Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 42

Escreve-se «um quinhentos avos», «um quinhentos-avos» ou «um quinhentavos»?

Rita Marques Assistente editorial Póvoa de Santa Iria , Portugal 42

Uma vez que «paquiderme» é um nome masculino quando nos referimos a um espécime dos paquidermes, tratando-se de uma elefanta (feminino), a formulação correta será «um pequeno paquiderme» e não «uma pequena paquiderme».

Agradeço a vossa confirmação.

Geobson Freitas Silveira agente público Bela Cruz, Brasil 42

Olá! Por gentileza, seria correto dizer que o valor semântico estabelecido pela preposição “ A” no verso abaixo de Santa Rita Durão é de concessão , sendo pafraseável por “ apesar de? Ex.: "Os perigos, os casos singulares, Que por mais de mil léguas toleramos, Não contara, depois que no mar erro, A ter o peito de aço,? e a voz de ferro."

Cristina da Fonseca Tradutora Cascais 2750-762, Portugal 42

Normalmente ao escrever um texto utilizo um artigo definido antes do substantivo, que no meu caso é uma substancia activa, e geralmente omito o referido artgo definido quando faço referência ao nome comercial da referida substância activa.

Um exemplo genérico disto seria: «O paracetamol pode ser tomado com ou sem alimentos» versus «Ben-u-ron pode ser tomado com ou sem alimentos».

Gostaria de saber se isto está de facto correto e como justificar/substanciar estes casos específicos.

Isabel da Silva Administrativa Portugal 42

No final da frase «Aproveito para questionar se é necessário retirar os veículos do interior das garagens individuais», devo colocar um ponto final ou um ponto de interrogação?

A mim parece que devo colocar um ponto final mas fica sempre uma duvidazinha no ar...

Obrigada.

Alexandra Martins Professora Aveiro, Portugal 42

Na frase «O Joel estava sozinho em casa», qual a função sintática de «em casa»?

Muito obrigada pelos esclarecimentos.

Eugénia Torres Professora Caldas da rainha, Portugal 42

 

Miguel Reis Professor Lisboa, Portugal 286

Estou com dificuldades em analisar sintaticamente a frase «Fiz do recreio uma festa».

A minha primeira intuição foi considerar o constituinte «uma festa» complemento direto e o constituinte «do recreio» complemento oblíquo. Mas fazendo a substituição pronominal do complemento direto não me soa muito gramatical a frase «Fi-la do recreio».

Parece-me que aqui o verbo fazer se comporta como um verbo transitivo direto, no sentido de «Transformei o recreio numa festa». Neste caso «o recreio» seria complemento direto e «uma festa» seria predicativo do complemento direto. Substituindo o complemento direto pelo pronome, ficaria «Transformei-o numa festa», o que é perfeitamente gramatical.

O problema da primeira fase é que em termos de sentido ela é equivalente à segunda frase, mas as categorias sintáticas não me parecem encaixar bem.

Outro exemplo: «Fiz o João feliz». Aqui não me parece haver dúvidas: «o João» complemento direto e «feliz» predicativo do complemento direto («Fi-lo feliz»). Mas, retomando o primeiro exemplo, eu poderia dizer, com um significado semelhante: «Fiz do João uma pessoa feliz». E, com a estrutura do verbo fazer, o complemento direto passaria a ser «uma pessoa feliz» e «do João» complemento oblíquo.

Mas mais uma vez não me parece muito gramatical a construção: «Fi-la do João.»

Obrigado.

Maria Freire Professor Portugal 231

A forma verbal "envelopar" existe em português de Portugal?

Grata pela resposta.

Miguel Reis Professor Lisboa, Portugal 233

Gostaria de saber se de facto estou a analisar de forma correta a seguinte frase:

«Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido, tem sido um desafio.»

Sujeito: «Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido.»

Predicado: «tem sido um desafio»

Predicativo do sujeito: «um desafio»

Agora, quanto ao sujeito, vejo um grupo nominal principal («Este encontro») e um complemento do nome encontro: «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido»

Continuando a análise em caixinhas dentro de caixinhas, este complemento do nome é constituído por dois grupos nominais, sendo o primeiro «o desejo de tornar Camões acessível a todos», e o segundo «e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido».

Deixarei para depois a análise deste último complemento que integra uma oração coordenada adversativa.

Para já interessa-me esclarecer o constituinte «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos». É composto por um grupo nominal «o desejo» e por sua vez por outro complemento do nome «de tornar Camões acessível a todos» assegurado por uma oração subordinada completiva.

Gostaria de proceder à análise sintática independente desta oração completiva: «Camões» seria complemento direto do verbo tornar;«acessível a todos» seria predicativo do complemento direto «a todos», complemento do adjetivo acessível.

A minha dúvida é esta: é defensável a ideia de que «a todos» seja complemento indireto?. Exemplo: «Eu tornei Camões acessível a todos»/ «Eu tornei-lhes Camões acessível» (parece-me pouco gramatical).

Obrigado e bom trabalho.