o sujeito? Não sei se me faço entender, por isso, trago-lhes duas frases como exemplo, embora não tenha a certeza de estarem corretas...
(1) Alertado pela intervenção do seu pai, completamente imóvel, Pedro permaneceu cabisbaixo (ou cabisbaixa?).
(2) A Joana era uma criança que tendia a envergonhar-se. Sempre que um estranho lhe perguntava algo, permanecia cabisbaxa e coradíssima.
A minha dúvida surge pelo significado da palavra em si [«de cabeça baixa»], ou seja, referente à postura do sujeito – cabeça – e não ao seu género...
Neste sentido, quando se usa o feminino ou o masculino?
A mesma dúvida surge também com a palavra boquiaberta/o...
Podem elucidar-me com algum exemplo, por favor?
Desde já, agradeço imenso qualquer explicação que me possam dar!
Sobre a frase «quantos lápis compraste em duas horas?», perguntava-vos se a palavra sublinhada não poderá ser, também, um determinante interrogativo.
Obrigado.
Por que razão nas frases:
(1) «Qualquer sobremesa é uma boa escolha. São todas ótimas.»
(2) «Vi bastantes filmes neste fim de semana, mas poucos me cativaram.»
(3) «A minha avó ofereceu-me dois vestidos e eu gostei muito de ambos.»
as palavras qualquer, todas, bastantes, poucos, ambos são quantificadores universais (qualquer, todas e ambos) e existenciais (bastantes, poucos), quando os vocábulos todas, poucos e ambos não antecedem um nome de forma explícita?
E, neste caso, como se classificam quanto à classe e subclasse?
Obrigada pela atenção.
Na frase «Ser amado e ser egoísta são coisas diferentes»:
1) Quantas orações há frase?
2) Os termos «ser amado e ser egoísta» são orações subordinadas substantivas subjetivas?
3) Caso sejam subjetivas, por que o verbo da oração principal está na terceira pessoa do plural são?
Obrigado.
Antes de apresentar a minha dúvida, gostava de felicitá-los pelo incrível trabalho que têm feito em prol da promoção da língua portuguesa, nossa língua comum! Cá vai a minha dúvida:
Gostava de saber em qual opção a regência está correcta:
a) «As actividades são propostas com vista NO desenvolvimento de competências…»
b) «As actividades são propostas com vista AO desenvolvimento de competências…»
Qual frase usar? Qual está correcta e porquê? Caso seja possível, por favor, indiquem-me autores que tratem da questão!
Muito obrigado!
[NE – Como o consulente se identifica como angolano, mantém-se a ortografia usada no original, a do Acordo Ortográfico de 1945.]
Pergunto se esta frase está correta:
«A doença deve ser informada por escrito pelo trabalhador.»
Não deveria ser "comunicada"?
Se passarmos da forma passiva para a ativa, temos «O trabalhador informa a doença por escrito».
Quando se informa, informa-se alguém, o que não acontece no exemplo apresentado.
Grata.
Qual a diferença entre as palavras união e reunião?
Esse re- em reunião seria originalmente indicação de que aquele coletivo estava se unindo novamente?
Se assim for, pode explicar o motivo por que se usa o termo reunião desde a primeira vez?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Li diversos textos sobre o assunto (inclusive um dos Senhores) e, com a leitura dos textos, fica claro que o entendimento é: neologismo é uma coisa, e estrangeirismo é outra.
Porém... bate uma dúvida cruel: quando aportuguesamos uma palavra, não estamos diante de um neologismo?
Não dá para entender xampu, que é da gente como estrangeirismo.
O gramático Fernando Pestana cita que alguns gramáticos consideram os estrangeirismos como neologismos:
«Além disso, muitos gramáticos entendem que os estrangeirismos são neologismos, uma vez que palavras novas (mesmo que estrangeiras) podem ser incorporadas à nossa língua.»
Entretanto eu nunca vi esses gramáticos! Na gramática do autor citado, ele também faz a distinção de um termo para outro e cita também que o estrangeirismo também pode ser adaptado, ou seja, ele parece ser contrário a minha "estranha" visão.
Obs.: Até a palavra estrangeira, quando passa a ser usada de maneira inédita pelos falantes de português, eu acho que pode ser uma espécie de neologismo.
Podem me ajudar?
Sei que o tema já foi aqui trazido, mas sem contextualização.
Tenho, infelizmente, passado algum tempo num determinado cemitério e tenho ficado intrigada com o facto de as lápides das campas e dos ossários dizerem todas «À memória de».
Contudo, nas placas colocadas nos ossários – em particular, mas não só –, existe a nítida intenção de recordar alguém e não, propriamente, a de homenagear ou dedicar o espaço / a placa a alguém.
Assim, no meu entender, a inscrição mais correta deveria ser «Em memória de» fulano tal, em vez de «À memória de...», mas não tenho encontrado nenhuma que corrobore o meu ponto de vista.
Será que estou enganada?
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